Rumo a regulamentação de nosso cargo!!!

Mesmo após a LDB/1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) e o PNE/2001 (Plano Nacional de Educação), quando as creches deixaram de ter um caráter assistencialista e passaram a ser consideradas a primeira etapa da educação básica, onde quem trabalha em contato diretamente com as crianças é o professor e necessita ter a formação mínima em nível médio na modalidade normal para estar em sala de aula, muitos municípios continuaram a fazer concursos com a exigência de apenas nível fundamental ou médio, com nomenclaturas como auxiliar de recreação, berçário, auxiliar de creche, pajem, entre outras até os dias de hoje e como resultado disso exercemos atividades de docente, pois as creches de fato fazem todo o trabalho pedagógico, porém temos salários e direitos bem inferiores aos dos professores, mesmo tento a qualificação exigida por lei.

Convocamos aos ainda erroneamente chamados auxiliares, pajens, monitores, entre outras denominações a caminhar pela criação de nossa verdadeira identidade que é a de Professor de Educação Infantil, em muitos municípios profissionais como nós já conquistaram seus direitos agora é a nossa vez.

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

CONCURSO PARA AUXILIAR DE BERÇÁRIO EM ANGRA DOS REIS COM EXIGÊNCIA DE NÍVEL FUNDAMENTAL

Aconteceu o inacreditável, mesmo diante dos argumentos, de toda documentação e legislação, a Secretária de Educação de Angra dos Reis, LUCIANE PEREIRA RABHA (guardem bem esse nome), irá promover concurso a nível fundamental para profissionais que atuarão dentro de sala de aula diretamente com as crianças, conforme Edital n° 001/2012, publicado no Boletim Oficial do Município de Angra dos Reis, edição nº 357 do dia 27 de janeiro de 2011.  Infelizmente, a realização deste concurso se dá pela certeza da não punição, somada ao descompromisso com a educação de qualidade.

Nossa cidade vive tempos difíceis, um misto de incompetência e escândalo, não era de se esperar outra atitude das pessoas que são responsáveis pela educação angrense, o escândalo é tão grande que nem ao menos o nível médio fora cobrado. Quem deveria se incomodar com coisas desse tipo deveria ser o MEC , porém faz justamente o contrário, deixa correr frouxo e o maior prejudicado é o cidadão pagador de impostos, que depois "bancam" mesmo que inconscientemente a formação desses profissionais, como foi o caso do Proinfantil...



Clique aqui para conferir o edital de abertura do concurso.

sábado, 28 de janeiro de 2012

ENQUANTO ISSO O MEC SE FAZ DE DESENTENDIDO...

Boa tarde a todos! Trabalho em uma Instituição de Ensino Municipal na parte de Educação Infantil mas, meu cargo é Berçarista. Sou Pedagoga, trabalho 44h semanais para ganhar R$ 740,00. Eu e minhas colegas de trabalho estamos tentando melhorar nossa situação....ser melhor valorizado o nosso trabalho. Haja vista que nessas 44h de trabalho, nós temos que assistir as crianças em suas necessidades físicas, como trocar fraldas, dar banho, mamadeira, etc e também trabalhar o pedagógico. Minha dúvida é a seguinte: há alguém na mesma situação que conseguiu através de projeto de lei, ou algo parecido, melhorar a situação? Do jeito que estamos, o que acontecer de melhor será bem vindo...seja a redução da carga horária, o aumento do salário ou a mudança na nomenclatura...porque na verdade nós somos EDUCADORES também. Alguém pode nos dar alguma sugestão? Agradeço a atenção de todos Abraço fraterno em SANTA IGNORÂNCIA...
Anônimo em 26/01/12


Olá, Trabalho em uma N.E.I.C em Guarujá, e não me conformo com as condições de trabalho, estou no 5ºsem. de pedagogia, sou registrada como pajem, meu salário é de R$ 668,00, o que é um absurdo, trabalho das 7 ás 17, com 1 e 1/2 de almoço. Lá temos que auxiliar no café da manhã, almoço, dar banho, arrumar os colchões para dormirem, jantar, fazer semanário, etc, nosso salário não tem data prevista para sair, sempre atrasa, e somos muito, mais muito cobradas mesmo. Eu acho um absurdo colocarem 12 crianças uma sala de 3x4m, 25 crianças em uma sala de 3x5m. é demais.... Gostaría de saber porque o salário é tão defasado qto os de professores, e porque não sou registrada como professora, será que é porque ainda não sou formada? Se alguém puder me responder, serei grata. em E O MEC AINDA QUER EXPANDIR O ATENDIMENTO DAS CRECHES PÚBLICAS
Anônimo em 22/01/12


