Rumo a regulamentação de nosso cargo!!!

Mesmo após a LDB/1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) e o PNE/2001 (Plano Nacional de Educação), quando as creches deixaram de ter um caráter assistencialista e passaram a ser consideradas a primeira etapa da educação básica, onde quem trabalha em contato diretamente com as crianças é o professor e necessita ter a formação mínima em nível médio na modalidade normal para estar em sala de aula, muitos municípios continuaram a fazer concursos com a exigência de apenas nível fundamental ou médio, com nomenclaturas como auxiliar de recreação, berçário, auxiliar de creche, pajem, entre outras até os dias de hoje e como resultado disso exercemos atividades de docente, pois as creches de fato fazem todo o trabalho pedagógico, porém temos salários e direitos bem inferiores aos dos professores, mesmo tento a qualificação exigida por lei.

Convocamos aos ainda erroneamente chamados auxiliares, pajens, monitores, entre outras denominações a caminhar pela criação de nossa verdadeira identidade que é a de Professor de Educação Infantil, em muitos municípios profissionais como nós já conquistaram seus direitos agora é a nossa vez.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

CARTA AOS PAIS

Queridos colegas,

Precisamos mobilizar os pais, eles precisam estar do nosso lado, por conta disso foi feita uma carta por um grupo de auxiliares de creche e distribuída aos pais em algumas creches e nas comunidades.

A Sub-Secretária Neusa Fonseca juntamente com Denise Jordão e mais algumas pessoas fizeram uma reunião de emergência, se dividiram e foram pessoalmente nas creches para desmentir e acalmar os pais que estavam profundamente preocupados, pois dependem muito do trabalho dos auxiliares, pois sem eles as creches param.

O que nos deixou tristes foi saber que Denise Jordão se posicionou de uma forma bastante "inadequada", pelo que chegou aos nossos ouvidos, Denise disse aos pais durante a reunião que eles poderiam ficar despreocupados, pois não haveria paralisação alguma, já que iria demitir os auxiliares caso não parássem com esta história.

Denise precisa saber que temos direito a fazer greve, se estamos nos mobilizando é porque há algo errado, ameaças não irão resolver o problema, temos consciência sobre nossos direitos, já passou da hora da secretaria sentar e conversar francamente no intuito de ressolver de vez esta situação, estamos ficando doentes com a carga horária que nos é imposta, ficamos o dia inteiro dentro da creche sob barulho extremo, responsabilidade, uso excessivo da voz, em pé praticamente o dia inteiro, pois o mobiliário é para crianças até 5 anos, pressão por boa parte das direções que parecem ser treinadas no nazismo.

Se os professores trabalham quatro horas e meia por não aguentarem uma rotina além deste período, por que nós temos que suportar?

Também precisamos denunciar diretoras que pensam estar acima das leis ao MP, quantas vezes forem necessário, até que a Secretaria de Educação por bem ou por mal substituam estas pessoas que agridem funcionários com terror psicológico, inclusive há caso em que uma diretora ameaçou as funcionárias dizendo que se alguém participar das reuniões sobre essa história de aumento, de regulamentação... estará fora! Serão transferidas para os cafundós do Judas.

Fazemos o trabalho do Professor de Educação Infantil e recebemos como auxiliar, cargo e nomeclatura ultrapassada, que já deveria ter sido extinta desde 1996,.

Trabalhamos em creches sem um pingo de estrutura, são banheiros pequenos para uma multidão de crianças que se enfileram, com tempo cronometrado para cada uma, ou seja, 2 a 3 minutos.

Refeitório pequeno para atender a demanda, salas sem ventilação, parecendo o caldeirão, auxiliares que chegam a ficar sozinho com 25 crianças quando alguns funcionários faltam e não tem ninguém pra fazer esta cobertura., e muitas coisa mais...

Creches sem diretores que passam o dia batendo perna e funcionários tendo que responder pela direção.

Vejam a carta entregue aos pais:



ATENÇÃO


Aos Pais Usuários das Creches Municipais e Comunidade

Nós, Auxiliares de Recreação e Berçário, vimos através desta, informar a situação em que nos encontramos, enquanto profissionais que são responsáveis diretos pela educação de seus filhos.
Desde 1996 a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) as creches deixaram de pertencer a Secretaria de Ação Social, onde as creches tinham o objetivo de apenas “guardar” as crianças para que suas mães pudessem trabalhar e passaram a pertencer à Secretaria de Educação, sendo assim as creches passaram a ser consideradas como primeira etapa da educação básica, visando o desenvolvimento físico, psíquico e cognitivo das crianças, desta forma todo o profissional que atua dentro de sala de aula é professor, porém na educação infantil, é um professor diferente que acumula duas funções: o educar (com jogos e brincadeiras pedagógicas) e o cuidar (dar banho, trocar fraldas), sendo assim a figura esdrúxula do auxiliar deveria ter sido banida desde 1996.

No entanto a Prefeitura de Angra dos Reis, mesmo depois da LDB, realizou um concurso de forma errada contratando auxiliares (com baixa escolaridade) para realizar a função do professor, no intuito de contratar mão-de-obra barata, porém após o concurso diversos profissionais (auxiliares de recreação e berçário) obtiveram a formação em magistério (professor) e para os que não possuíam a formação o próprio município aderiu a um programa do Governo Federal para ter todos seus profissionais com a devida formação o Proinfantil (Programa Nacional para Professores Leigos em Exercício na Educação Infantil).

Após ficarmos cientes das leis que nos regem, ou seja, após sabermos que é exigência nós termos a formação de professor, entramos em negociação com a Secretaria de Educação e Administração, afinal se é necessário termos a formação de magistério, nada mais justo que tenhamos uma remuneração compatível com a formação que nos é exigida, o que não acontece, pois hoje somos educadores, desenvolvemos todo o trabalho pedagógico com a formação exigida, porém recebendo o salário mínimo da prefeitura.

Visto que estamos neste impasse a mais de um ano e não temos uma resposta positiva deste governo, pedimos aos pais e comunidade que entrem nesta luta conosco, para que não seja necessário darmos o próximo passo, que será uma paralisação, o que será prejudicial tanto para nós quanto para a rotina dos pais e das crianças.

Bem, os auxiliares aos poucos estão entendendo a causa e estão aderindo ao movimento, estão se irritando com novas transferências e perseguições. Isto é bom!

Queremos paz, mas:


"PAZ SEM VOZ NÃO É PAZ...
É MEDO!"

