Rumo a regulamentação de nosso cargo!!!

Mesmo após a LDB/1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) e o PNE/2001 (Plano Nacional de Educação), quando as creches deixaram de ter um caráter assistencialista e passaram a ser consideradas a primeira etapa da educação básica, onde quem trabalha em contato diretamente com as crianças é o professor e necessita ter a formação mínima em nível médio na modalidade normal para estar em sala de aula, muitos municípios continuaram a fazer concursos com a exigência de apenas nível fundamental ou médio, com nomenclaturas como auxiliar de recreação, berçário, auxiliar de creche, pajem, entre outras até os dias de hoje e como resultado disso exercemos atividades de docente, pois as creches de fato fazem todo o trabalho pedagógico, porém temos salários e direitos bem inferiores aos dos professores, mesmo tento a qualificação exigida por lei.

Convocamos aos ainda erroneamente chamados auxiliares, pajens, monitores, entre outras denominações a caminhar pela criação de nossa verdadeira identidade que é a de Professor de Educação Infantil, em muitos municípios profissionais como nós já conquistaram seus direitos agora é a nossa vez.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

PROFISSIONAIS DE CRECHE: TEMA DE ESTUDO

Esta postagem retirada do Blog FORUM DE EDUCAÇÃO DO SINDSEPRE refere-se a um Seminário de apresentação do trabalho de conclusão do curso de pegagogia cujo tema:

"IDENTIDADE DE PROFESSORES E AUXILIARES DE CRECHES DA REDE MUNICIPAL DO RECIFE: UM PROCESSO EM CONSTRUÇÃO."

Aline Marques de Souza Marques

Neijair Marques Viana de Castro

Santana Moura

RESUMO:


"Este artigo objetivou averiguar como as atribuições e papéis desempenhados por profissionais da educação infantil podem contribuir para os estudos de identidade profissional no ambiente de creche pública.

Buscou-se também analisar como a dicotomia cuidar-educar repercute na divisão do trabalho daqueles que atuam neste contexto.

A pesquisa analisou 12 professores e 12 Auxiliares de Desenvolvimento Infantil, (ADI´s) através de um questionário semi-aberto que foi distribuído em 6 creches das 6 Regiões Político-Administrativas (RPA´s) da Cidade do Recife.

Percebeu-se que as atribuições delegadas aos professores e ADI´s geram uma hierarquia em que, aqueles que planejam as atividades pedagógicas recebem melhores salários e carga horária reduzida, enquanto aqueles que executam mais atividades ligadas à higiene, ao “cuidar” da criança, recebem salário inferior para o dobro da carga horária e isso tem provocado insatisfação, conflitos nas relações de trabalho e desejo de abandono da função.

local: Centro de Educação, UFPE sala 12data: 30.06.2010horário: a partir das 18h (vários trabalhos na área da educação infantil, sobre o brincar, os ADI´s do sexo masculino e a questão do preconceito)."

Toda essa confusão se deu por conta da idéia brilhante de alguns administradores com o propósito de baratear o custo com a educação infantil, ignoraram a lei e tentaram fazer a separação entre quem cuida e quem educa, algo como já dissemos aqui impossível, e o resultado não poderia ser outro, é improvável que um profissional fique satisfeito ganhando um mísero salário, trabalhando com uma carga horária excessiva, numa função docente e pior, desempenhando ao invés de uma, duas funções!

Terminamos com um comentário feito por um anônimo neste blog na postagem VIVA A DEMOCRACIA!!!!!

"As creches são uma bomba relógio em todo país,prestes a explodir, somente os administradores que só olham pro seus umbigos não vêem."

domingo, 27 de junho de 2010

A LUTA É ÁRDUA, MAS ELA NÃO PODE PARAR!!!

Comentário retirado da postagem: "A BUSCA DA CATEGORIA POR RECONHECIMENTO ESTÁ CADA VEZ MAIS FORTE NO BRASIL"

"Olá, sou Professora formada em Pedagogia porém no Municipio de Santa Rosa de Viterbo interior de SP somos denominadas de Pajens mas nossas atividades aplicáveis ao desenvolvimento infantil. Aqui nossa luta esta cada vez mais difícil - não temos apoio do Secretário de Educação que hoje mesmo nos disse que nós trabalhamos em "Creche" e "Creche" não é Escola. Nessas condições perdemos o rumo de lutar por nossos direitos e não sabemos por onde seguir... Temos diversos materiais que sustentam nossa ideologia porém a resposta é sempre a mesma : 'Não é possível alteramos a nomenclatura isso é ilegal' o quê fazemos ? Precisamos de ajuda ! Pois os maiores prejudicados são as nossas crianças que perdem na qualidade do ensino ... Como e onde poderemos buscar dentro de uma legalidade os dispositivos para a criação de um Plano de Carreira que nos insira num lugar do qual já é nosso por direito pois somos concursadas por Concurso Público dd Notas e Titulos, temos a formação miníma que é o Magistério e a Pedagoria mas continuamos sendo chamadas de Pajens ... Nosso trabalho é educar e cuidar, é trabalhar pelo e para o desenvolvimento pleno da criança ! "


Olá, seja bem vinda!

É inacreditável que existam secretários(as) de educação que possuam este pensamento, mas como eles existem..., no caso, seu município tem como exemplo sua própria capital, São Paulo-SP, foi um dos pioneiros nessa regulamentação, e olha que lá os antigos ADIs, não fizeram concurso de títulos, pois antes da mudança de nomenclatura foi exigido apenas nível fundamental e posteriomente nível médio. Pelo menos seu município realizou o concurso com nível de escolaridade correto, apesar de que seu Secretário de Educação parece ter um pensamento assistencialista.