GENTE ACORDA, A VERDADE É ESSA, SOMOS TAMPA BURACO DA EDUCAÇÃO INFANTIL, QUANDO A BONEQUINHA DA PROFESSORA FICA NA BOA,HORA ATIVIDADE, CONVERSANDO COM OS PAIS DANDO UMA DE PSICOLOGA É NOS QUE CARREGAMOS O FARDO. Por isso que não querem nos perder, e tem mais, quando nos manifestamos com o pedido de enquadramento todos se levantam contra, ou se, se sentem ameaçados, por que? fico indignada com tamanho egoismo dos professores que se manifestam contram, pois hoje é uma classe isolada, sem reconhecimento, sem valor profissional, sabe porque, porque só se preocupam com si proprio, e sabe que nos somos que fazemos a educação infantil funcionar, pois a gente carrega todo o peso, e nos somos a mão direita dela. GENTE A JUSTIÇA EXISTE, ENTRAM NO MINISTERIO PUBLICO QUE ISSO SE RESOLVE EM 3 MESES, POIS NÃO HA JUIZ QUE ENTENDA APOIO EM SALA TRABALHANDO COMO PROFESSOR E SEM NOMENCLATURA E MESMOS DIREITO. VAMOS RACIOCINAR SERÁ QUE UM JUIZ ACEITARIA SER APOIO DE OUTRO JUIZ SEM TER DIREITOS NEM QUE em AFFFFFFF COMO É DIFÍCIL ENTENDER SOBRE EDUCAÇÃO INFANTIL
Anônimo em 22/01/12


Lilian, como vcs conseguiram estas conkistas? como proceder... este cargo d monitor é novo NA MINHA CIDADE, ANTES ERA ATENDENTE, trabalhamos 40 h e ganhamos menos da metade do professor (este trabalha 20 e tem 1h e alguns minutos d hora atividade por dia, sem contar q o nivel de escolaridade de cada concurso foi o mesmo... o ultimo q teve p Prof. foi 2006, então, ano passado fizeram p monitor pq paga-se menos e trabalha-se muiiiito mais!!! abç Luiza em VITÓRIA EM ARUJÁ-SP...
Anônimo em 22/01/12


OLÁ PARA TODAS AS COLEGAS QUE ESTÃO NESTA LUTA. POIS, É AQUI EM MINHA CIDADE NADA MUDOU COM O TAL PLANO DE CARREIRA, ACREDITEM TUDO QUE FOI ACORDADO NÃO VEIO.CONTINUAMOS COM A NOMENCLATURA ANTIGA E PIOR NEM SEQUER NOSSAS ATRIBUIÇÕES FORAM COLOCADAS, PARA QUE NÃO SE CARACTERIZAR FUNÇÕES DE PROFESSOR. TEM MAIS UMA NOVA NOSSA SECRETÁRIA DISSE JÁ SABER QUAL A POSIÇÃO DO SENHOR MINISTRO EM RELAÇÃO AO PARECER DE JAÚ. EM REUNIÃO EM BRASÍLIA COM SECRETÁRIOS DE EDUCAÇÃO DE VÁRIOS LOCAIS, PARECE QUE O MESMO DEU A ENTENDER QUE A SUA POSIÇÃO É DE DEVOLUTIVA NEGATIVA, OU SEJA NÃO IRÁ PASSAR O PARECER. COMO PODE ISTO!NÃO QUERO ACREDITAR NESTE BOATO POIS TAL ATITUDE IRIA PIORAR EM MUITO A SITUAÇÃO DE VÁRIAS COLEGAS QUE ASSIM COMO NÓS ESTAMOS ESPERANDO A RESPOSTA DESTE PARECER!COM ISTO NOSSA SECRETÁRIA VEIO COM MAIS FORÇA PARA NÃO CUMPRIR O QUE PEDE A LEI.E O MESMO MINISTRO VAI SE CANDIDATAR AO GOVERNO DA MAIOR CAPITAL DO PAÍS.É BOM LEMBRÁ-LO QUE O MUNICÍPIO DE SÃO PAULO FOI UM DOS PIONEIROS EM ARRUMAR A CASA em SANTA IGNORÂNCIA...
Anônimo em 22/01/12


