Rumo a regulamentação de nosso cargo!!!

Mesmo após a LDB/1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) e o PNE/2001 (Plano Nacional de Educação), quando as creches deixaram de ter um caráter assistencialista e passaram a ser consideradas a primeira etapa da educação básica, onde quem trabalha em contato diretamente com as crianças é o professor e necessita ter a formação mínima em nível médio na modalidade normal para estar em sala de aula, muitos municípios continuaram a fazer concursos com a exigência de apenas nível fundamental ou médio, com nomenclaturas como auxiliar de recreação, berçário, auxiliar de creche, pajem, entre outras até os dias de hoje e como resultado disso exercemos atividades de docente, pois as creches de fato fazem todo o trabalho pedagógico, porém temos salários e direitos bem inferiores aos dos professores, mesmo tento a qualificação exigida por lei.

Convocamos aos ainda erroneamente chamados auxiliares, pajens, monitores, entre outras denominações a caminhar pela criação de nossa verdadeira identidade que é a de Professor de Educação Infantil, em muitos municípios profissionais como nós já conquistaram seus direitos agora é a nossa vez.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

MAIS UMA CARTA ENDEREÇADA À SECRETÁRIA DE EDUCAÇÃO BÁSICA

A agente auxiliar de creche do município do Rio de Janeiro Márcia Nunes, enviou essa carta a Maria Pilar Lacerda, Secretária de Educação Básica lhe cobrando mais uma vez uma posição quanto a situação dos auxiliares de creche, haja vista nossa responsabilidade com a educação integral das crianças, além de questioná-la sobre o fato de se fechar os olhos para concursos públicos realizados em todo país com exigência de nível fundamental, fazendo com que o Governo Federal tenha que intervir com cursos emergenciais como o Proinfantil, desperdiçando dinheiro público.

"Bom dia, secretária!

Estou lhe enviando esse e-mail por muitos AACS/RJ estarem questionando e tendo essa dúvida. Se o art. 62 da LDB determina que para estar em sala na E.I. todos devem ter formação de professores e sabemos que esta lei está correta, para que haja uma verdadeira qualidade proposta na E.I. e não tem como uma pessoa com nível fundamental mediar o desenvolvimento dessas crianças, somos exemplos para eles, que reproduzem tudo o que somos, falamos e como agimos. Exemplo: Se eu falar "NÓS VAI", esta criança que está aprendendo a falar vai reproduzir o mesmo linguajar, pois atuamos DIRETAMENTE na educação das crianças e temos liberdade de mediar (Corretamente ou não) em todos os momentos. Não atuamos como cargo de apoio, que presta apoio ao educador, mas FORA de sala como merendeiras, serventes, etc. Mesmo embora sendo também fazendo parte da educação, mas atuando como suporte (Apoio).

Como já é ciência de todos, nosso concurso foi ilegalmente oferecido a nível fundamental, portanto, fica uma pergunta: Como muitos AACS por diversos motivos ainda não possuem essa formação, apesar de terem o ensino médio ou superior em outras áreas e até mesmo com as novas nomeações, continuam entrando AACS sem a devida formação exigida pela LDB, haverá outro PROINFANTIL NO RJ já que o atual termina em Dezembro?

Outra questão:

Sabemos que nosso concurso foi ilegal, mas sua validade é até abril de 2012. O próximo prefeito deverá criar novas creches em 2013, portanto, novo concurso deverá ser criado, pois precisarão de mais profissionais (AACS) para cuidarem e educarem nossas crianças. Fica a pergunta: O MEC irá permitir que seja novamente a nível fundamental para que depois sejam gastos RIOS DE R$ público com o PROINFANTIL para fornecer a formação correta aos novos AACS? Se for corretamente exigida a formação de professores, o que deverá acontecer com nosso cargo? Pois se for criado o mesmo cargo com o mesmo nome e as mesmas atribuições com diferença de salário e categoria Magistério), irá ferir diretamente o princípio da ISONOMIA, ilegalidade que já está ocorrendo com o exercício dos P.E.I., pois estamos constatando na prática que esses "Professores" estão fazendo as mesmíssimas coisas que os AACS com diferença de carga horária e salário, como prevíamos já que fazemos "tudo" em conjunto.

O MEC irá permitir que a PCRJ crie mais um concurso ilegal exigindo nível fundamental em 2013 para depois gastar R$ público com o PROINFANTIL ou irá cobrar da PCRJ cumpra uma lei federal, que é a LDB e faça o que é correto para obter qualidade na Educação Infantil e valorização dos seus profissionais como determina o FUNDEB? Neste caso, teríamos que sair da categoria de apoio e assumirmos CORRETAMENTE a categoria a qual pertencemos, MAGISTÉRIO.