Pensamos que devem pedir apoio a algum sindicato, o problema é quando o sindicato é pelego e ao invés de defender seus filiados fazem o que manda o Executivo, em São Paulo existe o SEDIN, que foi o primeiro sindicato da Educação Infantil no Brasil que se comprometeu e ajudou na regulamentação do cargo das ADIs de São Paulo, pode ser o caminho pra vocês.

Mas também sabemos que dependemos da boa vontade política dos governantes e foi o que aconteceu com os municípios que regularizaram o cargo das ADIs, esse governo precisa ver a educação como prioridade.

Existe um caso de um município que o antigo prefeito sancionou a lei em favor dos ADIs mas perdeu a eleição, o próximo que assumiu simplesmente se recusou a acatar, depois de uma ano de luta o prefeito decide pela inclusão dos Auxiliares no Plano de Carreira do Magistério, passando para a nomeclatura Professores de Desenvolvimento Infantil, só estão no aguardo do estudo da impactação na folha de pagamento.

Então, tudo depende muito de quem esteja no poder,precisamos nos atentar pra esse importante detalhe...

Segundo a LDB/96 creche é a primeira etapa da educação básica, se antes a educação básica compreendia do ensino fundamental até o ensino médio e essa etapa da educação é considerada escola, entendemos que se a educação infantil passou a ser a primeira etapa, então, consequentemente é uma instituição de ensino, é escola!

Quanto a inconstitucionalidade, nós fizemos várias materias nesse blog falando sobre o assunto, inconstitucional é quando se muda a natureza do cargo, em nosso caso isso não acontece, pois continuaremos a fazer a mesma coisa, ou seja, cuidar e educar as crianças, continuaremos a dar banho, servir alimentação,fazer lúdico (o meio mais eficaz de ensino às crianças nessa faixa etária),trocar fraldas, fazer planejamento, enfim, todas as atribuições do professor de educação infantil, precisamos ser reconhecidos e remunerados pela função que exercemos.

Precisamos de pessoas com espírito de luta (em Angra eles costumam chamar essas pessoas de "perigosas" e "encrenqueiras"), de união para continuarmos a manter contato e agirmos na hora certa.

P.S.: Anônima, mande-nos um e-mail, pois temos um material importante para te enviar.

sábado, 26 de junho de 2010

VIVA A DEMOCRACIA!!!!!

A palavra democracia tem sua origem na Grécia Antiga (demo=povo e kracia=governo), na democracia é o povo quem detém o poder soberano sobre o poder legislativo e o executivo.

Democracia é um conjunto de princípios e práticas que protegem a liberdade humana; é a institucionalização da liberdade.

A democracia baseia-se nos princípios do governo da maioria associados aos direitos individuais e das minorias. Todas as democracias, embora respeitem a vontade da maioria, protegem escrupulosamente os direitos fundamentais dos indivíduos e das minorias.

As democracias entendem que uma das suas principais funções é proteger direitos humanos fundamentais como a liberdade de expressão e de religião; o direito a proteção legal igual; e a oportunidade de organizar e participar plenamente na vida política, econômica e cultural da sociedade.

Os cidadãos numa democracia não têm apenas direitos, têm o dever de participar no sistema político que, por seu lado, protege os seus direitos e as suas liberdades.

As sociedades democráticas estão empenhadas nos valores da tolerância, da cooperação e do compromisso. Sendo assim, agradecemos ao espaço para a discussão que a Comissão de Educação da Câmara Municipal de Angra dos Reis, composta pelos vereadores Jorge Eduardo(Mascote), Aguilar e Cordeiro vem nos proporcionando, também agradecemos pelo apoio do vereador Ilson Peixoto, que mesmo não fazendo parte da comissão vem acompanhando nossa história.

Além do espaço onde pudemos expor nossas reivindicações, os vereadores, vendo nosso embasamento, se propuseram a levar a discussão adiante, a fim de encontrarmos o melhor caminho possível para sanar os equívocos cometidos com a categoria, desta forma os veredores se posicionam de forma democrática, fazendo juz ao meio no qual foram postos no poder.

Quanto a Secretaria de Educação de Angra dos Reis, esperamos que suas atitudes reflitam as atitudes dos vereadores, e que obstáculos não sejam lançados em nosso caminho, nossa mobilização é legítima, nosso direito de organização e participação política devem ser respeitados.


Nas palavras de Mahatma Gandhi:

“A intolerância é em si uma forma de violência e um obstáculo ao desenvolvimento do verdadeiro espírito democrático”.

terça-feira, 22 de junho de 2010

RESULTADO DA REUNIÃO NA CÂMARA DE VEREADORES DE ANGRA DOS REIS-RJ

Aconteceu ontem nossa segunda reunião com a Comissão de Educação da Câmara Municipal, composta pelos vereadores Jorge Eduardo, Aguilar Ribeiro e Cordeiro, contamos também com a presença do vereador Ilson Peixoto, e continuamos a pauta sobre a regulamentação dos cargos de Auxiliar de Recreação e Berçário. Como ficou definido em nossa primeira reunião na câmara, foram convidados para a reunião de ontem o Procurador Geral do Município, o SINSPMAR (Sindicato dos Servidores Públicos de Angra dos Reis), o Secretário de Administração Sr. José Eugênio Sayegh e a Subsecretária de Educação Neusa Fonseca, porém não compareceram a reunião, os únicos que justificam a falta foram o Secretário de Administração José Eugênio por problemas de saúde e a Subsecretária Neusa Fonseca por estar de férias, mas a secretaria de educação enviou como representante a Gerente de Educação Infantil Denise Jordão. Contamos também com a participação do Aldracir, representante do SEPE ( Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação).