Olá! Sou Pedagoga e funcionária pública do município de Imperatriz-Ma, aqui a nossa denominação é: AUXILIAR DE MAGISTÉRIO e também sofremos com críticas e discriminação. Trabalho na rede de creches do município a 3 anos. Somos remunerados com os 40% do FUNDEB não tendo direito a mudança de nível pela graduação. A ajuda que preciso no momento é que me respondam a seguinte questão: Em um concurso público que requer na prova de títulos experiência como docente, posso apresentar minha experiência como AUXILIAR DE MAGISTÉRIO na soma dos pontos? é possível que eles aceitem? Grata, aguardo resposta. em PROFESSORES DE EDUCAÇÃO INFANTIL X PROFESSORES (LEIGOS)DE EDUCAÇÃO INFANTIL???ISSO NÃO...
Tamna em 21/01/12


Olá. Achei interessante o seu blog. Sou auxiliar de classe (creche) há 7 anos em minha cidade, concursada pela CLT. A carga horária é de 40h semanais. No edital do concurso (em 2003-1º a ter o cargo de auxiliar de classe) exigia o ensino médio completo e/ou o Magistério-técnico. As atividades a serem exercidas eram: organizar material e ajudar nas atividades em classes. Porém no último concurso q teve, as funções foram acrescidas no atendimento geral da criança, q inclui muitas coisas. Na creche onde trabalho, além das professoras em cada sala, há também assistentes de serviços gerais (q se ocupam da limpeza geral e do banho das crianças), porém essas não ficam o tempo todo dentro da sala. As auxiliares fazem praticamente de tudo. Quando a professora titular falta, e não tem substituta, temos q ficar sozinhas com as crianças. As salas são numerosas, ja trabalhei com quase 30 crianças em sala. Só Deus sabe o q passei, e não tive apoio de ninguem, nem mesmo da gestora. O salário é bem em AFFFFFFF COMO É DIFÍCIL ENTENDER SOBRE EDUCAÇÃO INFANTIL
Educadora Fabiana em 14/01/12


Ola, obrigada pela ajuda, então posso afirmar com certeza para a secretaria da educação que não é necessário? E outra coisa que eu gostaria de comunicar e pedir algum esclarecimento as professoras da cidade entraram na justiça para derrubar a lei e o que elas estão colocando no papel é que é necessário novo concurso publico para ficar correta a nossa situação e agora eu pergunto qual as chances delas conseguirem uma liminar favorável a elas e em algum lugar conseguiram derrubar a lei que já foi feita? Obrigada mais uma vez em MANIFESTAÇÃO É DIREITO!
Carol em 17/12/11

O que acontece em nosso município é igual a muitos que tenho acompanhado nesse BLOG, professor em um só período e no período que não tem professor quem tem a função de cuidar e educar as crianças são das auxiliares de educação infantil . quanto a vereadora, ela tinha a cadeira dela em uma creche desse município mas já tem alguns anos que ela não estava atuando como professora, trabalhou na saúde e em 2008 ganhou para vereadora e no mês de novembro desse ano abriu uma vaga no pré da creche que essa vereadora tem sua cadeira, ela quis retornar a sala de aula mas não no pré onde abriu a vaga e sim no berçário, só que no berçário já tinha uma professora no período vespertino que por direito não tinham como tirá-la, então decidiram deixar a professora vereadora no período matutino.os professores trabalham 25horas semanal em nosso município, o que está acontecendo é uma irregularidade para satisfazer a vontade da vereadora, pois é só nessa creche e só em uma turma dessa creche que tem em ENQUANTOS UNS SE APRESSAM PARA CORRIGIR O EQUÍVOCO, OUTROS DÃO UMA DE "JOÃO SEM BRAÇO"
zel em 17/12/11


Seria cômico se não fosse trágico, o MEC diz que quem trabalha em sala de aula, diretamente com as crianças, é professor de educação infantil, diz também que este profissional precisa, no mínimo, ter formação de magistério, até criou um programa(PROINFANTIL) para qualificar os chamados auxiliares de creche do Brasil, porém o MEC não faz nenhum esforço para coibir esses concursos para auxiliares de creche com escolaridade inferior a necessária. Muito pelo contrário, percebe-se que os gestores do município, diante da mobilização da categoria, tem procurado o MEC para expor o seu ponto de vista: "Haddad, não vou ter verba para pagar esse pessoal", "Tia Dilma, se esses profissionais não continuarem a preço de banana não teremos condições de manter a educação infantil no município".