O Rappa

domingo, 24 de outubro de 2010

O BRASIL ESTÁ ACORDANDO...

Por anônimo em SÃO OS ÓRGÃOS COMPETENTES DA EDUCAÇÃO ENTRANDO EM AÇÃO...

Caros colegas , gostaria de pedir ajuda para tirar algumas dúvidas; Na prefeitura que trabalho tem dois nomes para a mesma função Babá e Adi , fiz concurso em 96 na época foi pedido até 8º série , fiz magistério , pedagogia e outros cursos relaçionadas a área de educação. A prefeitura alega ser ilegal que passemos a ser incluidas no plano de carreira do magistério , pois não fizemos concurso para tal. Por favor se alguém puder me ajudar tirando essas dúvidas ficaria muito grata.


Anônima,

Esta é a situação que se encontram muitos profissionais que atuam na educação infantil no país, já que a nomenclatura "Babá" surgida na época em que as creches pertenciam as Secretarias de Ação Social já deveria ter sida extinta totalmente e dado lugar a atual nomenclatura: Professor de Educação Infantil, porém este reconhecimento não ocorreu em muitos municípios, que num perfeito "golpe sujo,"deixaram as coisas como estavam, já que tal reconhecimento resultaria consequentemente em valorização, desta forma muitos municípios preferiram continuar com mão-de-obra barata porém qualificada já que costumam promover cursos de qualificação inicial e formação continuada.



Existem alguns municípios que fizeram este reconhecimento com a devida valorização, a exemplo de São Paulo-SP, que mudou a nomenclatura dos antigos ADIs ( cujo o concurso exigiu nível fundamental para as mais antigas e posteriomente nível médio) que passaram a ser chamados de Professores de Dsenvolvimento Infantil, sendo incluídos no plano de cargos e salários do magistério.



Isto é perfeitamente possível, pois não há mudança de atribuições, ou seja, a natureza de nossas funções continuarão sendo as mesmas(cuidar e educar crianças de 0 a 5 anos), caso houvesse uma mudança de atribuições não seria possível, pois seria inconstitucional. Vai depender muito da consciência e vontade dos políticos do Legislativo e Executivo empossados.



É claro que para ser incluído no plano de cargos e salários do magistério é necessário que se obtenha qualificação mínima de magistério, atualmente na educação infantil admite-se a formação nível médio, normal.



A inclusão no plano de cargos e salários do magistério foi assegurada aos professores leigos desde 1996 pela Lei do FUNDEF(atual FUNDEB) deste que obtenha a formação, tal lei não exigiu que o servidor passasse por novo concurso.


Como as atribuições dos profissionais que até hoje são chamados de babá, auxiliar, recreador, etc, na verdade desempenham atribuições do Professor de Educação Infantil, estes profissionais deveriam ter sido incluidos no magistério conforme foram se qualificando, já que são os professores leigos da educação infantil.


Dê uma olhada em nossas postagens mais antigas, há muitos documentos sobre o assunto. Vai aqui algumas sugestões de postagens (é só clicar):



Legislação e Documentos publicados pelo MEC.

E os municípios se adequaram a legislação????

ATRIBUIÇÕES DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO INFANTIL.

SERÁ QUE BUSCAMOS POR UMA ASCENSÃO INCONSTITUCIONAL???????

"Não somos responsáveis apenas pelo que fazemos, mas também pelo que deixamos de fazer" Molière

Municípios que já transformaram Auxiliares de Recreação em Professor de Educação Infantil,e se adequaram à legislação.

O Governo vem exigindo a qualificação e valorização de professores leigos deste 1996.

Queremos o nosso reconhecimento!

PROINFANTIL, A QUEM SE DESTINA ???

REVISTA CRIANÇA DÁ SUA IMPORTANTE CONTRIBUIÇÃO.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

A CÂMARA DOS VEREADORES PODE SER UMA ALIADA DOS AUXILIARES DE CRECHE DO BRASIL, A EXEMPLO DE IPORÁ-GO

COMENTÁRIO RETIRADO DA POSTAGEM: PARABÉNS AO PREFEITO DE IPORÁ-GO, QUE DEIXOU DE SER UMA PEDRA NO SAPATO DOS EX-ADIs


É colegas, graças a Deus e a muita luta, conseguimos nosso enquadramento. Mas não foi por boa vontade da administração, foi porque conseguimos a adesão de 90% dos vereadores à nossa luta.

E assim conseguimos que eles vinculassem nosso enquadramento a uma votação de um projeto de aprovação de crédito suplementar a pedido do prefeito, sendo que sem a aprovação deste, seria impossível a prefeitura cumprir com qualquer que seja de seus compromissos. Ou seja, foi um jogo de troca.

Por isso, mobilizem pais, mães, sociedade e o poder legislativo. Esse é o caminho. Vá em frente. E conte conosco. A prefeitura na verdade tá com nossa categoria literalmente atravessada na garganta.

Estão fazendo o podem e o que não podem para nos prejudicar. Pra vcs terem idéia, estão fazendo nosso enquadramento como se estivéssemos entrando agora na prefeitura. Não estão considerando nosso tempo de serviço.

Mas a luta continua, se precisar vamos brigar na justiça pelo nosso tempo de serviço. Pois todos os outros funcionários foram enquadrados na referencia de acordo com o seu tempo de serviço, só para nós que não.

Por isso colegas, a luta ainda continua, e agora que já fomos enquadradas, vamos exigir todos os nossos direitos. Pra vcs terem idéia de a união faz a força, a maioria dos "professores" não aceitaram com boa vontade a nossa conquista, levantando algumas críticas,etc.

E agora estão se mobilizando para também reivindicarem direitos como o piso salarial, acesso de nível, horas atividade, em fim, viram que só conseguimos porque unimos e fomos a luta. Boa Sorte!

Valci.

Isso é para nós, auxiliares de todo Brasil, acreditarmos na força da Câmara de Vereadores(quando esta é formada por pessoas sérias). Caso a Câmara apresente o PL fica muito chato para o Executivo negar, e se negar, existe outras medidas (desde que sejam lícitas) a serem tomada como foi o caso de Iporá-Go.

Não entendemos o que estas prefeituras ganham ao prejudicar nossa categoria, se reconhecem que sempre fomos os professores dentro de sala de aula, como podem nos negar esse tempo trabalhado???