Aguardo sua resposta como secretária de educação básica do MISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA de nosso país.

ATT,

Márcia Nunes."

É tudo muito contraditório.Não dá para entender como o MEC se omite desta maneira, afinal é o órgão supremo da educação brasileira.

domingo, 28 de agosto de 2011

CRECHES PARTICULARES NÃO FICAM PARA TRÁS NO DESCASO COM A EDUCAÇÃO INFANTIL



Anônimo disse...Ola companheiras! Eu tb trabalho em uma escola Particular em Brasilia, como Auxiliar de Educação... Escola pra Classe Média Alta e recebo uma merreca(500 reais)Onde estudam as filhas ro Roco Pitanga e a Filha do Malvino Salvador e recebo uma miséria dessa. Sou casada tenho,filhos e pago aluguel como me viro com esse salario em uma Capital com base no Funcionarismo Publico?


Mas Deus é por nós!


Seja bem vinda cara colega de profissão!


Realmente sabemos que a em algumas creches particulares e conveniadas a situação é ainda mais gritante, se uma creche de classe média alta está assim, imaginem o que acontece com as creches em que o público é outro...


Em Angra dos Reis, nos contaram inclusive, sobre uma prática comum nas escolas particulares infantis do município, os professores e aqueles ainda chamados de auxiliares sequer tiram férias. Isso mesmo, quando chega a época de recesso escolar, julho, dezembro e janeiro os professores são demitidos e passam o período das férias escolares rezando para que sejam contratados novamente no retorno das aulas. Um absurdo, mas essa é a realidade da educação brasileira.



sábado, 27 de agosto de 2011

AUXILIARES EM BUSCA DA REDUÇÃO DE CARGA HORÁRIA

Este comentário foi retirado do Orkut dos auxiliares de creche do município do Rio de Janeiro. Trata-se da ida dos auxiliares à Câmara de Vereadores do Rio dia 29/08/11, afim de darem apoio ao Vereador Paulo Messina autor do PL nº 795/10 que, se aprovado, reduzirá a carga horário dos auxiliares de oito para seis horas. E os outros municípios país afora? Tem feito o que para que esta redução seja realidade, já que ninguém aguenta permanecer dentro de sala de aula com 25 crianças por até 10 horas?




Marcia Nunes disse:


"Ônibus para o dia da votação do P.L. 795


Vamos começar a nos organizar por CRE. A votação começará as 18:00 hs quem mora longe poderá alugar ônibus para levar e trazer que não sairá caro e nos dará comodidade e tranquilidade na hora de voltar.

Eu arrumei 4 ônibus aqui na zona oeste. Quem for da 9ª CRE pode entrar em contato comigo para firmarmos. Serão 50 lugares por R$ 11,00 para cada (R$ 550,00), mas posso falar com o responsável pelos ônibus para outras CRES como 8ª e 10ª.

Daqui de Campo Grande, vamos marcar do ônibus sair do Westshopping. Horário a marcar."

Viram aí companheiros de luta? 4(quatro) ônibus somente da zona oeste do Rio. Também lá, temos conhecimento da dificuldade de mobilização, mas hão de concordar, no Rio o número de covardes é muito inferior aos de outros municípios.
Parabéns ao Vereador Paulo Messina! Um dos primeiros vereadores que se interessou pela causa dos auxiliares de creche. Ficará na história.

Estamos na torcida!
Ps.: No Rio são mais de quatro mil auxiliares, sem contar a família e amigos. É voto pra caramba...

sábado, 20 de agosto de 2011

SER OU NÃO SER PROFESSOR...



Este texto é um desabafo de um agente auxiliar de creche do município do Rio de Janeiro, foi publicado no blog do professor Declev:


Agente Auxiliar de Creche: ser e não ser professor!

Valmir Henrique

Em 2007 fiz concurso para Agente Auxiliar de Creche, com exigência de possuir o grau fundamental de escolaridade, para trabalhar nas unidades do Município da cidade do Rio de Janeiro com a função de auxiliar um profissional do magistério. Tomei posse do meu cargo em 2008 e desde o primeiro dia de trabalho nunca encontrei o professor a quem eu deveria auxiliar.

Hoje, em 2011, três anos depois e sob pressão, a prefeitura finalmente colocou um professor em sala para eu auxiliar. Só que eu só posso auxiliá-lo em meio período, porque a carga horária desse professor é de 4h e 30 minutos e a minha é de 8h num total de 10h de funcionamento por dia de uma creche.