Porém, sabemos que a falta de verba não é o principal motivo  do descaso com os profissionais da educação infantil, o preconceito e a falta de informação é o impede um diálogo franco resultando na solução dos problemas. Enfim, os municípios estão passando para o governo federal seu ponto de vista e suas dificuldades. E OS PROFESSORES DE EDUCAÇÃO INFANTIL NÃO RECONHECIDOS, QUANDO VÃO FAZER O MESMO?

O espaço fica aberto para que os profissionais que tiveram vitórias compartilhem com quem ainda está na luta o caminho para chegar lá.

Em Angra, não tivemos nenhum avanço, nosso atual governo resolveu simplesmente deixar a educação de lado, nossa secretária de educação, Luciane Pereira Rabha, acredita que o melhor para a educação infantil é a separação entre cuidar e educar, e assim continuamos na luta. Aqui o descaso com a educação é incompreensível. 

A justificativa do abaixo assinado destaca os documentos importantes a respeito da luta, em breve colocaremos uma lista de municípios que conseguiram o reconhecimento e valorização.


sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

PROFESSORES DE EDUCAÇÃO INFANTIL X PROFESSORES (LEIGOS)DE EDUCAÇÃO INFANTIL???ISSO NÃO...

Comentário retirado da postagem:PALAVRAS DE QUEM SABE O QUE FALA...EXPERIÊNCIA É TUDO!




Anônimo disse...


Na verdade quem está sofrendo preconceito nas creches do Rio de Janeiro são os professores. As auxiliares, em sua maioria, recebem os professores com desdenho e tentam transformar os PEI em auxiliares, querendo dividir as tarefas. No meu caso, cheguei na sala com a postura de respeito(ajudava em tudo), porque elas estavam na sala desde o inicio do ano e fizeram atribuições que não eram delas, por sinal muito bem, pois todas são professoras. No entanto, eu fiz um CONCURSO para PEI e elas para auxiliar e num determinado momento elas chegaram me intimidando querendo transformar a minha ajuda em obrigação, dizendo que todos aqui fazem as mesmas coisas, e que nada me diferenciava delas somente o salário.(o pior é quando a auxiliar não é nem concursada é contratada de alguma ONG). Eu só lamentei por elas e a partir da ai começou a perseguição, foi levado para direção porque estavam atrapalhando meu trabalho. comecei a fazer a parte pedagogica e elas cuidavam da "rotina" e dos cuidados. 

Uma pena isso que está acontecendo, o preconceito de qualquer um dos lados é prejudicial inclusive à criança, pois o clima de trabalho fica pesado. Nós já previmos o que está acontecendo em várias postagens aqui mesmo nesse blog, os culpados são o MEC que não intervem e regulariza essa situação, pois tem força política pra isso e os gestores que desconhecem os documentos do MEC ou então conhecem mas preferem fazer concurso com nível de escolaridade insuficiente para economizar e ainda, passaram a fazer o concurso com o nível de escolaridade exigido, mas colocando dois profissionais com atribuições semelhantes dentro de sala de aula, hoje em dia ninguém é bobo, logo percebeu-se que as atribuições são semelhantes, mas a carga horária e salário são distintos, o erro do concurso precisa ser consertado.


O PI ao invés de atacar o auxiliar precisa reconhecer o valor dessa categoria, reconhecer principalmente o trabalho DOCENTE que realizam e apoiar a regulamentação do cargo. Os PIs do município do Rio de Janeiro por exemplo, também sabiam de suas atribuições e que nelas constavam o cuidar(troca de fraldas, banho, sono..), se abster de cumpri-las cabe uma denúncias ao MP.

 Por outro lado os auxiliares precisam entender que os PIs também foram vítimas do sistema e pelo que sabemos, mesmo que estejam previstos os cuidados nas atribuições, estão sendo desaconselhados a realizarem essa atribuição, o preconceito já existia mesmo antes dos PIs chegarem. Somos todos educadores e precisamos dar exemplo às crianças que estamos educando, picuinhas, ataques verbais em nada contribuíra para o bem comum. 