Temos um parecer do INSS numa postagem deste blog nos enviada pelo nosso amigo Sérgio Antiqueira(dono do blog SINDSEP FORTE), onde este órgão reconhece como legítimo o tempo de serviço das ex-ADIs de São Paulo.

Pode ser um documento útil para vocês de Iporá, embora não somos assistidos pelo INSS, com certeza servirá de embasamento para a luta de vocês na justiça comum.

Quanto aos professores não aceitarem, se eles realmente tiverem embasamento legal como nós temos, que corram atrás. Em Angra existem professores que alegam por exemplo, que possuem nível superior e mesmo assim não conseguiram aumentar seus salários conforme a formação atual, inclusive dizem a mesma coisa dos professores de Iporá: se a gente conseguir abrirá precedentes para que eles consigam também serem promovidos.

Em nossa humilde opinião, a situação dos professores dos outros segmentos difere da nossa, pois, em nosso caso estamos de forma irregular dentro de sala de aula, somos Professores leigos sem NENHUMA formação, o que não acontece com eles, além de termos um Parecer do CNE garantindo ao professor leigo o enquandramento como professor, sem necessitar de um novo concurso público.

Querida Valci, não existe governo que dure para sempre, eles sairão e nós ficaremos, e com um pouco de sorte, o jogo pode virar para nosso lado e eles poderão deixar o queijo e a faca na mão do próximo.

Vamos prestar atenção e votar naqueles que nos apoiam, a campanha de 2012 já começou. Se nossa valorização depende de boa vontade política, então vamos ver quem são os políticos que estão a favor da educação infantil.


QUEM SE HABILITA?...

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

SÃO OS ÓRGÃOS COMPETENTES DA EDUCAÇÃO ENTRANDO EM AÇÃO...

Enquanto lutamos por valorização, o FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) continua empenhado em seguir com o Proinfantil a diante, afinal o governo quer qualificar todos os profissionais que atuam diretamente com as crianças, mas que não possuem formação em magistério(professores leigos), no Diário Oficial da União, nº 192 do dia 6 de Outubro de 2010, o FNDE publicou uma resolução que regula a participação das IFES (Instituições Federais de Ensino Superior) e diz que um dos objetivos do Proinfantil é valorizar o magistério oferecendo condições de crescimento profissional e pessoal do professor. Vejamos:



FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO
CONSELHO DELIBERATIVO

RESOLUÇÃO No- 29, DE 5 DE OUTUBRO DE 2010 Estabelece os critérios e os procedimentos para a participação das Instituições Federais de Ensino Superior - IFES na implementação do Programa de Formação Inicial para Professores em Exercício na Educação Infantil - PROINFANTIL, da Secretaria de Educação a Distância do Ministério da Educação. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL:

Constituição Federal;
Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996;
Lei nº 10.172 de 9 de janeiro de 2001;
Lei nº 12.017, de 12 de agosto de 2009;
Decreto nº 6.170, de 25 de julho de 2007;
Portaria SEB/MEC nº 1, de 9 de janeiro de 2007;
Portaria SEB/MEC nº 2, de 9 de janeiro de 2007;
Portaria nº MP 127, de 29 de maio de 2008;
Resolução CD/FNDE nº 19, de 24 de abril de 2009;
Resolução CD/FNDE nº 53, de 29 de outubro de 2009.
Resolução CD/FNDE nº 34, de 30 de junho de 2009; e
Resolução CD/FNDE nº 11 de 20 de maio de 2010

O PRESIDENTE DO CONSELHO DELIBERATIVO DO FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO(CD/FNDE), no uso das atribuições legais que lhe são conferidas pelo art. 14, capítulo V, Seção IV do Anexo I do Decreto nº. 5973, de 29 de novembro de 2006; pelos artigos 3º., 5º. E 6º. do Anexo da Resolução/CD/FNDE nº. 31, de 30 de setembro de 2003; pelos artigos 5° e 14°, anexo I, do Decreto 6319 de 20 de dezembro de 2007,pelo Capítulo V da portaria 852 de 04 de setembro de 2009, e




CONSIDERANDO que o Programa de Formação Inicial para Professores em Exercício na Educação Infantil - PROINFANTIL, da Secretaria de Educação a Distância do MEC, é um curso a distância, em nível médio e na modalidade Normal, para formação de professores de Educação Infantil que atuam em creches e pré-escolas e que não possuem a formação exigida pela legislação, sendo realizado pelo MEC em parceria com os estados e os municípios interessados e Instituições Federais de Ensino Superior.

CONSIDERANDO que o Programa PROINFANTIL utiliza atividades a distância orientadas por meio de atividades presenciais concentradas nos períodos de férias escolares, além de atividades de prática pedagógica nas instituições onde professores cursistas atuam acompanhados por tutores e distribuídos por todo o período letivo.


CONSIDERANDO que os objetivos do PROINFANTIL são habilitar em magistério para a Educação Infantil (EI) os professores em exercício, de acordo com a legislação vigente; elevar o nível de conhecimento e aprimorar a prática pedagógica dos docentes, valorizar o magistério oferecendo condições de crescimento profissional e pessoal do professor; contribuir para a qualidade social da educação das crianças com idade entre 0e 6 anos nas Instituições de Educação Infantil (IEI).

CONSIDERANDO que as Instituições Federais de Ensino tem a responsabilidade pela execução e planejamento da formação pedagógica dos professores formadores, tutores, assessores técnicos do Proinfantil, articulador pedagógico da educação infantil, coordenadores das agencias de formação e da equipe estadual de gerenciamento, bem como elaborar o material pedagógico, elaboração de provas, realizar pesquisa e avaliação das ações do Proinfantil, resolve, "ad referendum":

Art. 1º Estabelecer as orientações e diretrizes para a participação de Instituições Federais de Ensino Superior - IFES na implementação do Programa de Formação Inicial para Professores em Exercício na Educação Infantil - PROINFANTIL, da Secretaria de
Educação a Distância do Ministério da Educação - SEED/MEC.

Parágrafo único: A participação das Instituições Federais de Ensino Superior - IFES ocorrerá no âmbito das seguintes ações:

a. Formação e Capacitação;
b. Produção e reprodução de conteúdos e materiais didáticos;
c. Pesquisa e avaliação das ações do Programa;
d. Realização de oficinas, seminários e outros congêneres.

Art. 2º Os critérios e as diretrizes do Proinfantil estão disciplinados nas Diretrizes Gerais e no Guia Geral do Programa, disponíveis no site do Portal do Professor: http://portaldoprofessor. mec. gov. br/ linksCursosMateriais. html? categoria= 40.

