Rumo a regulamentação de nosso cargo!!!

Mesmo após a LDB/1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) e o PNE/2001 (Plano Nacional de Educação), quando as creches deixaram de ter um caráter assistencialista e passaram a ser consideradas a primeira etapa da educação básica, onde quem trabalha em contato diretamente com as crianças é o professor e necessita ter a formação mínima em nível médio na modalidade normal para estar em sala de aula, muitos municípios continuaram a fazer concursos com a exigência de apenas nível fundamental ou médio, com nomenclaturas como auxiliar de recreação, berçário, auxiliar de creche, pajem, entre outras até os dias de hoje e como resultado disso exercemos atividades de docente, pois as creches de fato fazem todo o trabalho pedagógico, porém temos salários e direitos bem inferiores aos dos professores, mesmo tento a qualificação exigida por lei.

Convocamos aos ainda erroneamente chamados auxiliares, pajens, monitores, entre outras denominações a caminhar pela criação de nossa verdadeira identidade que é a de Professor de Educação Infantil, em muitos municípios profissionais como nós já conquistaram seus direitos agora é a nossa vez.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

1ª MANIFESTAÇÃO A NÍVEL NACIONAL DOS PROFESSORES LEIGOS

Criamos um abaixo assinado online. com o título:


Pedido de intervenção do Governo Federal para o reconhecimento e valorização dos Auxiliares de Creche (Professores Leigos da Educação Infantil).


É necessário o empenho de todos nesta mobilização nacional, o problema atinge profissionais de muitos municípios. Cada um de nós é responsável pelo êxito de nossos objetivos, pedimos inclusive a ajuda dos profissionais onde o reconhecimento já é uma realidade. É hora de união.



Clique aqui para acessar o abaixo assinado .


P.S.: Também estará disponível ao lado o link para acesso ao abaixo assinado.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

O MEC ADMITE QUE OS AUXILIARES SÃO OS PROFESSORES DE EDUCAÇÃO INFANTIL

Postagem retirada do Blog Professores Leigos.

Algumas pessoas com pouco ou nenhum conhecimento sobre a Educação Infantil querem de qualquer maneira passar a ideia de que somos impostores, espertalhões. Nós entramos para as creche sem sabermos que seríamos na verdade PROFESSORES DE EDUCAÇÃO INFANTIL, esta profissão não foi nós que escolhemos, ela nos foi imposta pelos gestores.

Vejam no texto abaixo retirado dos arquivos do Ministério da Educação. Quem nos reconhece de professores é o próprio MEC.

Leiam:



Proinfantil qualifica formação de professores
Professores de Roraima participam de aula do Proinfantil.
Autor: Arquivo MEC

Ser professor é uma questão de vocação. Mas para trabalhar na área e promover um ensino de qualidade, é necessária uma boa formação. Foi pensando nisso que a professora Dilma Amorim decidiu ingressar no Programa de Formação Inicial para Professores em Exercício na Educação Infantil (Proinfantil).Ela sempre trabalhou com crianças e ensina na Creche Doutor Renato Veloso Lima, de Cajazeiras XI, em Salvador (BA). Entretanto, sentia falta de qualificação para o trabalho que contava apenas com sua paixão pela sala de aula.

Com o Proinfantil, ela conseguirá a formação exigida pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) e continuar dando aulas.A professora conta que começou a cursar o magistério há muitos anos, mas não conseguiu concluir. “Infelizmente não pude concluir, mas esse é o trabalho que eu amo”, afirma. Com a oportunidade de conseguir a formação necessária para continuar trabalhando, ela conta que já mudou até a postura em sala de aula. “Já me sinto mais segura para ensinar. Estou feliz por participar do Proinfantil.

É a oportunidade que sempre quis ter”, conta ela, que considera fazer um trabalho com mais confiança e mais qualificado do que na época em que não tinha formação.Dilma recebe, além do arcabouço teórico, toda orientação para trabalhar com crianças. E toda a formação pode ser feita paralelamente à sala de aula. Ela não precisa abandonar seus alunos para estudar e conseguir um diploma.O Proinfantil é um curso em nível médio, semipresencial, em parceria com estados, municípios e universidades direcionado aos professores de educação infantil em exercício nas creches e pré-escolas das redes públicas e da rede privada sem fins lucrativos. Tem 3.392 horas e duração de dois anos.