Chegará a hora que essa situação será resolvida a nível nacional, garantimos que será bom para todos, o importante é não desanimar, a educação infantil não assistencialista ainda é pouco difundida e isso está a nosso cargo, se dependermos dos gestores ficaremos estagnados, pois preferem que, principalmente os pais, continuem na ignorância e enquanto isso pagam salário de miséria àqueles que são responsáveis pela etapa mais importante da vida de um ser humano.

domingo, 15 de janeiro de 2012

VITÓRIA EM ARUJÁ-SP...

Lilian -Arujá-Sp em ENQUANTOS UNS SE APRESSAM PARA CORRIGIR O EQUÍVOCO, OUTROS DÃO UMA DE "JOÃO SEM BRAÇO"



Oi pessoal, gostaria de compartilhar com vcs mais uma conquista acabamos de conseguir a tão sonhada equiparação salarial, já haviamos conseguido as 30 horas e agora um salário equivalente ao dos peb,enfim devagar e unidos estamos conseguindo alcançar nossos objetivos. Boas festas a todos!!!

Olá Lilian!
 
Parabéns pela conquista. Se você puder, compartilhe com todos as ações que vocês tomaram para conquistar esta equiparação. Visto que muitos municípios ainda estão longe de qualquer conquista neste sentido.
 
Abraços.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

AFFFFFFF COMO É DIFÍCIL ENTENDER SOBRE EDUCAÇÃO INFANTIL

A falta de compromissos dos gestores públicos com a educação e LDB/1996 são os fatores responsáveis pela bagunça da educação infantil, é um absurdo assistir professores tão desatualizados, mesmo passados 15 anos da LDB. Quem acompanha a legislação e uma série de documentos do MEC sabe que a educação infantil é um trabalho em equipe, todos os profissionais que atuam diretamente com a criança deve ter a formação de magistério e desempenha a função de professor.

Me surpreendo por haver tantos profissionais da área que não compreenderam a atual concepção da educação infantil, me pergunto para onde vai as publicações da revista criança, que é editada, publicada e distribuída gratuitamente pelo MEC, esta revista é um excelente norteador para chegarmos a uma educação infantil de qualidade.

Saliento que quando uma pessoa faz concurso para auxiliar de creche, ele está ciente de suas atribuições, porém o que essa pessoa não sabe é que essas atribuições deveriam ser feitas por pessoas que tenham a formação de magistério, mas o município que formulou o concurso tinha e tem a obrigação de saber. Afinal se isso não é verdade, por que o governo federal está investindo tanto na formação de auxiliares de creche em todo o Brasil ? ? ?

Considero a comparação com a situação da categoria com a de um enfermeiro e um médico uma verdadeira "viagem na maionese", nossa situação está mais parecida com o problema dos auxiliares de enfermagem e técnicos de enfermagem, uma vez que o curso de formação para auxiliar de enfermagem não existe mais e somente é aceito o curso de nível técnico. Inclusive  conselho de enfermagem fez com que os auxiliares cursarem o nível técnico. Por conseguinte, o próprio cargo de auxiliar de enfermagem é um cargo em extinção.

Com isso surgiu o problema de duas categorias exercendo a mesma função, mas com salários diferentes, se o curso de auxiliar de enfermagem não é mais adequado para exercer a função e todos devem ter o curso técnico para atuar na área, então não é justo que as auxiliares de enfermagem, desde que cursem o ensino técnico, tenham salários iguais aos técnicos de enfermagem? Afinal exercem a mesma função...

Se os municípios cumprissem a LDB, após 1996, ninguém teria feito concurso para um cargo com a nomenclatura de auxiliar de creche, muito menos exigiriam nível fundamental ou apenas médio no concurso. Mas não foi o que aconteceu, pensando em mão-de-obra barata insistiram em manter as raízes assistencialistas.

Hoje existem diversas situações, tem aqueles que realizaram concurso sem a exigência de magistério e aqueles que fizeram concurso com a exigência de magistério, mas que não tinham as mesmas condições de trabalho de um professor.

Para o último caso, tudo é mais fácil, inclusive a Educação infantil de Uberlândia disponibilizou o seguinte Parecer da Promotoria de Justiça Especializada na Defesa do Patrimônio Público. 