Art. 3º A assistência financeira de que trata esta Resolução será prestada pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação,de acordo com as quantidades e valores assinalados nos planos de trabalho aprovados pela SEED/MEC, ficando limitada ao montante de recursos consignado na Lei Orçamentária Anual para esse fim.

Art. 4º Caberá ao MEC, por meio da Secretaria de Educação a Distância - SEED, monitorar a execução dos projetos, emitir parecer sobre os aspectos técnico-pedagógicos e avaliar a implementação do projeto, no âmbito do Programa Proinfantil, bem como as instituições responsáveis pelas ações, podendo, para tal fim, utilizar
informações enviadas pelos gestores, nomeados formalmente pelas IFES, bem como as obtidas em visitas às instituições e sistemas de informação.

Art. 5º Os documentos citados nesta Resolução estão disponíveis na página da Internet: http://www.fnde.gov.br. Art. 6º Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação.


FERNANDO HADDAD

Desta forma não podemos deixar de informar ao FNDE que os municípios vêm deixando a valorização de lado, que profissionais estão sendo qualificados, porém discriminados e com condições de trabalho cada vez mais difíceis. Prestem atenção na data desta Resolução.Fresquinha!!! Já fizemos nossa parte, faça você também a sua:


Presidente do FNDE: Daniel Silva Balaban
presidencia@fnde.gov.br

Procurador-Chefe: Carlos Alexandre de Castro Mendonça
carlos.mendonca@fnde.gov.br

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

ATENÇÃO AUXILIARES DE CRECHE, VAMOS APROVEITAR ESSA CHANCE!!!!!


Postagem retirada do Blog Professores Leigos, com link para acesso ao lado.


Consulta Pública sobre Orientações Curriculares Nacionais da Educação Infantil
Por Vilmar Klemann
Blog Forum Paulista de Ed. Infantil


O MEC através da SEB/Coedi disponibilizou um conjunto de textos para consulta pública com o objetivo de buscar contribuições para a construção e implementação das Diretrizes Curriculares da Educação Infantil.
As Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil, aprovadas em 17 de dezembro de 2009 determinam que cabe ao Ministério da Educação elaborar orientações para a implementação dessas diretrizes.
O objetivo principal é contribuir com o trabalho do professor.No período de 13 de setembro a 30 de outubro você pode enviar suas sugestões, críticas e propostas.
Os documentos preliminares estão à disposição de gestores, conselheiros, técnicos, professores, pesquisadores e da comunidade para consulta e colaboração.
Envie sua mensagem diretamente ao autor e com cópia para
consultapublicacoedi@mec.gov.br

Aqui está uma excelente chance para cobrarmos nossos direitos, vamos escrever aos milhares para eles, a solução do impasse de nossa categoria precisa estar inclusa nesta construção das Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil. Como sempre, já fizemos nossa parte, agora é com vocês!

Acesse o link http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=15860&Itemid=1096


Acesse os textos:
O currículo na Educação Infantil: o que propõem as novas Diretrizes Nacionais? Zilma de Moraes Ramos de Oliveira;

As especificidades da ação pedagógica com os bebês.
Maria Carmen Silveira Barbosa
Brinquedos e brincadeiras na Educação Infantil Tizuko Morchida Kishimoto;
Relações entre crianças e adultos na Educação Infantil Iza Rodrigues da Luz;
Saúde e bem estar das crianças: uma meta para educadores infantis em parceria com familiares e profissionais de saúde; Damaris Gomes Maranhão;
Múltiplas linguagens de meninos e meninas no cotidiano da Educação Infantil; Márcia Gobbi.
A linguagem escrita e o direito à educação na primeira infância; Mônica Correia Baptista;
As crianças e o conhecimento matemático: experiências de exploração e ampliação de conceitos e relações matemáticas; Priscila Monteiro;
Crianças da natureza Léa Tiriba
Orientações curriculares para a Educação Infantil no Campo Ana Paula Soares da Silva
Fonte:
http://paraalmdocuidar-educaoinfantil.blogspot.com/2010/10/consulta-publica-sobre-orientacoes.html

Estamos mais fortes e vivos na luta. Desistir????JAMAIS!



terça-feira, 19 de outubro de 2010

REUNIÃO NO "REINO O AUMENTO NÃO VEM DAQUI".

Hoje, no "Reino O Aumento Não Vem Daqui", houve uma conversa entre a classe trabalhadora e a Monarquia.

De um lado a Monarca muito simpática, cheia de sorrisos, fica muito empolgada quando se dá conta da ausência de suas trabalhadoras "favoritas". Então diz:

_ Que bom tê-los conosco, sempre vinham aquelas duas, elas não sabem conversar educadamente, falam umas palavras esquisitas: LDB, PNE, Política Nacional para Educação Infantil, Parâmetros de qualidade...

_ Bem, vamos deixar estas coisas de lado. (diz a classe trabalhadora presente)

_ Isso mesmo, vamos ao que interessa. Vocês prestam serviços para este Reino, o trabalho de vocês é decisivo para o desenvolvimento de nossos pequenos, mas esse negócio de aumento salarial não é conosco não, é problema só do "Reino Aqui Não Tem Dinheiro". Se bem que aquelas duas que falam esquisito, entraram com um processo do Reino Mor, ele passou aqui, e já dei meu parecer, mas como era muita coisa, muito documento, na época não tinha assimilado muito bem a história, mas como vocês são mais simpáticos, entrem com um novo processo no Reino Mor, mais simples, fácil de entender, sem essa história de lei, só pedindo um aumentinho, acho que assim vocês conseguem alguma coisa.
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De repende a Monarca pega um papel que possuía alguns dizeres impresso e faz uma afirmação/exclamação/pergunta:
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Com certeza vocês não têm ciência deste documento cheio de erros de pontuação, TÊM...!!!???
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Os súdidos com medo do belo sorriso se transformar em ira, não deixaram vir a tona a verdade, onde pelo menos a maioria sabia muito bem do que se tratava aquele documento e outras "coizitas" mais.
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É por essas e por outras que a classe trabalhadora não conquista seus direitos. Ninguém é melhor do que ninguém, não é preciso ter receio. Tem que se cobrar o correto, o que é de direito, e não se contentar com migalhas, se a classe verdadeiramente estiver unida não será preciso de falsos sorrisos para obter qualquer coisinha.
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Afinal estamos certos no que falamos, já que só puderam criticar os erros de pontuação.
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Como diz um amigo: AVANTE CLASSE!!!!
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P.S: Será que a Monarca não aceitaria um convite nosso para fazer a revisão de nossas postagens?
P.S(2): Mas o trabalho tem que ser voluntário! Porque o nosso salário Ó...
P.S(3): E não é que as duas assinaram o documento...

sábado, 16 de outubro de 2010

PARABÉNS AO PREFEITO DE IPORÁ-GO, QUE DEIXOU DE SER UMA PEDRA NO CAMINHO DOS EX-ADIS.