Nestes três anos em que fiquei sozinho em sala de aula, dividindo as atividades com outros colegas que possuíam a mesma função que eu, sempre fui cobrado pela professora articuladora (que dobra como diretora adjunta), pela diretora da creche, pela CRE e pela SME, a realizar todas as funções e atribuições do professor, a quem eu deveria auxiliar.

Assim o fiz, mesmo tendo consciência de que, apesar de estar sendo usado como professor, não o era por nomeação. Realizei todas as etapas e atividades que cabiam a um professor regente de turma: elaborei projetos, apliquei atividades pedagógicas, avaliei o desenvolvimento de meus alunos, preenchi relatórios trimestrais de competências individuais do desenvolvimento infantil, participei de centros de estudos como responsável por responder por 25 crianças matriculadas em minha turma, realizei reuniões semestrais com os pais para esclarecimento de dúvidas e fornecimento de informações da vida escolar de seus filhos (coisa que só eu e a minha colega de mesma função poderíamos fazer, pois éramos os únicos a acompanhá-los o dia todo), me tornei referencia para meus alunos e seus pais, enfim; durante três anos fui professor de turma de educação infantil com todos os seus deveres, mas sem nenhum direito. Sem nenhum reconhecimento de fato.

Não pensem que me conformei com esta situação. Apesar de gostar do que fazia, de ter verdadeira adoração pelo exercício do magistério, de estar e me sentir professor, eu não o era legalmente. Tive necessidade de externar isso, de resolver esta situação conflitante: ser e não ser professor.

Juntei-me a outros colegas de trabalho e começamos uma investigação do que éramos na verdade: o que éramos para as crianças, para os pais destas crianças, para a direção da creche, para a Coordenadoria Regional de Educação, para a Secretaria Municipal de Educação e para a prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro? Sobretudo, o que éramos para nós mesmos? Afinal, ora éramos apoio no que consistia em benefícios e ora éramos regentes de turma no que consistia em cobranças e deveres.

Pesquisando a LDB, o FUNDEB e vários referenciais para educação, descobrimos que o cargo Agente Auxiliar de Creche nem deveria mais existir. Que todo e qualquer profissional que estivesse diretamente ligado à educação em sala de aula deveria no mínimo ser habilitado com o curso normal para formação de professores.

A partir de então, com a participação de um número cada vez maior de Agentes Auxiliares de Creche que chegavam às mesmas conclusões, passamos a pressionar a prefeitura com inúmeras reclamações, processos no Ministério Público, denúncias ao MEC e um processo civil por exercício de dupla função.

A resposta a todas essas petições foi sempre a mesma: Inconstitucionalidade. Não podiam nos reconhecer como professores porque nosso concurso foi a nível fundamental. Pleiteamos então uma capacitação que nos qualificasse para o cargo e conseguimos que a prefeitura firmasse um convênio com o PROINFANTIL – curso técnico de segundo grau de âmbito federal que qualifica professores leigos em efetivo exercício de regência de turma – com a promessa de que teríamos “inclusão no plano de cargos e salários da categoria, com significativa alteração no salário-base”.

Enquanto isso, por força de nossas denúncias, manifestações e atos públicos, o Ministério Público exigiu a presença de um professor em todas as turmas de educação infantil. Deste modo, em 2010, foi criado o cargo de Professor de Educação Infantil na prefeitura do Rio de Janeiro. Lançado edital e realizado o concurso passamos a conviver com três tipos de profissionais em sala de aula, com praticamente as mesmas funções, mas com carga horária e vencimentos diferentes: O Professor de Educação Infantil (22h/30h), o Agente Auxiliar de Creche (40h) e a Recreadora – profissional terceirizada – (30h).

Questionada sobre nossos direitos, a prefeitura nos chama de apoio, cuidadores, auxiliares etc. Mas continua nos mantendo por, pelo menos, 5 horas por dia como únicos regentes de turma, já que só temos a presença do professor durante 4 horas e meia de um total de 10 horas por dia de efetivo funcionamento de uma creche.

Temos, atualmente, a redução de nossa carga horária e nossa inclusão no magistério como prioridades de conquistas para que não nos sintamos tão explorados pelo sistema e possamos ter um mínimo de reconhecimento profissional. Já que as reivindicações de direitos para o cargo são tantas, precisamos priorizar as mais urgentes.