Para os que não realizaram concurso com a exigência de Magistério, dependem da boa vontade do município já que o preconceito, a falta de informação e o descaso são grandes obstáculos. Visto que o reconhecimento da categoria não se enquadra numa transposição de cargos, muito menos o auxiliar quer tomar um cargo que não é seu, a categoria quer simplesmente ser reconhecido e valorizado pela função que desempenha.

Afinal, o professor de educação infantil, é um professor diferenciado, já que acumula a função de cuidar, como dar banho, trocar fraldas, etc.

Para um auxiliar de creche deixar exercer as atribuições de ser professor, ele teria que sair da sala de aula, poque TODAS as atividades que ele desenvolve são atribuições do PEI.

A lei do FUNDEF/96 (atual FUNDEB) permitiu que professores leigos (ou seja, que ingressaram no cargo sem a devida formação) poderiam ingressar na carreira de magistério, desde que comprovassem a formação de magistério, sem precisar passar por um novo concurso. Se para o MEC as funções que os auxiliares desempenham são atribuições do PEI, então os auxiliares não se encaixam na qualidade de professores leigos ? ? ?

 Se o auxiliar de creche precisa ter a formação em magistério para atuar em sala de aula, e se ele se esforçou e estudou para se qualificar, então não é justo que ele seja reconhecido e valorizado por isso ? ? ?

Os municípios erraram fazendo concursos irregulares e são os profissionais quem têm que pagar a conta ? ? ?

Se alguém possui dúvidas sobre as atribuições do PEI, e a indissociabilidade do cuidar e educar, fica a sugestão de ler a lista de postagens e documentos importantes ao lado, além disso a justificativa do abaixo assinado é um boa fonte de conhecimento sobre o assunto.

Ps.: Os comentários pendentes estão sendo liberados aos poucos.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

SRA. SECRETÁRIA DE EDUCAÇÃO CARANGUEJO...

Comentário retirado da postagem: MANIFESTAÇÃO É DIREITO!

Allan Silva Coelho disse...

Olá Parabéns pelo blog. Fui Secretário de Educação em um município do interior de SP. Realizamos um processo democrático de conferência educacional e realizamos a elaboração coletiva de um novo plano de carreira. Neste plano, seguindo orientações do IBRAP, em um curso com o Dr. Graboski, realizamos a integração das antigas pajens em Professores de Educação Infantil. Foi uma grande luta, com muitos debates. Vereadores ingressaram no ministério público, mas conseguimos implantar uma nova visão de educação infantil, assegurando os direitos dos professores de creche. No entanto, agora, alguns anos depois, uma assessoria que foi contratada pela nova secretária municipal de educação, alega ilegalidade nos direitos conquistados. Está recusando assegurar as conquistas e deseja que as nossas professores voltem à categoria de pajens. Aliás, deseja que o município, por economia, volte a contratar pajens para atuar nas creches. um imenso retrocesso! vou divulgar o blog de vcs para todas.


Esse é o "x" da questão...ECONOMIA...Essa palavra é o que importa para os prefeitos. Como entender um município que já havia regularizado a situação da Pajens (um nome bem característico do assistencialismo)voltem a contratá-las, é um retrocesso! Gestores desse tipo o Brasil está cheio, o pior é que muitos deles economizam para sobrar mais para seus bolsos, prestem atenção que muitos estão envolvidos com desvio de verba pública, nepotismo, escândalos e outras coisa mais, entraram para a  política para se darem bem, a educação que se dane! Esperamos que os administradores dessa cidade não estejam enquadrado nessas questões...Mas, as eleições estão chegando, como esse cargo é regulamentado quando o prefeito tem boa vontade política, já que não é inconstitucional, vejam qual candidato está interessado em manter os Professores de Educação Infantil enquadrados. Até que as eleições cheguem, façam manifestações nas ruas, em frente a prefeitura, convoquem os pais que tem muita força, chamem bastante atenção. Nesse ano eles não gostam de barulho...O problema é que não sabemos a força que temos...E "uma andorinha só não faz verão"...União é o essencial!

Boa sorte a todos  vocês!

PALAVRAS DE QUEM SABE O QUE FALA...EXPERIÊNCIA É TUDO!

Comentário retirado da postagem:ATRIBUIÇÕES DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO INFANTIL.