As colocações foram abertas, primeiramente a Gerente de Educação Infantil, Denise Jordão, relatou que a seu ver não há viabilidade do nosso reconhecimento como Professores de Educação Infantil por conta do concurso público que prestamos a nível fundamental, disse que acredita que nosso salário possa até ser alterado dentro das referencias do nosso nível de escolaridade, que inclusive já deu seu parecer no processo administrativo abertos pela categoria em dezembro/2009.

A palavra foi dada aos representantes da categoria que mais uma vez citaram a Lei de Diretrizes e Bases da Educação/96, o Plano Nacional de Educação/2001, os Parâmetros Nacional de Qualidade para a Educação Infantil, o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, a Política Nacional Nacional para Educação/2006 que diz que para trabalhar em sala de aula diretamente em contato com as crianças o nível de escolaridade exigido é no mínimo nível médio normal.

Mais uma vez enfatizamos o erro do município ao promover um concurso público em desconformidade com a lei exigindo um nível de escolaridade insuficiente para exercer a função de docente que desempenhamos sem nenhuma valorização, e de forma alguma podemos ser punidos com um erro cometido pelo município, citamos novamente os municípios que como Angra dos Reis estavam em desacordo com a lei e que num ato de sabedoria e preocupação com a educação, capacitaram esses profissionais e os enquadraram como professores de Educação Infantil.

Os vereadores também expuseram seus pontos de vista favoráveis ao cumprimento da lei, pediram a colaboração da Secretaria de Educação através da representante Denise Jordão, citando a importância da valorização dos Auxiliares de Creches, pois nós inauguramos a educação dessas crianças, entenderam perfeitamente o que diz a lei que cuidar e educar são inseparáveis, um trabalho feito somente por um profissional( professores) e não dois(Professor e Auxiliar de Creche) como acontece em Angra dos Reis. Disseram inclusive que não permitirão futuramente que se faça concurso público para nosso cargo sem a exigência da escolaridade e nomeclatura correta.

O vereador Ilson Peixoto enfatizou a importância da Comissão de Educação da Câmara estar discutindo o assunto e levá-lo adiante com a participação não só da Comissão como também de todos vereadores e dos principais representantes do executivo que poderão solucionar o impasse, disse também que nos países hoje desenvolvidos a educação ficou em primeiro lugar, que Angra dos Reis é a segunda maior arrecadação per capta do país, sendo portanto possível nossa equiparação salarial. Também parabenizou a mobilização da categoria.

O vereador Aguilar falou sobre a viabilidade financeira para realizar a regulamentação do cargo, afinal não resultará em uma grande oneração dos cofres públicos, disse também da importância dos Auxiliares de Creches na educação das crianças, pois somos nós que temos o primeiro contato com a criança dentro de uma escola. Lembrou que a campanha do Tuca Jordão as prioridades foram: saúde, educação e saneamento básico.

O Vereador cordeiro assim como Dr. Ilson falou que um país só cresce quando valoriza a educação e seus profissionais, ficou convencido da importância dos Auxiliares dentro da creche e se empenhou em ajudar na regulamentação do nosso cargo, frizou que as crianças de hoje é o segmento da sociedade de amanhã, portanto em se tratando de educação todos os esforços devem ser feitos.

O Presidente da Comissão de Educação do Município Jorge Eduardo (Mascote), que vem conduzindo de forma séria e imparcial as reuniões, irá marcar uma nova reunião com o Secretário de Administração, a Comissão de Educação, Dr. Ilson Peixoto, o SINSPMAR , e o SEPE desta vez sem a presença dos representantes da categoria.

Esperamos que o Prefeito Tuca Jordão, a Secretaria de Educação, a Subsecretaria de Treinamento e a Secretaria de Administração se juntem a Câmara de Vereadores num só discurso para que ao final sejamos reconhecidos pelo trabalho importante que desempenhamos, que todos ganhem, a maior beneficiada será a Educação Infantil do Município que crescerá em qualidade e as crianças que contarão com profissionais motivados e valorizados.

sábado, 19 de junho de 2010

ASSEMBLÉIA GERAL:O SEPE(SINDICATO ESTADUAL DOS PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO) CAMINHA CONOSCO...

Atenção Auxiliares de Recreação e Berçário,

O SEPE convoca a todos os Auxiliares de Recreação e Berçário de Angra dos Reis para Assembléia Geral, dentre os assuntos abordados está o enquadramento de nossa categoria. Nossa presença é indispensável!
Vejam:

ASSEMBLEIA - REDE MUNICIPAL
O SEPE ANGRA CONVOCA TODOS OS PROFESSORES À ASSEMBLEIA DIA 23/06 (QUARTA-FEIRA)ÀS 18h30COLÉGIO ESTADUAL NAZIRA SALOMÃO

-DOCENTES I: QUEREMOS ENQUADRAMENTO POR FORMAÇÃO!!

-DOCENTES II: QUEREMOS RECEBER COMO TODAS AS CATEGORIAS DE NÍVEL SUPERIOR!!

- AUXILIARES DE RECREAÇÃO E BERÇÁRIO: TEMOS FORMAÇÃO E QUEREMOS ENQUADRAMENTO COMO PROFESSORES DE EDUCAÇÃO INFANTIL!!!