Hoje, depois de ampliar meus conhecimentos técnicos, com a ajuda de muitos companheiros de cargo, sobre as leis que regem a educação infantil no Brasil e de descobrir milhares de profissionais na mesma situação que eu, tenho três respostas para as perguntas acima: a primeira é de que sou professor para as minhas crianças e seus pais; a segunda é de que o cargo Agente Auxiliar de Creche é um problema crescente para secretaria de educação e, consequentemente, para a prefeitura; por último, respondendo a mim mesmo, sou professor leigo, não reconhecido, no desempenho de minhas verdadeiras funções.

Valmir Henrique.







quarta-feira, 17 de agosto de 2011

E A BAGUNÇA CONTINUA...

Mais um concurso público para auxiliar de creche com nível de exigência de escolaridade de apenas nível fundamental. Já dissemos aqui: DE MANEIRA ALGUMA ESSE NÍVEL DE ESCOLARIDADE É SUFICIENTE PARA EXERCER A FUNÇÃO DE PROFESSOR DE EDUCAÇÃO INFANTIL, isso é uma vergonha e mostra o total despreparo de nossos gestores, coma conivência do MEC, onde está a punição para os municípios que desobedecem as leis? Pra que as fazem então? Ou seria melhor assumir que qualidade na educação infantil é uma utopia.



Em reunião com uma representante do Proinfantil em Angra dos Reis, ligada ao MEC, nos afirmou que não tinha conhecimento que estas aberrações continuavam a acontecer. Pois está aí, na cara de todos, só não vê quem não quer ou preferem fingir que não vêem. Chega de exploração!


Abaixo a prova do crime:




http://concursos-publicos.net/concurso-itaguai-2011-edital-prefeitura-inscricao-educacao-saude-provas-gabarito/213606/


Valeu de novo Antônio, o caçador de irregularidades...

domingo, 14 de agosto de 2011

VAMOS LISTAR A SITUAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO INFANTIL PELO BRASIL

Precisamos fazer um levantamento sobre a situação dos profissionais de educação infantil nos municípios, por isso pedimos colaboração aos leitores do blog para que escrevam no comentário desta postagem o nome de seu município, como os professores de educação infantil são chamados, a escolaridade que é exigida para exercer a função, carga horária e se há outro profissional com nomenclatura e carga horária diferente atuando nas salas de educação Infantil, exemplo:
Município: Angra dos Reis

Profissionais que atuam em sala de aula na educação infantil:

Auxiliar de recreação e Auxiliar de Berçário
Carga horária semanal: 35h
Escolaridade exigida em concurso: Fundamental completo

e

Docente I
Carga horária semanal: 22,5h
Escolaridade exigida em concurso: Nível médio com formação em magistério

Contamos com sua colaboração!

P.S.: Se preferirem podem nos mandar os dados por e-mail: educacaoinfantilangra@hotmail.com

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

A SECRETÁRIA DE EDUCAÇÃO DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO CHAMA OS PROFESSORES DE EDUCAÇÃO INFANTIL DE "CUIDADORES"

Comentário retirado do orkut dos Agentes Auxiliares de Creche do Rio de janeiro



Prefeito dá boas-vindas aos NOVOS professores de Educação Infantil

Com o novo modelo de atendimento à primeira infância, todas as salas nas creches e EDIs ganharam um professor

10/08/2011 » Autor: Anna Beatriz Cunha / Fotos: Beth Santos

Foto: Beth SantosO prefeito Eduardo Paes e a secretária municipal de Educação, Claudia Costin, participaram na manhã desta quarta-feira, dia 10, da cerimônia de boas-vindas aos professores de Educação Infantil, realizada no Centro de Convenções Sul América, na Cidade Nova. Do total de 1.500 professores que estão sendo convocados pela Prefeitura do Rio, 1.020 já tomaram posse e estiveram presentes na cerimônia.


Em seu discurso, o prefeito comentou sobre os avanços na área da Educação:


- Temos feito um esforço grande na Prefeitura do Rio para fazer com que as pessoas se sintam parte de uma equipe que atinguiu seus objetivos. A rede municipal do Rio de Janeiro nos orgulha muito porque é a maior rede municipal do Brasil. Temos todo o Ensino Fundamental aqui na cidade, cumprindo aquilo que diz a Constituição. A grande transformação que estamos conseguindo fazer é no campo pedagógico, nossa meta é uma escola que ensine e um aluno que aprenda. Conseguimos dobrar o número de vagas em creches e estamos avançando muito nessa área.
10 ago (2 dias atrás)

Paes agradeceu aos novos professores de Educação Infantil por terem batalhado para integrar a rede de servidores da Prefeitura do Rio:


- O que eu queria com esse encontro era convocar vocês para essa fantástica tarefa de educar. Vocês são a garantia de que a gente pode ter um futuro melhor nessa cidade. Temos certeza de que vocês vão transformar muitas vidas e mudar a história de muitas famílias e de muitos carioquinhas que precisam de vocês para poder ter direito a um futuro. Minhas boas-vindas e acima de tudo a minha esperança de que vocês vão ajudar a mudar o Rio de Janeiro.