Foi implementado pelo Ministério da Educação em 2005 e tem previsão de término para julho de 2011. Até lá serão formados 17.151 professores com habilitação no magistério em educação infantil.De acordo com a professora da Agência Formadora de Uruaçu (GO), Rúbia Rosa Guerra, que participa do Proinfantil, ofertar essa oportunidade para pessoas que gostam de ensinar mas não têm a habilitação adequada é fundamental tanto para os profissionais quanto para os alunos.

“Antes dos cursos do Proinfantil, encontrávamos na sala de aula do ensino infantil ‘professores’ que não tinham nem o ensino fundamental completo. Muitos ficaram sem estudar por anos.Alguns eram voluntários vindos de outras áreas da escola, como profissionais da limpeza”, relata. Rúbia diz que um professor do ensino infantil sem formação é mais um cuidador de crianças, pois não tem a qualificação necessária para trabalhar com a educação dos alunos. “Precisamos dar formação a esses profissionais, dar-lhes condições de exercer o trabalho e não apenas mantê-los como cuidadores, porque era o que eles faziam”, diz Rubia.

As aulas presenciais do Proinfantil acontecem nos polos do curso nos municípios e as atividades a distância são acompanhadas por tutores da Secretaria Municipal de Educação local. Os professores formadores, que ministram o curso nos municípios são qualificados por um grupo de 13 universidades federais que aderiram ao programa.

O Proinfantil é um programa do Ministério da Educação em parceria com municípios e universidades.Participam municípios de 18 estados, sendo oito da região Nordeste: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe; quatro da região Norte: Amazonas, Rondônia, Pará e Roraima; três do Centro-Oeste: Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul; dois do Sudeste: Minas Gerais e Rio de Janeiro; um do Sul, Paraná.(Assessoria de Comunicação SEED/MECCopiado do http://http//portaldoprofessor.mec.gov.br

sábado, 22 de janeiro de 2011

A SECRETÁRIA DE EDUCAÇÃO DE ANGRA DOS REIS-RJ FALA À RADIO COSTA AZUL FM

Nesta sexta-feira dia 21, a Secretária de Educação de Angra dos Reis Luciane Rabha concedeu uma entrevista no programa Talk Show da Radio Costa Azul FM. Não acompanhamos na íntegra a entrevista, quando fomos avisadas esta já caminhava para o fim.

Foi feita uma pergunta por uma auxiliar, não muito bem formulada, na qual a secretária pôde sair pela tangente sem aumenos ficar constrangida. A auxiliar por sua vez se defende dizendo que a pergunta feita pelo locutor não foi exatamente a feita por ela.

A pergunta, segundo a auxiliar, foi a seguinte:"O que a Secretária pretente fazer com relação aos auxiliares de creche, já que estes fazem um trabalho de professor e são remunerados como os zeladores? "
O Locutor, segundo a auxiliar, fez uma pergunta dando a entender que queremos "virar" professores, Luciane Ranha então disse que nós fizemos concurso público para auxiliar de recreação e berçário e queremos ser professores.

Sra. Luciane Rabha, queremos ser reconhecidos pela função que já exercemos desde que tomamos posse, ou seja, do PROFESSOR DE EDUCAÇÃO INFANTIL que tem a função de cuidar e educar às crianças, segundo o MEC.


Como estamos cansadas de dizer, alguns municípios na intenção de baratear os custos com a Educação Infantil fizeram concurso com nível de escolaridade insuficiente, no caso de Angra, o fundamental, ferindo a LDB, o PNE e todos os documentos do MEC que são claros quando dizem que o PROFISSIONAL que trabalha em sala de aula diretamente com as crianças na Educação Infantil é Professor de Educação Infantil e o nível de escolaridade exigido, no mínimo o Magistério.