Anônimo disse...
Olá, boa tarde a todos!!! Sou Diretora de Educação Infantil Municipal, sei bem o que é trabalhar 8 horas e 48 minutos, ainda ter tempo para planejar, organizar, cuidar com excelência e muitas vezes não são reconhecidas sequer pelos responsáveis. Concordo que ganham pouco, trabalham bastante, mas temos que pensar que atitudes e cuidar também educa. As crianças são desenvolvidas pelas mãos da educadora de creche. Dou imenso valor a essas que privilegiam a criança, planejam suas atividades, são sinceras em dizer seu descontentamento, porém atuam da melhor forma. Acredito que a formação das que preiteiam melhores salários e condições de trabalho seja a melhor forma de desenvolver nossas crianças e também o pessoal de cada educadora. Parabéns aquelas que atuam em creche, que lutam pelos direitos e desenvolvem bem seu papel na Educação Infantil. Já fui auxiliar de creche em escola particular, fui professora em minha cidade por 10 anos e a 7 gestora de Eduacação Infantil. Um forte abraço.

Palavras de quem reconhece o trabalho importante dos auxiliares de creche. Não haveria descontentamento, desvalorização, preconceito,  perseguição política,  e  deboches  se as pessoas que estivessem a frente das Secretarias de Educação tivessem conhecimento de causa, não deixariam as coisas chegarem ao ponto que chegou. Os auxiliares de creche do Município do Rio tem enfrentado discriminação por partes de alguns poucos recém-chegados Professores de Educação Infantil, se não fosse a luta dos auxiliares, esse cargo só seria criado  daqui há cem anos, observando os gestores a inércia dos nossos gestores.

Devemos torcer que pessoas como essa diretora assumam um dia um cargo de importância dentro do cenário educacional nacional, e essa situação seria regularizada de cima pra baixo, obrigando os municípios a revisarem a situação dos educadores de creche que tem importância fundamental no desenvolvimento das crianças e precisam ser bem remunerados e terem suas cargas horárias reduzidas, a exemplo do Município do Rio de Janeiro que de oito horas trabalham seis horas por dia, e agora correm atrás do enquadramento. O Prefeito Eduardo Paes sinaliza que quer conversar, isso é bom sinal!


quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

PI SEM NOÇÃO!

Comentário retirado da postagem:SANTA IGNORÂNCIA...




Anônimo disse...


Sou PEI do Rio de Janeiro e quando abriu o concurso para auxiliar de creche, eu não fiz porque sabia das atribuições. Realmente fizeram concurso para auxiliar e fizeram papel de professor.Injusto?, sim. Mas, porque fizeram função que não eram suas, agora que entrou os professores através de concurso e muitas auxiliares fizeram a prova e não passaram é que vem questionar???? Os professores chegaram para diminuir a carga de trabalho que estava em cima de vocês. O professor não pode ficar somente no cuidado porque o pedagógico fica fraco, por isso que tem o auxiliar para cuidar. As creches estão tendo qualidade? a qualidae é melhor antes ou depois da entarda de um professor especifico? Assim com existe nas escolas privadas tem o professor regente e os auxiliares porque no público tem que ser diferente? Agora vão estudar e passar no concurso para professor. Boa sorte para todas! e focalizem nas crianças!

Prezada anônima,

Que mundo você vive? Não carece explicarmos pra você toda a história da Educação Infantil e seus profissionais, dê-se ao trabalho de procurar nos arquivos do blog e nos documentos do MEC, nos poupe de tanta ignorância. Independente da chegada dos PIs nas creches, para seu governo e desespero, nossa categoria tem reagido aos abusos dos gestores, a redução é uma realidade no município do Rio de janeiro por conta da luta e união do Agentes auxiliares de creche. Questionar a competência dos auxiliares de creche é uma aberração para não dizer burrice de sua parte, os PIs acabaram de chegar, mas as crianças de creche são facilmente reconhecidas nos outros segmentos por conta da evolução educacional surpreendente conquistada com o esforço dos também Professores de Educação Infantil ainda não reconhecidos. Temos dó dos auxiliares que tiverem você como regente de turma, por outro lado torcemos que trabalhe com uma das que estão de frente a causa, rapidamente você conhecerá as atribuições do PI, principalmente as de cuidados, que pelo seu comentário lhe causa repulsa, isso não é bom...

Desejamos muito boa sorte a você, que irá precisar! A Educação Infantil é muito prazerosa, mas somente pra quem tem dom...Quem não tem, sooofre!