O cargo de professores de Educação Infantil foi criado dentro do novo modelo de atendimento à primeira infância. Por causa desse novo modelo, todas as salas de atividades nas creches e nos Espaços de Desenvolvimento Infantil (EDIs) têm um professor de Educação Infantil.
10 ago (2 dias atrás)

A secretária Claudia Costin explicou sobre o trabalho desses novos profissionais nos espaços de Educação Infantil:

- Os professores de Educação Infantil vão trabalhar nas creches para complementar o trabalho de cuidador, que já vem sendo feito pelos agentes auxiliares de creche, e introduzir uma dimensão pedagógica mais forte no trabalho de primeira infância.

Estamos desde meados de 2009 aumentando o número de vagas em creches. São mais de 13 mil vagas novas. Mas, não basta criar mais vagas, construir novos EDIs, é importante ter um time de qualidade trabalhando a educação na primeira infância. Os professores de Educação Infantil foram selecionados e capacitados para esse trabalho de estimulação dos bebês, de imersão dos bebês no ambiente letrado, de poder fazer com que eles tenham educação de qualidade.

Além da meta de ampliar a oferta de vagas em creches na cidade, abrindo mais 30 mil novos postos até o fim de 2012, a Secretaria Municipal de Educação (SME) criou o EDI, que agrega num mesmo ambiente a creche e a pré-escola. Nos EDIs, as crianças são estimuladas a desenvolver a aprendizagem desde pequenas a partir, por exemplo, da convivência com os livros e da utilização de materiais apropriados. O novo modelo atende crianças de seis meses a cinco anos e meio.


Atualmente, 24 EDIs estão em funcionamento no município. Desde janeiro de 2009, a Prefeitura do Rio criou mais de 12.800 vagas em creche. Atualmente mais de 55 mil crianças são atendidas nas creches da prefeitura, sendo mais de 38 mil nas unidades da rede pública municipal e cerca de 17 mil nas conveniadas. A previsão da SME para o ano que vem é de um novo concurso para a contratação de mais professores de Educação Infantil.


Fonte: http://www.rio.rj.gov.br/web/guest/exibe
conteudo?article-id=2010854



A Secretária de Educação Claudia Costin com suas palavras faz-nos pensar que não entende muito bem esta história de 'CUIDAR E EDUCAR" na educação Infantil. Já o prefeito Eduardo Paes em seu pronunciamento faz-nos entender que nas creches nunca se ensinou.

Não tem como separar o cuidar do educar minha gente, já imaginaram se realmente fizéssemos somente o cuidado? As professoras não dariam conta! São vinte e cinco crianças em cada sala de aula, estamos ali o tempo todo cumprindo as mesmas tarefas, não tem como um auxiliar o outro na Educação Infantil, essa divisão feita pelos governantes foi somente por economia.

Esta matéria serve para mostrar ao Prefeito de Angra dos Reis, Sr. Tuca Jordão, juntamente com a secretária de Educação Luciane Rabha que estamos atrasados, o município do Rio de Janeiro é aqui encostadinho e já possui em seu quadro de funcionários o cargo de PROFESSOR DE EDUCAÇÃO INFANTIL.

Aqui em nossa cidade foi previsto no Plano Municipal de Educação, mas pasmem! Não foi aprovado! Quem vetou,? como foi isto? A Constituição foi em 1988, a LDB em 1996, o PNE foi em 2001 e em pleno 2011 os responsáveis pela educação de Angra dos Reis simplesmente ignoram um cargo importantíssimo para incluir Angra como uma cidade que cumpre as orientações do Órgão maior da educação brasileira, o MEC. Tiveram com a oportunidade nas mãos a menos de um ano e as coisas foram deixadas como estão.

Depois reclamam dos números, educação é coisa séria! A pergunta que não quer calar é: Se as pessoas estivessem preparadas(aquelas que estão a frente da Secretaria de Educação) isso ocorreria? NÃO!!!! por isso achamos que só pode assumir uma função, aqueles que entendem da mesma.