É inadimissível que um profissional fique por sete, oito e até dez horas dentro de sala de aula e em alguns períodos sozinhos com as crianças sem ter a formação correta.

O Governo Federal então fêz seu papel, através do Proinfantil (Programa de Formação INICIAL para Professores em Exercício na Educação Infantil) está capacitando os auxiliares que optaram fazer o curso, assim como o município que, mesmo sem ser obrigado, agarrrou de unhas e dentes esta oportunidade, pois nalgum tempo seriam obrigados a arcar com todos os custos de capacitação dos auxiliares que estão de forma irregular dentro de sala de aula.

Com a ajuda do governo federal ficou bem mais fácil até porque alguns municípios simplesmente ignoraram algumas cláusulas do contrato e fizeram o que bem entenderam (temos em mãos o contrato do Proinfantil firmado entre o Governo Federal, o Estado e Municípios que estaremos postando aqui brevemente).

Os municípios que capacitaram seus antigos auxiliares, como São Paulo-SP, e os reenquadraram como professores de Educação Infantil, criaram um cargo a parte em extinção para aqueles que não quiseram se adaptar às leis educacionais, ou seja, que preferiram continuar com o nível de escolaridade fundamental ou médio.

Em Angra a partir de julho de 2011 a maioria dos auxiliares terão o Magistério, mas ainda terão alguns que permanecerão dentro de sala com o nível de escolaridade FUNDAMENTAL.

A Secretária fez uma comparação (a partir daí já estávamos ouvindo) dos auxiliares aos candidatos que fazem concurso para para a Ilha Grande, que tem poucos concorrentes, depois querem vir para o continente, que devíamos prestar atenção no Edital do Concurso.

Dizendo isto nós custamos a acreditar que a Secretária entenda pelo menos um pouco de Educação Infantil, se soubesse não diria tal asneira. Nosso caso é totalmente diferente, chega a ser ridicula a comparação.

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Na Educação Infantil quem cuida educa e quem educa cuida, não pode haver um profissional para fazer a parte pedagógica e outro os cuidados.

No Edital (em Síntese de Tarefas) prevê os cuidados e as brincadeiras educativas, e assim que as criança de creches e pré-escola aprendem. Sempre participamos da elaboração do projeto Pedagógico, continuamos a fazê-lo, agora (depois que começamos a lutar por nossos direitos) com um nome diferente:"Planejamento de Vida Diária".

O erro, para não dizer "esperteza" ficou por conta somente do nível de escolaridade incorreto e o salário obsceno. O Regimento de Creche da época que entramos para as creches(hoje foi mudado) é fiel as nossa reais atribuições, lá não há dúvidas que somos na verdade os professores de sala de aula.

Queremos que a Secretária nos respondesse: Quem fica com as crianças regendo as salas de aula todos os dias de segunda às sextas-feiras das 11:30 às 17:00hs??? E nas férias dos Docentes I??? E agora durante todo no mês de janeiro quem está em sala de aula SOZINHOS de 7:00às 17:000 com as crianças??? e quando os Docentes estão de licença médica???e no recesso de dezembro e julho??? E por que quem promoveu o concurso de 2004/2008 não observou que o nível de escolaridade estava incorreto???


Somos os Professores Leigos da Educação Infantil, somos nós, os únicos, que cumprimos as reais atribuições do Professor de Educação Infantil. Nunca pedimos para sermos Docentes I ou II, a Secretária de Educação juntamente com seus colaboradores tentam enganar as pessoas dizendo que queremos mudar de profissão, isto é MENTIRA, a natureza de nossa atribuições serão as mesmas, continuaremos a fazer o que sempre fizemos.

Não há incostitucionalidade e sim adequação às leis federais. E mais, quem errou não fomos nós! O que queremos é tomar posse da função que exercemos que, segundo o Ministério da Educação, é a de Professor de Educação Infantil e não Docente I ou II.