-PESSOAL DE APOIO: QUEREMOS FORMAÇÃO E VALORIZAÇÃO!!-AVALIAÇÃO FUNCIONAL: SOMOS CONCURSADOS E PASSAMOS POR ESTÁGIO PROBATÓRIO; ISSO É SUFICIENTE!!

quinta-feira, 17 de junho de 2010

A EDUCAÇÃO INFANTIL NO BRASIL RECEBE NOTA 3 E 4 - PARTE 2

Devido a importância do assunto que diz respeito ao péssimo desempenho da Educação Infantil no Brasil, resolvemos disponibilizar mais uma postagem, agora retirada do blog: SINDSEP FORTE

"Estudo mostra que só 1% das creches são boas Publicada em 15/06/2010 às 00h26mTatiana Farah

SÃO PAULO. As creches e as pré-escolas brasileiras foram reprovadas. Pesquisa divulgada ontem pela Fundação Carlos Chagas revelou que 86,9% das creches e 72,4% das pré-escolas obtêm menos de 5 pontos numa escala de 1 a 10, garantindo apenas o "básico" ou nem isso para atender as crianças.

A pesquisa, coordenada pela especialista Maria Malta Campos, acompanhou no ano passado 147 unidades infantis em seis capitais: Rio, Belém, Campo Grande, Florianópolis, Fortaleza e Teresina, constatando que, além da falta de vagas, o serviço tem deficiências como falta de material escolar, má qualificação dos professores e o tempo que as crianças ficam ociosas, sendo obrigadas a dormir, ficar deitadas nos bercinhos ou mesmo agrupadas sem privacidade:

- A criança passa longos períodos ociosos, essa é uma questão que merece ser melhorada. Outra questão importante é a formação dos professores: as faculdades estão preparadas para formar professores do ensino fundamental e médio; é preciso ver especialmente a educação infantil, que é diferente."

Esse é um ponto que estamos cansadas de chamar atenção aqui, o PROFESSOR DE EDUCAÇÃO INFANTIL e não o "Docente I", é um professor diferenciado, ele educa e cuida, ou seja:ele dá banho, troca fraldas,limpa o nariz, faz atividades lúdicas, faz projetos, etc.

Em Angra dos Reis tocar nesse assunto é o mesmo que falar Grego, ele é logo descartado.
Vejam abaixo as atribuições do Professor de Educação Infantil no Município de São Paulo-SP.

http://www.pciconcursos.com.br/concurso/prefeitura-de-sao-paulo-sp-467-vagas

"Com nota de 1 a 3, 49,5% das creches foram qualificadas como inadequadas. Com notas entre 3 e 5, 37,4% foram classificadas como básicas, ou seja, unidades que têm o mínimo para funcionar. Só 12,1% tiveram nota entre 5 e 7 pontos, sendo consideradas adequadas, enquanto 1,1% foram consideradas boas, com nota entre 7 e 8,5. A situação na pré-escola é um pouco melhor, com 30,4% das unidades inadequadas, 42% básicas, 23,9% adequadas e 3,6% boas. Nenhuma foi considerada excelente, com nota superior a 8,5 pontos.

- Nos últimos 16 anos, temos visto políticas consistentes de educação no Brasil, mas atingir a meta de pôr todas as crianças na pré-escola até 2016, conforme diz a Constituição, é um desafio tão grande que, se não tiver ação entre União, estados e municípios, será difícil de vencer - disse Marcelo Perez, coordenador de educação do Banco Interamericano de Desenvolvimento, um dos realizadores da pesquisa, com o MEC.

A pesquisa foi apresentada em um seminário internacional sobre o tema. Para especialistas presentes, os maiores desafios do próximo governo, além de cumprir a meta de oferecer as vagas, é dar qualidade e melhorar a formação dos professores.

- É preciso melhorar não só a qualidade da educação infantil, mas a transição da educação infantil para o ensino fundamental, com ênfase nos professores e nos gestores - apontou Sonia Kramer, da PUC-Rio.

Para Catarina Moro, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), o governo deverá lidar com o aumento de vagas sem prescindir da qualidade:
- Infelizmente, para ampliar o atendimento, houve um custo, que foi a redução do período integral para quatro horas. Isso precisa ser revisto.

A secretária de Educação Básica do MEC, Maria do Pilar Lacerda Almeida e Silva, disse que o governo planeja a construção de 1,8 mil escolas de educação infantil este ano, com investimentos de R$ 1,8 bilhão nos municípios. Segundo ela, há 90 mil unidades atendendo crianças no país, mas um dos problemas está na transição das creches, que pertenciam às secretarias de Assistência Social e foram repassadas à Educação."

"Em Angra dos Reis as creches já pertecem a Secretaria de Educação, mas os chamados Auxiliares de Recreação e Berçário ainda pertecem a Secretaria de Adminsitração mesmo atuando diretamente com as crianças em sala de aula, e com o aval total do SINSPMAR(Sindicato dos Servidores Públicos de Angra dos Reis) que diz que é perfeitamente possível e normal tal fato, e nada pode ser feito.

Pedimos mais uma vez aos Auxiliares de Creche de Angra dos Reis e de todo Brasil para mandarem e-mails para a Secretária de Educação Básica Maria do Pilar, pois ela conhece a causa dos Auxiliares de Creche e concorda que algo precisa ser feito.


Minha mãe sempre dizia:"-Temos que falar, pois quando ficamos de boca fechada é sinal de que tudo está bom".


Estudo mostra que só 1% das creches são boas - O Globo#coment
Clique aqui para ouvir a a entrevista na CBN com a Secretária de Educação Básica do MEC, Maria do Pilar Lacerda Almeida e Silva

quarta-feira, 16 de junho de 2010

A EDUCAÇÃO INFANTIL NO BRASIL RECEBE NOTA 3 E 4

A matéria abaixo apenas confirma o que os profissionais da Educação Infantil vem denunciando a tempos, trabalhamos em condições muito precárias, as creches ao invés de ser um local destinado a educação e cuidados das crianças, é na verdade um lugar onde as crianças são "entulhadas" de qualquer maneira, o importante é receber a verba do FUNDEB, então quanto maior o número de crianças melhor, sem falar no número excessivo de crianças portadoras de necessidades educacionais especiais admitidas nas creches sem a mínima estrutura e por último a total desvalorização dos profissionais que atuam nessa área da educação que são tratados com preconceito e ficam à margem das políticas públicas.