Comentário retirado da postagem:QUALIFICAÇÃO SEM VALORIZAÇÃO. NÃO MESMO!!!!

"Esse é o caminho. Conseguimos nosso enquadramento, e cumprimento das horas atividades aqui em Ipora-go, dessa forma, pressionando os vereadores, a administração, em fim, esse é o caminho. Apartir de 01/10/2010, somos reconhecidas como professor de desenvolvimento infantil, com o mesmo salário dos demais professores do município."
Valci.
Estamos muito felizes pela vitória dos ex-Auxiliares de Desenvolvimento Infantil de Iporá, que acompanhamos a quase um ano, parabéns pela luta, pela determinação e pela união que é algo fundamental para que os objetivos sejam alcançados.

Fizemos uma postagem com o título:Prefeito José Antônio da Silva Sobrinho, uma pedra no sapato dos ADIs em Iporá-GO. Nesta ocasião as ADIs de Iporá lutavam para que o prefeito cumprisse a lei municipal que os enquadravam como Professores de Desenvolvimento infantil criada pelo prefeito anterior que perdeu as eleições.

Nossas colegas de Goiás não desistiram e começou uma batalha incansável que resultou obviamente na vitória.

Agradecemos a nossa amiga Valci que tem contribuído nos enviando diversos documentos através de e-mail e temos certeza que continuará a torcer muito por todos nós, para que nossos administradores enxerguem as transformações ocorridas na educação Infantil, para que enxerguem que a situação estava muito cômoda, pois gastavam e muitos ainda gastam migalhas com a remuneração dos Auxiliares de Creche que cumprem muitíssimo bem a papel do Professor de Educação Infantil com qualificação adequada, mas já deviam ter percebido que esta situação está insustentável, nos abrimos os olhos e não descansaremos enquanto nossos direitos não forem respeitados.

Não duvidamos nada que a resposta que teremos com relação a nossa valorização como educadores seja NEGATIVA, pois é esta a impressão que temos todas as vezes que nos reunimos com a gestão atual da Secretaria de Educação de Angra dos Reis-RJ, não conseguimos enxergar nem um pingo de boa vontade desses gestores em mudar nossa situação, muito pelo contrário, houve sim arrocho, perseguição e descaso com a causa,. Em todos os municípios onde houve a regularização do cargo a(o) Secretária(o) de Educação e a(o) Prefeita(o) estavam diretamente envolvidos neste processo o que não acontece em Angra dos Reis,

É uma pena! profissionais satisfeito: aumento de qualidade no ensino de nossas crianças!

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

PARABÉNS A TODOS OS PROFESSORES!!!

Oração do professor

Senhor, tu me conheces.

Sabes onde nasci, sabes de onde venho, quem sou. Conheces minha profissão: sou professor.

Desde criança, tinha em mim um imenso desejo de ensinar. Queria partilhar vida, sonhos. Queria brincar de reger. Reger bonecos. Plantas. Reger as águas do mar que desde cedo aprendi a namorar.A todos ensinava, Senhor.

Criava e recriava histórias para senti-las melhor, para reparti-las com quem quisesse ouvir. Eu era um professor. Fui crescendo e percebi o quanto o sonho era real. Queria ensinar mesmo. Estudei. Concluí o curso universitário.

Hoje sou, de fato, um professor. Com diploma, certificado e emprego estável. Hoje não são bonecos que me ouvem, são crianças. Dependem tanto de mim. Do meu jeito. Do meu toque. Do meu olhar.

São crianças ávidas de aprender. E de ensinar. Cada uma tem um nome. Uma história. Cada uma tem um ou mais medos. Traumas. Têm sonhos. Todas elas, crianças queridas, sonham. E eu. Eu, senhor, sou um gerenciador de sonhos. Sou um professor.

Respeito todas as profissões. Cada uma tem seu valor,sua formosura. Mas todas elas nascem da minha. Ninguém é médico, advogado, dentista, doutor, sem antes passar pelo carinho, pela atenção, pelo amor de um professor.

Obrigado, Senhor.Escolhi a profissão certa. Escolhi a linda missão de partilhar.

Tenho meus problemas. Sofro, choro, desiludo-me. Nem sempre dá certo o que programei. Erro muito. Aprendo errando, também.

Mas de uma coisa estou certo: sou inteiro. Inteiro nas lágrimas e no sorriso. Inteiro no ensinar e no aprender.

Sei que meus alunos precisam de mim . E eu preciso deles. E por isso somos tão especiais. E nesta nobre missão de educar, nossa humanidade se enriquece ainda mais.

Sou professor. Com muito orgulho. Com muita humildade. Com muito amor. Sou professor!

Amém!

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Também sabemos agradecer e elogiar, mas nossos gestores não vêm nos dando motivo para isso.

Por Anônimo em QUALIFICAÇÃO SEM VALORIZAÇÃO. NÃO MESMO!!!!


TURMALINA MG, ESTA A UM PASSO PELO ENQUADRAMENTO DAS MONITORAS COMO EDUCADORAS INFANTIS, SO FALTA PASSAR PELA CAMARA.DEPOIS QUE PROCURAMOS O PREFEITO DA CIDADE E CONTAMOS COM O APOIO DA SECRETÁRIA DE EDUCAÇÃO, CONSEGUIMOS SER INCLUIDOS NO PLANO DE CARREIRA DO MAGISTERIO TENDO OS MESMOS DIREITOS DOS PROFESSORES, ALEM DE REDUÇÃO DA CARGA HORARIA, QUE ANTES ERA 8 HORAS, AGORA SERA DE 6 HORAS. ESPERAMOS QUE LOGO ELE SEJA APROVADO NA CAMARA, POIS O PREFEITO E A SECRETÀRIA DE EDUCAÇÃO JÁ NOS DEU TODO SEU APOIO. ENFIM TEREMOS NOSSA VALORIZAÇÃO. PARABENS A TODOS OS ENVOLVIDOS NESTE PROCESSO , COORDENADORES, GRUPO DE EDUCADORES, SENHOR PREFEITO E SECRETÁRIA DE EDUCAÇÃO, POR MOSTRAR QUE VALE A PENA LUTAR.