O mais cômico foi ouvir a Secretária Luciane Rabha dizer que em Angra não haverá valorização, "esse negócio de reenquadramento, essas coisas..." ela se equivocou ao dizer tal coisa, esqueceu de abrir um parêntese e dizer que não haverá reequadramento na gestão dela! Será que pensa que ficará eternamente no cargo? Ela nem pode falar pelo Governo Tuca Jordão, pois ainda neste governo ela pode ser trocada(é o que torcemos) e em seu lugar assumir uma secretária ou secretário realmente envolvida(o) com a educação angrense, e que saiba que valorizar o profissional que educa é ganho certo para todos, especialmente às crianças, no caso da Educação Infantil.

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A Secretária precisa passar a visitar as creches e não só aparecer nas inaugurações, se fizesse isso, conheceria o trabalho dos auxiliares e não pestanejaria em nos valorizar. A resistência será talvez, falta de conhecimento da causa.
Parabéns a Rádio Costa Azul pelo programa!

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

MAIS UM DEPUTADO CONHECE NOSSA CAUSA

Enviamos um e-mail ao Deputado estadual Átila Nunes, que se interessou pela causa dos auxiliares de creche de todo país e nos respondeu prontamente. Abaixo o e-mail enviado:
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Olá Deputado,

Sou de Angra dos Reis-RJ e tive conhecimento através dos Auxiliares de Creche do município do Rio de Janeiro do seu interesse pela nossa causa, o que me deixou muito feliz. Acredito que já tenha se interado do assunto mas permita-me fazer uma ratificação:
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Desde a LDB/96 as creches passaram a ser consideradas a primeira etapa da educação básica(ensino fundamental) e para atuar nesta área é necessário que todos os profissionais que trabalham diretamente em sala de aula com as crianças tenham no mínimo o curso do Magistério.
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Pois bem, as prefeituras (principalmente as do estado do Rio de Janeiro)com intuito de economizarem, passaram por cima da lei e promoveram concurso público para o cargo de "auxiliar de creche" exigindo apenas nível fundamental.
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Quando chegamos às creches, percebemos que o trabalho era complexo demais, a responsabilidade é enorme, estamos educando e cuidando destas crianças a todo o momento, neste meio tempo o Governo Federal vendo a aberração que acontecia na Educação Infantil, criou o curso chamado Proinfantil(Programa de FORMAÇÃO INICIAL para professores em Exercício na Educação Infantil)que viria sanar este problema.
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Acontece que estamos enfrentando resistência de nossos gestores que agora possuem somente professores em sala de aula e com isto continuarão a receber a verba do Fundeb, pois estão de forma REGULAR, mas não querem nos valorizar.
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Eles alegam que é inconstitucional nos reenquadrar como Professores de Educação Infantil, que segundo o MEC é um professor diferenciado dos demais ,pois estes cuidam e educam, ou seja, eles cuidam da parte pedagógica como também da higiene das crianças, diferente dos PII que atuam nos outros segmentos do nível fundamental.
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Acontece que em nosso caso não há inconstitucionalidade pois a natureza de nossas atribuições não mudarão, continuaremos a cuidar e educar as crianças como antes, o que acontecerá é uma adequação às leis educacionais, somos na verdade os Professores Leigos da Educação Infantil e a estes, segundo Pareceres que temos, não é necessário um novo concurso público.
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Muitos municípios como por exemplo os de São Paulo-SP, Alegre-ES, Cubatão-SP, Iporá-GO, Bertioga-SP,Piaju-SP dentre outros já fizeram o reenquadramento dos auxiliares e regularizaram a situação.Já tramita no Congresso Nacional o PL 5446/09 do Deputado Federal Carlos Zarattini que regulariza nossa situação, mas a morosidade é enorme.
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Gostaríamos muito de podermos contar com Vosso apoio, pois precisamos de pessoas com sua credibilidade para nos ajudar, não esqueceremos esta mão erguida. Para melhor se inteirar no assunto e ver a mobilização de todos os auxiliares do Brasil(a causa é a nível nacional) favor acessar o blog:
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E a resposta do deputado:
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Li com atenção seu e-mail.
Independentemente de meu apoio político, gostaria de abordar esse assunto em nosso programa radiofônico na Rádio Bandeirantes AM 1360.