Notem que o aspecto onde a nota foi mais alta, foi justamente no quesito interação entre as crianças e os adultos, mostrando mais uma vez a responsabilidade e a doação desses profissionais em prol das crianças, sendo portanto justo que sejamos valorizados.

A matéria:

"Pesquisa mediu a qualidade de creche e pré-escola em seis capitais de todas as regiões do Brasil

SÃO PAULO - A educação infantil brasileira merece nota 3,4, numa escala de zero a dez. A conclusão é da pesquisa "Educação Infantil no Brasil: avaliação qualitativa e quantitativa", realizada pela Fundação Carlos Chagas em parceria com o Ministério da Educação e o Banco Interamericano de Desenvolvimento, cujos resultados serão apresentados nesta segunda-feira, 14, e nesta terça, 15.

Obtido com exclusividade pelo jornal O Estado de S. Paulo, o estudo mediu a qualidade da creche (de 0 a 3 anos) e da pré-escola (4 e 5 anos) em seis capitais de todas as regiões do País: Belém, Campo Grande, Florianópolis, Fortaleza, Rio de Janeiro e Teresina.A nota 3,4 demonstra que a qualidade do ensino infantil tem nível básico (de 3 a 5) - os outros estágios eram: inadequado (1 a 3), adequado (5 a 7), bom (7 a 8,5) e excelente (8,5 a 10).


Foram avaliados 43 aspectos divididos nas seguintes áreas: espaço e mobiliário (média 3,1); rotinas de cuidado pessoal (4,1); linguagem e raciocínio (3,7); atividades (2.3); interação (5,6); estrutura do programa (2,5) e pais e equipe das escolas (3,6). É a primeira vez que se tem acesso a tópicos aprofundados das condições do ensino infantil no País.


O aspecto que recebeu a nota mais baixa (1,6) está dentro da área de atividades e avalia a disponibilidade de materiais para aulas de ciências, como coleções de objetos naturais e livros e jogos temáticos. Já o que recebeu a nota mais alta, 6,7, pertence ao quesito interação e analisa se as relações entre adultos e crianças são empáticas.

Para Marcelo Alfaro, especialista em educação do BID no Brasil, os resultados baixos não surpreendem. Segundo ele, a área mais problemática é a chamada "fundamentalização" do ensino infantil (abordagem semelhante à do ensino fundamental).

"Isso é observável, por exemplo, na disposição das carteiras nas salas de crianças 4 e 5 anos", afirma. "É essencial construir uma identidade própria para a nossa educação infantil." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. "

http://www.estadao.com.br/noticias/geral,educacao-infantil-no-pais-recebe-nota-34-indica-estudo,566326,0.htm

segunda-feira, 14 de junho de 2010

RESULTADO DA REUNIÃO COM O SECRETÁRIO DE ADMINISTRAÇÃO DE ANGRA DOS REIS-RJ

Segundo o Secretário de Administração José Eugênio Sayegh, para este ano nenhuma categoria será contemplada com reajuste salarial, disse que em janeiro de 2011 voltaremos as negociações para ver a posssibilidade de irmos para a referência 104, mesmo diante do nosso apelo e expormos sobre a complexidade do nosso cargo, já que trabalhamos com a educação das crianças e ganhamos o salário mínimo da prefeitura, representada pela referência 102, não foi suficiente para mudar sua descisão, segundo ele os contratempos ocorridos no início do ano foram os responsáveis pela falta de verba da prefeitura.

Aproveitamos para falarmos sobre o processo de regulamentação do nosso cargo e ele se prontificou em adiantar e apreciar o processo.


Em resumo:continuamos na estaca zero!

sábado, 12 de junho de 2010

MESMO NO ESTADO DE SÃO PAULO, AINDA EXISTEM MUNICÍPIOS QUE NÃO LEVAM A EDUCAÇÃO INFANTIL A SÉRIO...

Comentário retirado da postagem:REUNIÃO NA CÂMARA DE VEREADORES DE ANGRA DOS REIS-RJ

meire disse...
"SOU DE SÃO PAULO INTERIOR E ADOREI ESTE BLOG,SOU AUXILIAR DE DESENVOLVIMENTO INFANTIL, TRABALHO COM O MATERNAL 1 TEMOS 17 CRIANÇAS E DESENVOLVE AS ATIVIDADES UMA PROFESSORA E EU NO PERÍODO DA MANHÃ E A TARDE SE REPETE MUDANDO DE PROFESSORA APENAS. O SALÁRIO DO PROFESSOR AQUI É O DOBRO DO NOSSO DE ADI E MUITOS NÃO ENTENDEM NOSSA RECLAMAÇÃO PORQUE EXECUTAMOS TUDO O QUE O PROFESSOR EXECUTA, TRABALHAMOS O DOBRO POIS É PERÍODO INTEGRAL E GANHAMOS A METADE, ISTO ACONTECE PORQUE NÃO TEMOS NÍVEL SUPERIOR.SE TORNA DIFÍCIL TRABALHAR COM MOTIVAÇÃO SE SOMOS DIFERENCIADAS PELA NOSSA FORMAÇÃO ESCOLAR E NÃO NO NOSSO DESEMPENHO, POIS VEMOS MUITAS ADI'S TRABALHANDO MELHOR QUE MUITOS PROFESSORES.BEIJOS PARA TODAS VCS MEIRE."