Educadores de Turmalina parabéns pela conquista, por favor, continuem nos mantendo informados. Também agradecemos à Secretária de Educação de Turmalina, Maria do Rosário Alves de Macedo, e ao Prefeito Zailson João Macedo Godinho pela atitude ética, justa e totalmente de acordo com a legalidade em prol de uma educação infantil de qualidade.



Será que algum dia postaremos agradecimentos ao nosso atual prefeito e a nossa atual secretária de educação???

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

FORMA DE PRECARIZAR: PROFESSOR LUIZ ARAÚJO

Recebemos através de um comentário enviado pelo nosso colega Antônio a matéria abaixo do Professor Luiz Araújo que já estava disponível neste blog em jan/2010 na postagem:


"Não somos responsáveis apenas pelo que fazemos, mas também pelo que deixamos de fazer" Molière.

Resolvemos mais uma vez postá-la neste espaço devido a clareza e objetividade da matéria:


Formas de precarizar
Luiz Araújo

Nos diversos cursos e oficinas que tenho tido a oportunidade de ministrar, um assunto tem sido recorrente, e merece ocupar espaço privilegiado nas preocupações dos que defendem uma educação pública de qualidade. Diz respeito à precarização do trabalho e das relações de trabalho na educação infantil.

Uma das mais importantes conquistas sociais da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei n° 9394 de 1996) foi considerar o atendimento a crianças de zero a seis anos como educação. O artigo 30 corretamente definiu isso.

Art. 30. A educação infantil será oferecida em:

I - creches, ou entidades equivalentes, para crianças de até três anos de idade;

II - pré-escolas, para as crianças de quatro a seis anos de idade.

Coerente com esta decisão, nas disposições transitórias da LDB foi dado um prazo para que os serviços prestados nesta etapa pela área da assistência (direta ou indiretamente) fossem assumidos pela área educacional. Esta obrigação está escrita no artigo 89:

Art. 89. As creches e pré-escolas existentes ou que venham a ser criadas deverão, no prazo de três anos, a contar da publicação desta Lei, integrar-se ao respectivo sistema de ensino.

Esta medida encontrou na realidade formatos distintos daquele requerido pela legislação.

1°. Alguns municípios fizeram de conta que a lei não existia e mantiveram as “creches” na assistência durante toda a vigência do FUNDEF;

2°. Outros preferiram trazer para a educação, mas remeteram o atendimento para entidades filantrópicas, atuando por meio de subvenção social;

3°. Uma parte considerável daqueles municípios que trouxeram o atendimento a primeira infância para a educação, o fizeram pela metade, ou seja, os prédios e o atendimento foram assumidos pela educação, mas não tiraram conseqüências corretas em relação aos profissionais que deveriam atuar na área.

E esta herança continua sendo um grande risco para a qualidade do atendimento da educação infantil.

Quando estes profissionais estavam na assistência recebiam diversas denominações: pajens, babás, monitores, auxiliares de creche e educadores infantis.

Pelo que está previsto na LDB, ao migrar o serviço para a educação, a situação funcional destes trabalhadores deveria ter sido resolvida, ou seja, deveria ter sido seguida as regras que constam no artigo 61 e 62 da referida lei.

Art. 61. Consideram-se profissionais da educação escolar básica os que, nela estando em efetivo exercício e tendo sido formados em cursos reconhecidos, são:
I – professores habilitados em nível médio ou superior para a docência na educação infantil e nos ensinos fundamental e médio;

Art. 62. A formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á em nível superior, em curso de licenciatura, de graduação plena, em universidades e institutos superiores de educação, admitida, como formação mínima para o exercício do magistério na educação infantil e nas quatro primeiras séries do ensino fundamental, a oferecida em nível médio, na modalidade Normal.

Está claro que os municípios deveriam ter buscado resolver a questão.

Um dos entraves que hoje está sendo vivenciado pelos municípios brasileiros diz respeito à existência de diferentes tratamentos dados para o cargo de professor que atua na educação infantil.

A situação funcional dos trabalhadores que estavam nas antigas creches vinculadas à assistência social deveria ter sido resolvida até 1999, pois desde 1996 que está explicito que o nome do cargo do profissional para trabalhar com a educação infantil é PROFESSOR.

Em muitos municípios, seja por incompreensão conceitual ou jurídica, seja por problemas financeiros, foram criados ou mantidos cargos separados, denominando-os de MONITORES, AUXILIARES DE CRECHE ou outras variações. Estes profissionais precisam ter a mesma qualificação exigida para os professores pela LDB, mas seus salários são mais baixos e em muitas redes estão alocados no quadro geral dos servidores da prefeitura.

Em alguns municípios foi criado o cargo de PROFESSOR DE EDUCAÇÃO INFANTIL, com a mesma justificativa e objetivo: manter estes professores recebendo menos que os demais.

Em todas estas situações existe algo em comum: por intermédio da criação de um cargo docente não previsto na LDB se busca manter, de forma precarizado, o atendimento para a educação infantil.

Com a instituição do piso salarial nacional para o magistério esta situação ficou mais complexa. Aqueles docentes apelidados de monitores e auxiliares estão excluídos do piso. Aqueles que foram denominados de professores da educação infantil devem ser incluídos. Obviamente que este enquadramento no piso torna menos eficaz a tentativa de economizar via criação de cargo separado.

Com a obrigatoriedade de revisar os planos de carreira esta situação ganha uma rica oportunidade de ser consertada pelos gestores municipais. Logicamente que cada realidade funcional levará a saídas diferentes, mas uma diretriz deve presidir este trabalho: garantir que se cumpra o que estabelece a LDB e tenhamos somente um cargo de professor, com níveis de remuneração baseados na titulação e não no local de exercício docente.

Esta é a diretriz da Resolução n° 02 de 2009 da Câmara de Educação Básica do CNE, como pode ser lido no parágrafo primeiro do artigo 2° e no artigo 4°:

Art. 2°.......................

§ 1º São considerados profissionais do magistério aqueles que desempenham as atividades de docência ou as de suporte pedagógico à docência, isto é, direção ou administração, planejamento, inspeção, supervisão, orientação e coordenação educacionais, exercidas no âmbito das unidades escolares de Educação Básica, em suas diversas etapas e modalidades (Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio, Educação de Jovens e Adultos, Educação Especial, Educação Profissional, Educação Indígena), com a formação mínima determinada pela legislação federal de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.

