Rumo a regulamentação de nosso cargo!!!

Mesmo após a LDB/1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) e o PNE/2001 (Plano Nacional de Educação), quando as creches deixaram de ter um caráter assistencialista e passaram a ser consideradas a primeira etapa da educação básica, onde quem trabalha em contato diretamente com as crianças é o professor e necessita ter a formação mínima em nível médio na modalidade normal para estar em sala de aula, muitos municípios continuaram a fazer concursos com a exigência de apenas nível fundamental ou médio, com nomenclaturas como auxiliar de recreação, berçário, auxiliar de creche, pajem, entre outras até os dias de hoje e como resultado disso exercemos atividades de docente, pois as creches de fato fazem todo o trabalho pedagógico, porém temos salários e direitos bem inferiores aos dos professores, mesmo tento a qualificação exigida por lei.

Convocamos aos ainda erroneamente chamados auxiliares, pajens, monitores, entre outras denominações a caminhar pela criação de nossa verdadeira identidade que é a de Professor de Educação Infantil, em muitos municípios profissionais como nós já conquistaram seus direitos agora é a nossa vez.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

OS VELHOS E INSOLÚVEIS PROBLEMAS DA EDUCAÇÃO INFANTIL


anônimo disse...
Aqui em Altinopolis a exploraçao e tanta que professor falta monitor tem que ficar com a sala ,pois dizem que nao tem substituto.trabalhamos 8hrs nos sugam ate o sangue. em 

Prezada anônima,

Isso acontece em todos os municípios, aqui em Angra ainda é pior: todos os dias ficamos na parte da tarde sozinhos com a criança, tem auxiliar que dependendo das faltas dos colegas, chegam a ficar por 10 horas dentro da creche, um tanto deles já estão com vários problemas de saúde. De uma coisa eu tenho certeza, se ficarmos parados, aceitando todos os desmandos das secretarias de educação, nada vai mudar pra nossa categoria. Não basta reclamar, tem que agir. Precisamos aprender a dizer NÃO!!!!!


Anônimo disse...
Olá! Por favor gostaria de um esclarecimento sobre a regularização do extinto cargo de pajem. Consta que em minha cidade muitas pajens tem o magistério e muitas estão cursando Pedagogia, então gostaria de saber se é possível enquadrá-las nos moldes da lei ou o município deve criar legislação específica para que possa garantir a mudança de cargo. Ou não é possível que se faça essa mudança sem que haja concurso público e de títulos? Tenho essa dúvida, pois muitas pajens concursadas de minha cidade gostariam de concluir o curso de pedagogia e poder usufruir dos mesmos benefícios das PDIs (Professoras de Desenvolvimento Infantil) do município que estão no Plano de Carreira do Magistério. Se houver uma lei maior que garanta essa "transposição" de cargo peço que me indiquem. Obrigado e parabéns pelo magnífico espaço dedicado a construção de uma carreira mais digna para os servidores da educação Infantil. em 

Prezada anônima,

Tem sim como regularizar a situação das Pajens. Em primeiro lugar deve-se urgentemente trocar essa nomeclatura da época do assistencialismo, depois, criar um Plano de Carreira ou fazer o enquadramento. Algumas daquelas pessoas que não entendem nada de legislação e tão pouco de Educação Infantil, mas que infelizmente são quem estão a frente dessa etapa da educação básica, dizem que estamos querendo burlar concurso, que estamos querendo mudar de função.

Isso não corresponde a verdade, nós cumprimos a função de professor de educação infantil e não recebemos por isso, totalmente diferente de queremos mudar de função, continuaremos a cumprir as mesmas tarefas depois do enquadramento. A lei que que garante o enquadramento é a própria LDB, o PNE, e a lei 12.014/09 de autoria da Senadora Fátima Cleide que discrimina quem são os profissionais que trabalham na educação.

Em nenhuma dessa leis falam em "auxiliares", "Pajens", "monitores" etc na Educação Infantil e sim "professores", não se admite  que em sala de aula existam pessoas sem a  formação adequada para lidar com a educação das crianças. Municípios com gestores conscientes e preocupados com a educação, resolveram a situação e dessa forma tudo ficou nos conformes, um final feliz principalmente para as crianças.


Anônimo disse:
Sou PEI e entrei no Município com a maior boa vontade do mundo. Limpando o nariz, bumbum, etc. Só que comecei a perceber que minha auxiliar acha que sou IDIOTA, pois não quer fazer mais nada. Quando estou trabalhando com as crianças ela não me dá apoio e fica ouvindo música com fone de ouvido para fingir não escutar. Só se levanta da cadeira para levar para as crianças para o refeitório. Isso tá certo? Claro que não. A culpa é dela? Claro que não. A culpa é minha, que querendo ser legal acabei fazendo as atribuições dela. E nem venham querer dizer que são atribuições dos professores, dar banho e tal, porque NÃO é. Vocês vem com textos prontos, mas sabem que isso não é real e nem certo. A verdade é que vocês entraram no município para isso, mas viram a oportunidade de serem professoras e não querem largar o osso. A resposta pra vocês foi a criação do cargo de PEI, mas ainda assim estão esperançosas. Acho que devem tentar passar no concurso e com toda certeza chegarão lá. 


Prezada anônima,
Sua fala é preconceituosa, todos na educação infantil são importantes no desenvolvimento da criança, mas você ainda usa essa expressão "minha auxiliar" porque infelizmente ainda não se conseguiu colocar em prática o que o MEC dispõe em sua normas para funcionamento das creches. Você me lembra uma diretora de creche aqui de Angra dos Reis chamada Maria Andreia, que chama funcionários públicos(do povo) de "meus funcionários".

Quanto ao comportamento da auxiliar(das crianças)você deve conversar com ela e mostrar suas atribuições. O problema está aí, muitos "auxiliares" estão levanto a função assistencialista ao pé da letra, se não são Professores de Educação Infantil( (como eles e você diz)também não fazem nada pra ajudar a professora, ficam a postos somente ´para fazerem os cuidados.

Isso cessará quando houver a intervenção do MEC para fazer cumprir as normas utópicas deles, ou então declarar de vez que o Brasil ainda admite o assistencialismo para  suas crianças, acabar com a fala demagógica de que  é um pais que se importa com as crianças da Educação Infantil.



Você está muito amarga, da pra sentir  ira em suas palavras. Temos direito de lutar por uma causa a qual estamos tentando corrigir uma distorção histórica, onde profissionais da Educação Infantil são explorados. Se prepare psicologicamente porque continuaremos forte e não aceitamos outra coisa senão a vitória. 
Abraços!

PS.: Estamos muito devagar aqui no blog por questões pessoais e também por conta das eleições municipais,estamos lutando por aquele(a) candidato(a) que acreditamos ter mais respeito e compromisso com a educação no geral, em Angra  a maioria vota CONCEIÇÃO RABHA. façam o mesmo todos vocês, essa é nossa hora!
PS2.: Tem muitos comentários a liberar, pedimos um pouco de paciência.