Cada macaco no seu galho!




quarta-feira, 10 de agosto de 2011

AGENTES AUXILIARES DE CRECHE DO RIO CONJECTURANDO...

Comentário retirado do Orkut dos Agentes Auxiliares de Creche II do Rio:



Concurso de aux. de creche. Vejam o salário:


Município de Concórdia abre concurso para aux. de creche, exige nível médio com formação, mas olhem o salário base:

EDITAL DE CONCURSO PÚBLICO N 1/2011, DE 11 DE JULHO DE 2011.
GRUPO II – GRUPO OCUPACIONAL FUNCIONAL – GF

Auxiliar de Creche - 40 Horas semanais - Salário base: R$ 965,93 Ensino Médio completo, com Magistério.
Rolem este link e vejam abaixo o edital.

Vejam o que comenta Márcia Nunes:

Márcia

"Nosso concurso irá caducar em 2012, certo? Mas nosso prefeito, se for o Eduardo Paes ou outro, terá que criar outro concurso para atender a demanda, pois é exigência do governo federal abrir mais creches, MAS... Se o prefeito fizer concurso novamente para auxiliar de creche NÃO poderá mais exigir nível fundamental, portanto, o que fará conosco sendo um concurso de aux. de creche com as mesmas atribuições? NÃO TEM JEITO, ele ou outro, terá que dar uma solução, pois neste caso, o princípio da isonomia será ferido sendo o mesmo cargo com as mesmas atribuições.

Se correr o bicho pega e se ficar o bicho come."

Mais um comentário:

**Esperança**

"É verdade..

Cheguei a comentar isso com um advogado e ele comentou que este fato de um novo concurso será um "tiro no pé", pois não se pode ter um mesmo cargos com as mesmas atribuição e salários diferentes, tenho muita esperança que muita coisa vai mudar. Por isso que continuo na luta."


E agora José???


terça-feira, 9 de agosto de 2011

QUEM CONHECE NOSSA ROTINA SABE DO QUE ESTAMOS FALANDO....



Olá, sou professor titular de uma escola de educacao infantil, sou bem sincera em dizer que as auxiliares que trabalham comigo exercem praticamente a mesma função que eu exerço além de trabalharem o dobro da minha carga horária e receberem menos. Acho realmente que vcs não são valorizadas como deveriam. Torço que consigam alcançar os objetivos pelos quais estão lutando. Abraços Luiza

Prezada Luíza,

Agradecemos o apoio, ficamos felizes com seu reconhecimento sobre nosso trabalho, o que almejamos é nosso justo reconhecimento como educadores que somos e que você corrobora conosco por viver nosso dia a dia.

Contando com profissionais como você que enxergam além é que a educação infantil crescerá e finalmente fará o papel de contribuir com a educação das crianças em todos seus aspectos.

Abraços.

Ps.: Temos comentários pendentes à liberar

A PASSOS LARGOS, ESTAMOS CAMINHANDO...


Comentário retirado da postagem: Sorte, organização e Luta!


Anônimo disse...

"OLÁ COMPANHEIROS, ESTOU TB AUX DE SALA AQUI EM ALAGOAS, E POR AQUI AS COISAS ANDAM MEIO QUE PARADAS, JÁ TENTEI REUNIR ALGUNS AUXS. MAS AINDA NAO OBTIVE ÊXITO...jÁ PROCUREI A PRESIDENTA DO SINDICATO DOS PROFS MAS ELA DIZ QUE NAO HÁ BRECHAS NA LEGISLAÇAO, COMO SE FOSSEMOS BURROS, GRAÇAS A ESSE BLOG ESTOU TOMANDO CIÊCIA DE QUE É POSSÍVEL SIM SERMOS RECONHECIDOS PROFISSIONALMENTE E FINACEIRAMENTE. PRECISO INICIAR UMA LUTA FORTE AQUI EM ALAGOAS, ME AJUDEM, POR ONDE COMEÇAR? QUAL O CAMINHO?? NA ESCOLA ONDE TRABALHO A DIREÇAO NAO ESTÁ NEM AÍ PARA A SITUAÇAO E AINDA FICA QUERENDO TIRAR SARRO COM NOSSA SITUAÇAO... ME AJUDEM,POIS POR AQUI AINDA NAO SE FEZ NADA. AGUARDO!"