............

Art. 4º As esferas da administração pública que oferecem alguma etapa da Educação Básica, em quaisquer de suas modalidades, devem instituir planos de carreira para todos os seus profissionais do magistério, e, eventualmente, aos demais profissionais da educação, conforme disposto no § 2º do artigo 2º desta Resolução, dentro dos seguintes princípios:

Este caminho é fundamental para garantir uma real valorização dos professores que atuam na educação infantil.

Luiz Araújo, Professor, mestre em políticas públicas em educação pela UnB. Secretário de educação de Belém (1997-2002). Presidente do INEP (2003-2004). Assessor de financiamento educacional da UNDIME Nacional (2004-2006). Assessor do senador José Nery -PSOL/Pa (2007-2009). Consultor na área educacional. Atualmente é Consultor Educacional da UNDIME Nacional.


O QUE FALTA MESMO É AÇÃO DOS ÓRGÃOS COMPETENTES !


http://www.cpers15nucleo.com.br/index.php?id=art340






domingo, 10 de outubro de 2010

QUALIFICAÇÃO SEM VALORIZAÇÃO. NÃO MESMO!!!!

Comentários retirados da postagem: Monitores de Creche dizem basta!!!


Por Sônia em GREVE:

Meninas nós em Santos estamos nos mobilizando vejam: MONITORAS DE CRECHE PROTESTAM NESTA SEGUNDA-FEIRA 24/09/2010 De camisas pretas simbolizando luto, as monitoras de creche estarão nesta segunda-feira, dia 27, a partir das 15 horas, na Praça Mauá, panfletando e coletando assinaturas para o abaixo-assinado contra a intenção da Seduc em mudar as profissionais de seus locais de trabalho. O documento, que deve contar com mais de 5 mil assinaturas, vai ser entregue no gabinete do prefeito às 17h30. Na sequência, as profissionais farão um protesto surante a sessão da Câmara com faixas e cartazes. A mobilização é uma das ações definidas pelo Grupo de Trabalho formado por monitoras de creche representando cada UME. Além das profissionais, pais, mães e demais integrantes de cada comunidade escolar estão convidados a engrossar a mobilização. É hora de mostrar que as monitoras não são profissionais de segunda categoria, mas sim educadoras qualificadas e merecedoras de respeito e reconhecimento como qualquer outra classe!

MONITORAS DE CRECHE PARALISAM SESSÃO DA CÂMARA 27/09/2010 As monitoras de creche compareceram em peso na sessão da câmara desta segunda-feira para se fazerem ouvir e conseguiram. Vestidas de preto em sinal de luto, cerca de 80 servidoras paralisaram os trabalhos por 40 minutos. Após manifestação na Sala Princesa Isabel, o presidente da casa, Marcus De Rosis, chamou as profissionais para conversar. Ele e os demais vereadores presentes, sobretudo o presidente da Comissão da Educação, Braz Antunes, se comprometeram publicamente em apoiar a categoria na resistência às mudanças anunciadas pela Seduc que impedem as profissionais de fixar sede em seus atuais locais de trabalho e abrem caminho para uma série de discriminações e desvalorizações da função. Além do ato de repúdio na Câmara, as profissionais, acompanhadas pelos diretores do Sindserv e por alguns pais e mães de alunos, entregaram no gabinete do prefeito Papa um abaixo-assinado contendo 6.800 assinaturas contra as referidas medidas da Seduc. Este foi apenas um dos atos que poderão acontecer caso a Seduc não reveja a sua postura. A luta é pela obtenção de garantias de que as monitoras não serão rebaixadas a meras babás dentro das UMES. Muitas cidades do Brasil já estão em sintonia com a LDB e reconhecem as monitoras com a devida formação exigida em lei como professoras. Apesar de ter oferecido e custeado o curso de pedagogia para todas, Santos vem andando na contramão há vários anos, se omitindo nesta questão tão importante.

Nossa luta continua, MONITORAS VOLTARAM A PROTESTAR NA CÂMARA 07/10/2010 As monitoras de creche de Santos voltam a ocupar as galerias da Câmara ontem (07/10) para potestar novamente contra a atitude da Seduc em remanejá-las de local de trabalho. No dia 27, após paralisarem a sessão e entregarem um abaixo-assinado contra a medida, elas obtiveram o compromisso do presidente do Legislativo, Marcus De Rossis, bem como dos integrantes da CEV da Educação, de que uma reunião seria marcada com a secretária Sulely Maia para discutir o assunto. Porém, nada foi encaminhado desde então. As monitoras vão continuar lutando pelo compromisso de que não vão ser remanejadas de seus atuais locais de trabalho e de que serão reconhecidas como educadoras. Afinal, foi com esse objetivo que a Prefeitura custeou cursos superiores de pedagogia às profissionais, conforme prevê a Lei de Diretrizes e Bases (LDB). SÓ A LUTA MUDA A VIDA!


Olá Sônia,

É um prazer mais uma vez contar com seus comentários no Blog da Educação Infantil que vem sempre trazendo informações necessárias e contendo injeção de ânimo nesse povo que insite em permanecer na ociosidade acometidos de síndromes enumeradas aqui.

O Governo Federal vem investindo na formação dos auxiliares de creche, mas peca ao deixar a decisão da valorização nas mãos dos prefeitos que não tem essa intenção e sim de encherem os bolsos, eles precisam do repasse do FUNDEB que por sua vez cobra nossa formação, essa cobrança deveria vir seguida de uma suspensão do repasse caso os municípios não nos valorizassem como devido, por conta dessa omissão do FUNDEB e da LDB nossos(as) Secretários(as) de Educação fingem-se de mortos e como um efeito cascata muitos estados e municípios agem da mesma forma, fornecem a formação dos auxiliares, continuam com dinheiro(justamente o que lhes interessam) e nos mantêm com baixos salários, fazendo o trabalho de um profissional que ganharia o dobro e com uma carga horária extensa.

Cabe a nós dar um basta nessa pouca-vergonha e cobrar de forma veemente nossa valorização, precisamos, caso necessário, usar de todos os mecanismos para chamar atenção da sociedade assim como do próprio governo federal .