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O “Programa Reclamar Adianta”, que vai ao ar de segunda à sexta-feira, das 10 ao meio dia, abre seus microfones a todos que desejem externar sua opinião ou sua denúncia, com total liberdade, sem censura.
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Se desejar, ligue durante o programa ou a qualquer hora para a nossa central telefônica e deixar sua mensagem.
Cópia deste e-mail está sendo encaminhado para nossa editora de jornalismo, Renata Maia (
renatamaia2@gmail.com)
Seu assunto é relevante. Estou à sua disposição.
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Vamos manter contato. Com o abraço do
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ÁTILA NUNES
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atilanunes@emdefesadoconsumidor.com.br
PROGRAMA RECLAMAR ADIANTA - RÁDIO BANDEIRANTES AM 1360 (RJ)
De 2a à 6a feira, entre 10h e meio dia com Átila Nunes Filho e Átila Nunes Neto
Acesse pela internet:
www.reclamaradianta.com.brwww.emdefesadoconsumidor.com.br / Central telefônica 24h: (021) 3282-5588 / atilanunes@reclamaradianta.com.br

Trabalhando em conjunto, estamos conseguindo divulgar nossa causa, a cada dia uma nova autoridade do cenário da política brasileira conhece a luta que estamos travando, sabemos que dependemos da política para regularizar nossa situação. E é isto que estamos fazendo. Vamos então procurar o Deputado e postaremos aqui e no Blog dos professores Leigos(link ao lado)o desfecho deste encontro com o Deputado Átila Nunes.

Juntos chegaremos lá!


domingo, 9 de janeiro de 2011

PROINFANTIL EM DEBATE(MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO)