Prezado anônimo,

Não é fácil unir a categoria, muitos, por falta de interesse ou medo, preferem não se envolver, principalmente se estiverem em estágio probatório. Está havendo um certo medo dos sindicatos por acharem que os professores não vão aprovar, mas a maioria dos professores não sabem que para atuar na Educação Infantil é necessário um concurso específico e neste edital vem discriminado que ele precisa fazer a higiene das crianças, esta simples tarefa faz com que muitos passem a compreender a dinâmica da Educação Infantil, até nos desejam boa sorte e pulam fora!


Só estão contra, porque, como os outros, pensam que na Educação Infantil as atribuições são as mesmas que nos outros segmentos, e como já falamos aqui, o professor que está em creche(que não é o orientado pelo MEC) não quer sair, pois com um ou mais auxiliar presente em sala de aula sobra muito pouco pra ele fazer.Para falar a verdade, os sindicatos conhecem muito menos sobre Educação Infantil do que os gestores, estão também sem palavras, mudos, só observando...torcemos que estejam aprendendo.

Sua diretora tira sarro por que também não deve dominar a função que lhe foi cabida, como muitas por aí. Daqui a pouco ela se cala...


Junte todos os documentos que tiverem e levem até a Secretária de Educação de seu município(torcemos que ela os recebam)e vejam sua resposta, caso contrário, façam uma denúncia no MP e deixe a coisa rolar, de qualquer maneira dá certo, nem que seja para colocar o assunto "profissionais da Educação Infantil" em evidência. Daqui a pouco os próprios governantes estarão resolvendo nossa causa, só não podemos desanimar.


Ah, e o mais importante, convoquem seus colegas para assinarem o abaixo assinado virtual(link ao lado)para entregarmos às pessoas competentes.


Um abraço e boa sorte.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

E ESSA CARGA HORÁRIA HEIM????





Eu concordo plenamente em relação a carga horária,inclusive cheguei a questionar com minhas colegas para lutarmos pela redução,mas elas não concordaram comigo,dizendo "que não havia condições".É por isso que não conseguimos as coisa pois não há união. Aí eu pergunto pq as professoras não trabalham 8 horas?é desgastante?e pra nós não é? Vamos correr atrás do prejuízo e acabar com essa humilhação.

Prezada Manuela, seja bem vinda,

Se olhar nos arquivos do blog verá quantas postagens já fizemos reclamando dessa carga horária desumana e cruel. Eles alegam que já estava no Edital, mas, foi um erro! Como exigir do profissional desse segmento da educação Básica que fique por tantas horas dentro de sala de aula? Daqui a muito pouco tempo(escrevam aí...)o número de licenças e atestados médicos vão ser incontáveis.


Se o Docente não aguenta mais que quatro horas e meia, por que nos temos que aguentar? E mais, fazemos as duas atribuições, enquanto o Docente somente educa. Quantas vezes fica em sala de aula somente um auxiliar com as crianças na parte da tarde(depois das 15hs) por conta de falta ou férias de funcionários? Como suportar isso?

Quanto a lutar em Angra, estamos observando até quando os auxiliares vão ficar de braços cruzados, se dependerem de nós para irmos solicitar alguma coisa na Gerência de Educação,Infantil ou até mesmo com a Secretária, eles é que arrumem uma cadeira bem confortável....Tomem a frente e a gente ajuda, se necessário, a luta é de TODOS e não de uma meia dúzia!

Queremos sentar e conversar, queremos ter os gerentes da educação infantil (cada um em sua respectiva cidade) como colaboradores, precisamos pensar no bem estar das crianças, assim como no dos auxiliares de creche que vem a tempos gritando por socorro!

Abraços.

domingo, 7 de agosto de 2011

QUE VERGONHA POÁ!! CONCURSO A NÍVEL FUNDAMENTAL?


A Prefeitura de Poá-SP realizará a aprtir do dia 18/08/11 inscrições para concurso de auxiliar de creche com a exigência de apenas nível fundamental. É o que vimos alertando aqui, não tem punição, os gestores descompromissados com a qualidade da Educação Infantil deitam e rolam.