Olá Meire, bem vinda ao blog,

São poucos ainda os municípios que regulamentaram a situação vexatória que se encontra os profissionais de creche, exercemos a função do Professor de Educação Infantil , função que como a do professor das séries iniciais é penosa e que nos causa muitos desgastes e sofrimentos, onde já existem profissionais com problemas de coluna, audição, depressão, com dor de cabeça crônica , calos nas cordas vocais etc. e como você bem disse,trabalhamos com uma carga horária excessiva.

O mais revoltante é que quando nossa categoria se mobiliza para que as coisas possam ser mudadas, sofremos várias retaliações, como se nossa profissão não tivesse nenhuma importãncia, pelo contrário, eles acham que devemos ficar no patamar onde estamos , sofrendo calados.Quanto ao salário, em Angra dos Reis um professor que trabalha quatro horas e meia, ganha quase três vezes mais que nós que trabalhamos sete horas.

Leia a postagem: AS CRIANÇAS TÊM O DIREITO DE SOMENTE TER PROFESSORES(QUALIFICADOS E VALORIZADOS) EM SALA DE AULA! Fizemos um comentário sobre o que diz o Mec sobre os profissionais que atuam em sala de aula, verá que todos precisam ser professores, quer sejam titulares ou auxiliares.

Ainda será longa a nossa luta, pois temos que lutar primeiramente contra o câncer do preconceito e do assistencialismo impregnado na mente dos nossos administradores, mas o mais importante é que ela já começou, e acreditamos que o poder público irá despertar.
O que precisamos é de pessoas com coragem(precisa ter muita), determinação e principalmente UNIÃO, desta maneira não haverá empecilho para conquistarmos a vitória.

RESENDE-RJ SINALIZA SOBRE A VALORIZAÇÃO DOS MONITORES DE CRECHE

Lendo essa matéria no "Diário do Vale" podemos observar que Resende-RJ também aderiu ao PROINFANTIL e lá, diferentemente de Angra dos Reis, onde a Secretaria de Educação através de seus representantes, insistem em dizer que esse curso foi um "presente" que ganhamos, já que no Rio de Janeiro não existem professores leigos, dizem que foi uma "boa ação" da Secretaria de Educação. A Titular da Secretaria de Educação de Resende não vê problema nenhum em reconhecer que esse curso veio sim para qualificar e valorizar os monitores de creches e assim se adequarem a lei, conforme vemos pregando insistentemente nesse blog.

Vejam:

"Um grupo de 46 monitoras de creche da prefeitura de Resende está recebendo capacitação no Programa de Formação Inicial para Professores em Exercício na Educação Infantil (Proinfantil) até a próxima sexta-feira. O curso oferece qualificação para os profissionais que trabalham em creches e pré-escolas, mas não possuem a formação exigida.

Nesta segunda fase presencial do curso, monitoras de Porto Real e Paraíba do Sul também assistem às aulas. A titular da Secretaria de Educação do município, Soraia Balieiro, comentou sobre o compromisso com a formação das monitoras.

- Não mediremos esforços para garantir a formação dos nossos monitores, tanto pessoal quanto profissional, tornando-os educadores mais experientes que não perdem a chance, cada vez mais, de se aprimorar e conquistar o reconhecimento que tanto merecem - afirmou Soraia.

Realizado através de uma parceria entre a Secretaria de Educação e os governos Federal e Estadual, o Proinfantil é um curso semi-presencial, em nível médio e na modalidade Normal, para formação de professores de Educação Infantil que atuam em creches e pré-escolas, mas que ainda não possuem a formação exigida pela legislação.

O curso tem a duração de dois anos, divididos em quatro módulos e encontros quinzenais. Todas as monitoras são acompanhadas por uma equipe de seis tutoras da Rede Municipal de Ensino. Além de cumprir uma exigência da legislação do Ministério da Educação, as monitoras receberão, no final do curso, o diploma de conclusão do Ensino Médio, com habilitação em Magistério.

Maria Aparecida Silva, de 42 anos, monitora há cinco anos na creche do Parque Embaixador, afirmou que já colhe os frutos do que aprendeu no primeiro módulo.

- A teoria que aprendemos no ano passado era o que faltava. Agora trabalhamos de forma orientada e mais segura. Minha expectativa é aprimorar cada vez mais os meus conhecimentos, buscando a qualificação profissional - afirmou.

Já Liete Godoy dos Santos, com 58 anos de idade e uma experiência de 15 anos em creches, elogiou a oportunidade que o município está dando às monitoras.

- Durante o primeiro módulo vi que tinha experiência profissional, mas não tinha a pedagogia para lidar com crianças. O curso está sendo ótimo e sei que vou vencer todas as dificuldades e me aprimorar mais dentro da profissão - declarou Liete, atualmente monitora na creche Luz do Sol, no bairro Nova Liberdade.

No início do mês, pela segunda vez, o grupo de tutores e professores esteve em formação, durante 14 dias, na UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro). A equipe é responsável pelo acompanhamento, orientação e avaliação dos alunos nos trabalhos das creches e nos encontros quinzenais.

Nos próximos meses, duas novas creches vão ser inauguradas pela prefeitura, uma delas na Baixada da Olaria e a outra no Loteamento Morada do Contorno, ambas na região da Grande Alegria. A construção destas duas unidades já foi iniciada e estará concluída em breve."


http://www.diariodovale.com.br/noticias/0,16092.html

sexta-feira, 11 de junho de 2010

A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL

Texto retirado do Blog: Creche Municipal Odetinha Vidal de Oliveira


"A primeira escola não existe para substituir a babá, para apenas tomar conta dele enquanto você trabalha ou para preparar a melhor Festa Junina da sua vida. A escola de educação infantil vai muito além.