Parabéns pela organização da categoria, assim mostraremos nosso valor!

sábado, 9 de outubro de 2010

CONCURSO PARA PROFESSORES DE EDUCAÇÃO INFANTIL EM NITERÓI-RJ

Agora foi a vez de Niterói-RJ promover concurso para Professor de Educação Infantil. Mais uma vez as atribuições estão de acordo com os documentos do MEC, ou seja, o cuidar não se separa do educar conforme vimos anunciando.

Professor I - Atuação na Educação Infantil, 1º e 2º ciclos do Ensino Fundamental e Educação de Jovens e Adultos

Carga Horária Semanal: 24h

Vencimento: R$ 831,71 (oitocentos e trinta e um reais e setenta e um centavos)

Exigência: Certificado de conclusão de Nível Médio expedido por Instituição devidamente autorizada, na modalidade Normal (art. 62 da Lei Federal n. º 9.394/96) ou certificado equivalente devidamente reconhecido por Lei.

Atribuições Típicas:

1. Participar da elaboração do projeto pedagógico da Unidade Escolar, definindo ações, atividades e procedimentos de avaliação no processo de ensino aprendizagem;

2. Ministrar aulas, transmitindo aos alunos os conhecimentos estabelecidos no projeto pedagógico, de acordo com as diretrizes curriculares em vigor, com assiduidade e pontualidade;

3. Avaliar os alunos e as turmas, no contexto educacional, utilizando técnica e metodologia em consonância com a proposta pedagógica em vigor;

4. Interagir com os alunos de forma a enriquecer o processo educacional, atendendo com disponibilidade e dedicação aos alunos com dificuldade de aprendizagem, inclusive a pessoas com necessidades educacionais especiais;

5. Propor estratégias pedagógicas que favoreçam a interação aluno-aluno e aluno-professor, no contexto escolar;

6. Participar de atividades educacionais internas e externas, que contribuam para seu enriquecimento profissional, agindo sempre com ética e equilíbrio emocional;

7. Manter articulação permanente com a equipe técnico pedagógica e administrativa de sua Unidade Escolar;

8. Participar dos programas de capacitação em serviço oferecido pela FME;
9. Participar de reuniões com pais, mães e responsáveis e demais profissionais de educação e executar outras atividades afins, determinadas pela Direção e pela Coordenação Pedagógica da Unidade Escolar.

10. O Professor I, além das atribuições típicas do cargo descritas na Lei nº 2307/06, de 19 de janeiro de 2006, também exercerá atividades relacionadas ao cuidado com o aluno, quanto à higiene, à alimentação, ao repouso e à recreação, conforme a descrição abaixo:

I - Cuidados com a higiene: cuidar do banho, da escovação dos dentes, da lavagem das mãos antes das refeições, da troca de fraldas, da troca de roupa, formando o hábito nas crianças de se despir ou se vestir sozinhas e de guardar seus próprios pertences, entre outras rotinas de higiene e auto cuidado necessárias;

II - Cuidados com a alimentação: alimentar a criança, zelando pela sua adequada nutrição, conforme as recomendações dos serviços especializados da FME, e orientar os alunos no momento das refeições, propiciando a formação de bons hábitos alimentares e de comportamentos adequados durante as mesmas;

III - Cuidados com o repouso: realizar atividades de relaxamento que levem a criança ao sono, zelando pelo seu despertar sereno;

IV - Cuidados com a recreação: realizar atividades de recreação e acompanhar as crianças nas atividades livres, despertando a criatividade, estimulando a autonomia e zelando pela sua integridade física.


Mesmo diante destas mudanças necessárias para o bem-estar integral da criança no sentido da indissociabilidade do cuidar e educar, em Angra ainda escutamos coisas do tipo:"Em qualquer nível de escolaridade cuidamos dos alunos". Mas nós mais uma vez respondemos: certo, mas na Educação Infantil este cuidado é diferenciado e realizado por um só profissional, ou seja:

O PROFESSOR DE EDUCAÇÃO INFANTIL!

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

EM CUIABÁ O SACO PÁRA EM PÉ!

Retiramos este comentário feito por um anônimo na postagem: BALNEÁRIO CAMBURIÚ-SC A CAMINHO DA VITÓRIA!

Bom dia professores do Proinfantil!

Sou de Cuiabá-MT e também sou cursista, fico triste em ver que em todos os estados não temos o valor que merecemos, embora nosso caso seja um pouco diferente do que estou lendo aqui, já que temos boa alimentação como: Café da manhã, almoço, cafézinho da tarde e um ambiente ótimo para se estudar, mas estamos na mesma luta que vcs em busca da valorização profissional, mas sempre trabalhamos com um coração feliz pois fazemos nosso trabalho com amor e muiiiita dedicação e mais estamos adquirindo o respeito que merecemos, saiba que temos que segurar a bandeira juntos afinal de contas podemos até estarmos distante, mas estamos no mesmo caminho, o amanhã das nossas crianças depende de nós.

Beijos e abraços a todos que lutam por uma educação melhor.

Olá, seja muito bem-vindo(a)!

Pelo menos o município de Cuiabá entende bem o ditado: "saco vazio não pára em pé", aqui em Angra, não temos reconhecimento, não temos valorização, muito menos uma refeição digna e um "lugarzinho ótimo para estudar".

Aqui funciona mais ou menos assim: Depois de trabalhar o dia inteiro, você sai correndo desesperadamente para não peder o ônibus e dar tempo de passar na lanchonete onde o salgadinho gorduroso com um copinho de 200 ml de ki-suco custa R$1,00 (um real), depois da farta, nutritiva e rápida refeição corremos para o local onde será ministrado o curso, não temos local fixo, aos sábados então é comum as aulas serem ministradas nas próprias creches, onde não há mesas e cadeiras adequadas ao nosso tamanho. Isso mesmo! Passamos o dia inteiro sentados, estudando em mesas e cadeiras ergonomicamente adequadas para crianças de 2 a 4 anos.

Ahhh já íamos nos esquecendo, durante o curso ( fase presencial)o município colabora com uns biscoitos murchos, imagina que houve dia em que o lanche foi pão com ovo(aulas quinzenais). Mas isso é ação de pessoas que não se interessam pelas crianças, muito menos ainda pelos profissionais responsáveis pela educação das mesmas.

Mas enfim, diante desta situação, só mesmo com o amor e o carinho que as crianças nos passam nos matêm firmes para seguirmos nossa luta por respeito, reconhecimento e valorização. Devemos sim seguir juntos, a distância nos separa mais a internet nos aproxima cada vez mais.

Juntos somos mais fortes!!!