Fizemos uma denúncia no na ouvidoria do MP de São Paulo solicitando o cancelamento do Edital e que o mesmo seja refeito com a exigência da escolaridade correta, prevenindo os problemas que estão tendo os auxiliares que fizeram concurso com o nível de escolaridade insuficiente por pura incompetência de quem o formulou. Façam o mesmo! Isso dará mais credibilidade ao assunto. O link é:


Abaixo o link da matéria:



Ps.: Obrigada Antônio pelo e-mail nos alertando.

sábado, 6 de agosto de 2011

O MEC PRECISA ENTAR EM AÇÃO E CORRIGIR AS DISTORÇÕES DA EDUCAÇÃO INFANTIL





Anônimo disse...
Olá colegas, aqui em Pelotas estamos na mesma situação, somos auxiliares de educaçao infantil e no censo escolar entramos na lista junto com os professores, mas como todos já sabem o salário é uma vergonha, muitos de nós tem curso superior, mas não somos valorizados. E quando assumimos a turma sem a presença das atuais professoras, o que somos? Se podemos ficar com as crianças cuidando e educando, entende-se que somos professoras, só não vê quem não quer ou porque querem continuar nos explorarando, até quando nossa verdadeira identidade ficará obscura, assim enfraquecendo a categoria, nós professores não reconhecidos e desvalorizados.


Prezado(a) anônimo(a),

É por isso que as coisas não podem ficar desse jeito, precisamos chamar a atenção de toda sociedade, se é necessário além da formação em Magistério participarmos de formação continuada, então é necessário também salários compatíveis com a função e a inclusão no Magistério. A receita é UNIÃO!



Anônimo disse...
.Olá pessoal, sou aquí da cidade de Praia Grande e a nossa luta continua!Estão querendo nôs vencer pelo cansaço, mas lá nossa vai continuar.Vcs já viram no site do Callegari em reportagem dizendo que senhor ministro da EDUCAÇÃO ESTÁ EMPERRANDO ALGUNS PARECERES ENTRES ELES ESTÁ O PARECER DA CIDADE DE jaú? E espertamente a Secretaria de Educação da cidade de Praia Grande usa este parecer enquanto não for homologado teremos que esperar.Eles que fiquem pensando que vamos aguardar!Estamos nos movimentando.Ontem estivemos na abertura do reinicío dos "trabalhos"na casa legislativa e estávamos todos lotando a plenária e com a imprensa de um jornal de grande circulação pegando os vereadores de surpreza com a sua presença.nosso caminho vai continuar na busca legal e legítima de nossos direitos.Até mais!

Prezado(a) anônimo(a),

É assim que se luta, estamos orgulhosos de vocês, vamos comemorar juntos a vitória, todos devem ser envolvidos, afinal educação Infantil é coisa séria. Vamos torcer para que o Parecer seja homologado e essa novela acabe!


Anônimo disse...
OLá! Sou de Jales, assumi o cargo em 2010 como auxiliar de desenvolvimento infantil e aqui também não somos professores, estou tentando passar a todos as palavras do conselho nacional e os assuntos encontrados nos blogs de referência ao assunto... quando indagamos onde estão os professores da educação infantil? ao invés do auxílio e reconhecimento recebemos professores e querem que fiquemos com a parte da higiene, um cuida e o outro educa.Acreditam? Separam aquilo que é indissociável. Preparamos nossas atividades para que então? Que concurso é este? pediu professores formados, e querem pagar como faxineiros?



Prezado(a) anônimo(a),

Esse problema de um cuidar e outro educar ocorre em todo país, esse assunto cabe ao MEC intervir ou então seus documentos ficarão desacreditados. O Parecer já está para ser homologado e se o concurso exigiu o magistério, estão discutindo o que? É uma total falta de preparo!



Anônimo disse...
Olá sou auxiliar de educação infantil. Acredito que o nosso trabalho é extremamente importante, pois cuidamos de seres humanos (vidas).Vidas estas que ficam em nossos cuidados a maior parte do dia.É uma profissão maravilhosa. Somos cobrados a todo instante, a fazer um trabalho de qualidade. E lutamos para que isso aconteça no decorrer de todos os dias.Portanto creio também que merecemos receber um salário digno, tabralhar 6 horas por dia. Que lutemos para que seja possivel que isso ocorra...


Prezado(a) anônimo(a),

Nem precisava ter ocorrido todo esse reboliço, os próprios gestores acompanham nosso trabalho e sabem que não se trata de uma função de nível médio nem tão pouco fundamental, é inacreditável se manter dentro das salas de aulas profissionais com esse nível de escolaridade para ensinar e cuidar(felizmente a maioria possui a formação de Magistério e até Pedagogia). Seria algo para ser corrigido às pressas, evitaria que o Brasil reafirmasse a triste constatação que é um país que não preza pela educação. A carga horária é outra questão que precisa ser revista, humanamente falando, não há como aguentarmos por 7, 8 horas dentro de uma sala de aula com crianças nessa faixa etária, o barulho é ensurdecedor, o desgaste nem se fala. Não somos escravos!O MEC precisa entrar em ação!

Abraços a todos!