Ei, você aí: passou do tempo de pensar que criança de 0 a 5 anos não aprende, de fato, na escola, pois “só” brinca.

Também não dá mais para achar que é cedo para entender linha pedagógica, diferenciar construtivismo de escola tradicional, saber quem foi Maria Montessori, Jean Piaget ou Rudolf Steiner.Além de descobrir se está perto de casa, quanto custa, como cuida da limpeza, que tipo de alimentação oferece e se trata seu filho com carinho, é hora de identificar como essa escola vai educá-lo.

Pois ele aprende desde que nasce que a escola é o ambiente social mais importante depois da família.

Educação infantil pode ser mais importante do que o curso superior? SimÉ quando a criança experimenta o prazer pelo aprender e começa a gostar dela (ou não). A escola aguça a curiosidade da criança e diz a ela “olha que interessante é a vida!”.

Está se achando neurótico por já imaginar vestibular, faculdade e carreira profissional? Não se martirize. O futuro começa agora e por isso é hora de decidir se vai priorizar uma formação humanista em que se preza a criação de um ser crítico e capaz de tomar decisões ou optar por um perfil mais pragmático, em que o foco é o conteúdo, voltado para o vestibular e o êxito profissional. Ou tudo isso junto se for possível. Ou equilibrar.

Escolinha?! Por essas e outras, chamar de “escolinha” soa pejorativo. O termo não existe à toa. A sociedade demorou a entender que infância é um período importante e as crianças são diferentes em determinadas idades.

Para ter uma idéia, faz somente dez anos que o Ministério da Educação — com a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases — reconheceu a educação infantil como parte da educação básica de qualquer brasileiro. Isso reflete no que é oferecido às famílias, pois, entre outras coisas, indica ser fundamental a especialização do educador. Significa que educação infantil tem de ir muito além da “tia”, das recreações, do Dia das Mães ou das canções de Natal.

O seu filho precisa estar em um local com profissionais especializados que promovam rotinas baseadas em propostas pedagógicas muito bem fundamentadas.“Escola infantil não vive de improviso e não é um parque de diversões”, diz o educador Marcelo Bueno, coordenador pedagógico da escola Estilo de Aprender. Renata Americano vai além: “É o pedaço mais precioso da vida, porque é quando está se formando a identidade da criança!”.O período se resume em estar com os outros. “Aprendem a ser e a conviver.

É a fase do ‘como’: como eu escovo os dentes, como eu lavo as mãos, como eu seguro o lápis, como eu brinco,como eu corro,como eu pulo. Ou seja: ‘como sou’, ‘como devo ser’ e ‘como faço para ser’”, diz Karina Rizek Lopes, coordenadora da Área de Educação Infantil da Secretaria de Educação Básica do MEC.

“Além do desenvolvimento físico da criança, também acontece o psíquico e o do caráter”, afirma Quézia Bombonatto, vice-presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia. "


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Este texto é para muitos gestores que não conseguem enxergar e acreditar na importância da Educação Infantil no desenvolvimento das crianças, que relutam em admitir que os profissionais que nela atuam precisam ter conhecimentos e formação específica e diferenciada, mas não podem esquecer da valorização desses profissionais que funciona como impulso e motivação.



A Educacão Infantil no futuro será uma das profissões mais concorridas e valorizadas do Brasil.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

REUNIÃO NA CÂMARA DE VEREADORES DE ANGRA DOS REIS-RJ

Aconteceu hoje nossa reunião com a Comissão de Educação da Câmara, que foi representada pelo presidente da comissão, Vereador Jorge Eduardo, contamos também com a presença do Vereador Dr. Ilson Peixoto e alguns representantes de Auxiliares de Recreação e Berçário.

Durante a reunião pudemos expor nossas reivindicações e fomos ouvidos com respeito e atenção, nos baseamos em documentos editados pelo Mec e legislações, com isso conseguimos mostrar às pessoas presentes a importância do nosso cargo, assim como também o direito que temos de mudar a posição injusta em que nos encontramos dentro da Educação Infantil de Angra dos Reis.

Foram abordados também o assunto sobrea infra-estrutura das creches onde os vereadores demonstraram preocupação e prometeram tomar providências. Foi marcada para dia 21/06/2010 uma segunda reunião com a Comissão de Educação da Câmara, onde serão convocados para a reunião o Procurador geral do Município, o responsável pela impactação na folha de pagamento da prefeitura, o Secretário de Administração José Eugênio, a Subsecretária Neuza Fonseca, Dr. Ilson Peixoto e os representantes da categoria de Auxiliares de Recreação e Berçário.

Esperamos que a partir de agora nossas reivindicações tomem o caminho certo, que possamos juntos e de forma harmônica regulamentar nosso cargo a exemplo de outros municípíos pelo Brasil a fora, e com isso Angra passará ser pioneira no estado do Rio de Janeiro nessa questão, e com isso ganha o profissional que finalmente será valorizado e ganha ainda mais a criança que contará com profissionais satisfeitos e capacitados.


sexta-feira, 4 de junho de 2010

PME x FORMAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO INFANTIL

O Plano Municipal de Educação de Angra dos Reis enfim foi aprovado e publicado no BO nº 259 do dia 19/05/2010.

O município e os profissionais de educação têm o que comemorar, desde que alguns pontos do PME sejam efetivamente postos em prática. Mas vamos discutir o PME por partes, começaremos comentando o item 13 das diretrizes da Educação Infantil do PME que muito nos intrigou:

"Garantir a qualidade no atendimento às crianças das creches e pré-escolas,no que se refere ao número específico de profissionais que atuam junto à criança, de acordo com os Parâmetros Nacionais de qualidade para a Educação Infantil e que esses concursados sejam formados em nível médio."

Não há nos Parâmetros Nacionais de Qualidade para a Educação Infantil este número específico de profissionais que atuam junto à criança com nível médio no qual o PME se refere.
Vejam que os Parâmetros Nacionais de Qualidade para a Educação Infantil estabelece na verdade o número de crianças por Professor de Educação Infantil, e não cita outro profissional diferente deste que atue diretamente com as crianças

Item 8.4 dos Parâmetros Nacionais de Qualidade:
A relação entre o número de crianças por agrupamento ou turma e o número de professoras ou professores de Educação Infantil por agrupamento varia de acordo com a faixa etária:
• uma professora ou um professor para cada 6 a 8 crianças de 0 a 2 anos;
• uma professora ou um professor para cada 15 crianças de 3 anos;
• uma professora ou um professor para cada 20 crianças acima de 4 anos.

E posteriormente esclarece quem são os professores de educação infantil, no item 11:

Quanto às professoras, aos professores e aos demais profissionais que atuam nas instituições de Educação Infantil:
Os profissionais que atuam diretamente com as crianças nas instituições de Educação Infantil são professoras e professores de Educação Infantil.

Também deixa claro o nível de escolaridade necessário para exercer a função no item 11.1:
A habilitação exigida para atuar na Educação Infantil é em nível superior, pedagogia ou modalidade normal, admitindo-se, como formação mínima, a modalidade normal, em nível Médio.

E ainda admite a existência de professores de educação infantil sem formação e esclare as providências que deverão ser tomadas no item 11.2:

Professores sem a formação mínima exigida por lei que exercem funções de professora ou professor de Educação Infantil, quer sejam titulares ou auxiliares, obterão a formação exigida com o apoio da instituição onde trabalham. Caso atuem na rede pública, contarão também com o apoio dos sistemas de ensino.

A Política Nacional para a Educação Infantil também dá sua contribuição quando se fala sobre a formação adequada para O PROFISSIONAL de creche:

"Admitir somente novos profissionais na Educação Infantil que possuam a titulação mínima em nível médio, modalidade Normal"

"Formar em nível médio, modalidade Normal, todos os professores em exercício na Educação Infantil que não possuam a formação mínima exigida por lei."

E o que diz o PNE/2001:

"A partir da vigência deste plano, somente admitir novos profissionais na educação infantil que possuam a titulação mínima em nível médio, modalidade normal, dando-se preferência à admissão de profissionais graduados em curso específico de nível superior."

"A formação dos profissionais da educação infantil merecerá uma atenção especial, dada arelevância de sua atuação como mediadores no processo de desenvolvimento eaprendizagem. A qualificação específica para atuar na faixa de zero a seis anos inclui oconhecimento das bases científicas do desenvolvimento da criança, da produção deaprendizagens e a habilidade de reflexão sobre a prática, de sorte que esta se torne, cada vez mais, fonte de novos conhecimentos e habilidades na educação das crianças. Além da formação acadêmica prévia, requer-se a formação permanente, inserida no trabalho pedagógico, nutrindo-se dele e renovando-o constantemente.

Para orientar uma prática pedagógica condizente com os dados das ciências e mais respeitosa possível do processo unitário de desenvolvimento da criança, constitui diretriz importante a superação das dicotomias creche/pré-escola, assistência ou assistencialismo/educação, atendimento a carentes/educação para classe média e outras, que orientações políticas e práticas sociais equivocadas foram produzindo ao longo da história.

Educação e cuidados constituem um todo indivisível para crianças, num processo de desenvolvimento marcado por etapas ou estágios em que as rupturas são bases e possibilidades para a seqüência."

O Plano Municipal de Educação de Angra dos Reis também insiste em conservar a nomenclatura "auxiliar":

"Por acreditar na imensa importância da educação infantil para a criança, entende-se que os profissionais que atuam neste nível de ensino devem possuir formação escolar adequada para exercerem cargos específicos como: professor, auxiliar de recreação, berçarista e auxiliar de berçário.

Bem diferente do que diz a Política Nacional de Educação Infantil/2006 sobre essas nomeclaturas ultrapassadas:

"Extinguir progressivamente os cargos de monitor, atendente, auxiliar, entre outros, mesmo que ocupados por profissionais concursados em outras secretarias ou na secretaria de Educação e que exercem funções docentes."

O descabimento destes itens do PME, nos leva a pensar que as pessoas responsáveis pela sua elaboração e aprovação sequer leram os documentos que citaram, como os Parâmetros Nacionais de Qualidade para a Educação Infantil, ou leram, entenderam muito bem, e simplesmente resolveram fazer o oposto.

Como o plano deixa margem para mudanças, esperamos que estes equívocos sejam corrigidos.

terça-feira, 1 de junho de 2010

REUNIÃO NA CÂMARA DE VEREADORES DE ANGRA DOS REIS-RJ

Atenção Auxiliares de Recreação e Berçário,

O Vereador Ilson Peixoto convida aos representantes da categoria a comparecerem na Câmara de Vereadores na próxima segunda-feira às 10h para uma reunião com a Comissão de Educação para tratar sobre o reenquadramento dos Auxiliares de Creche e a equiparação salarial e de direitos, ele também entregou ao Secretário de Administração José Eugênio Sayegh as reivindicações feitas por nós em seu blog.

Esperamos sair dessa reunião convictas que finalmente será feita justiça com nossa categoria, será o início de um justo reconhecimento pela importância das nossas atribuições que é cuidar e educar crianças de 0 a cinco anos e onze meses a exemplo de outros municípios no Brasil.

CADA ADMINISTRADOR ESCOLHE COMO SERÁ LEMBRADO!!!