Estes materiais foram enviados pelo AAC Antônio. Tanto o vídeo como o boletim são esclarecedoras e só ratificam nossas palavras. Trata-se de um debate ocorrido no dia 20 de dezembro de 2010, transmitido pela TV Escola(Ministério da Educação) com a participação de coordenadores do Proinfantil. É um documento completo e pode servir de provas para buscarmos nossa valorização.Por ser um pouco extenso vamos destacar aqui alguns trechos do boletim:
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O Ministério da Educação propôs o Proinfantil na perspectiva de: atingir metas do PNE de habilitar professores em exercício através da execução de programas de formação em serviço em articulação com instituições de ensino superior e cooperação técnica e financeira da União e dos estados; elevar o nível da qualidade do ensino no país; cumprir a determinação da LDB de que os municípios e, supletivamente, os estados e a União, realizem programas de formação para professores em exercício, utilizando também, para isto, os recursos da educação a distância (Art. 87, §3º, III) e da Resolução 01/03 do Conselho Nacional de Educação (CNE), que determina que os sistemas de ensino ofereçam a formação em nível médio, na Modalidade Normal, até que todos os docentes da educação Infantil possuam, no mínimo, essa habilitação.
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Novos paradigmas sobre infância, criança e Educação Infantil e sobre a função social e educacional do Estado, na sua ação complementaràs famílias, se fazem presentes na Constituição Federal de 1988, bem como nas outras leis decorrentes dela, tais como: o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA (Leinº 8.069/1990), a Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS (Lei n° 8.742/1993) e a Lei de Diretrizese Bases da Educação Nacional – LDB(Lei nº 9.394/1996). Esta última, ao concebera Educação Infantil como a primeira etapada Educação Básica, exige qualidade educacional,o que significa ter, principalmente:unidades escolares equipadas e organizadaspara o atendimento educacional das criançasde 0 a 6 anos, proposta pedagógica adequadaà faixa etária, professores qualificados e habilitados para o exercício da função docente.
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Nesta perspectiva, a função docente em creches e pré-escolas, antes exercida por qualquer profissional, passou a ser de responsabilidade de um professor com formação de nível superior, admitindo-se, como formação mínima para o exercício do magistério,o Ensino Médio, na modalidade Normal (Artigonº 62). Assim, a LDB equipara a carreiradocente do professor da Educação Infantil à do professor dos anos iniciais do Ensino Fundamental, passando a ter direito a uma formação compatível com sua função, a um plano de carreira e a todas as conquistas da categoria, como, por exemplo, a inclusão na Lei nº 11.738, de 16 de julho de 2008, que institui o piso salarial nacional para professoresda educação básica pública (R$ 950,00,para uma jornada de 40 horas semanais) e nas ações e propostas decorrentes da Política Nacional de Formação de Professores(Decreto nº 6.755/09).
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A formação de professores tem sido assinalada pelas pesquisas e pelos documentos oficiais (MEC-SEB, 2008, vol. 1 e vol. 2) como um dos principais fatores que afetam a qualidadena Educação infantil. Uma das metas do PNE foi ter todos os profissionais que atuam na Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental com formação em nível médio (modalidade Normal) até 2006 e 70% com formação em nível superior, até 2011.
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O Censo Escolar de 2006, entretanto, apontou percentuais bem aquém das metas do Plano: 5,2% dos professores das creches e 2,1% dos de pré-escola não tinham Ensino Fundamental completo; a escolaridade em Ensino Médio completo atingia 60,8% dos professores das creches e 52,3% dos de pré-escola e em nível superior, 34% dos professores das creches e 45,6% dos das préescolas.Este panorama emnúmeros absolutos significa quase 40 mil profissionais da educação Infantil sem a formação mínima exigida pela LDB.
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A Educação Infantil, como primeira etapa da Educação Básica, mesmo depois de quatorze anos pós LDB, ainda está se firmando na área educacional. Nem todos os estados têm a dimensão de que o Ensino Médio, modalidade Normal, é ainda a formação mínima exigida para o exercício do magistério da Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental, portanto, é de sua competência a oferta dessa etapa de escolaridade nas suas redes de ensino, sendo necessária para muitas localidades brasileiras.
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Por sua vez, os municípios, por questões político-administrativas, terceirizam a contratação de professores de creches e pré-escolas para a gestão de organizações não governamentais / organizações sociais e/ou contratam pessoal sem a formação mínima exigida para baratearem os custos da Educação Infantil Essa é uma visão pouco esclarecida sobre os novos paradigmas da Educação Infantil, ou uma visão imediatista de que são altos os custos da primeira etapa da Educação Básica. Visão debarateamento que vai na contramão da legislação vigente, e que também contraria os estudos das diferentes áreas, especialmente Psicologia, Sociologia e Economia.
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Os estudos da área econômica, por exemplo, têm mostrado os impactos positivos da frequência das crianças à Educação Infantil, tanto imediatos, quanto a médio e a longo prazos; tanto para a própria criança, quanto para sua família (na economia doméstica, com as possibilidades de as mães trabalharem enquanto os filhos estão nas instituições de Educação infantil, no processode escolarização das crianças com melhores desempenhos e sucesso escolar nos anos (subsequentes, entre outros).
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Também a instituição em que o cursista trabalha é afetada, tendo em vista que a construçãoe re-construção do cotidiano é uma perspectiva importante do curso. É comum vermos os gestores/diretores incomodados com o “novo” que o cursista experimenta, ou, então, convidando-o para apresentar para a instituição os fundamentos das atividades experienciadas.
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A qualificação e o processo de habilitação do profissional leigo desafiam as práticas instituídas. Algumas vezes, há oposição das coordenações ou direções das escolas às práticas “novas” que o Proinfantil instiga e as cursistas querem experimentar. Uma tutora contou que sugeriu à cursista que sentasse no chão com as crianças, pois elas subiam e desciam sem cessar das carteiras disponíveis, quando sentadas nelas.
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Quando a direção da escola viu as crianças no chão em roda com a professora, ficou aborrecida (‘a roupa ia sujar’) e a cursista reagiu “foi a tutora do Proinfantil quem falou pra fazer assim”. De fato, o novo precisa de respaldo institucional para ser experimentado, se não fica muito frágil e se “desmancha no ar”
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De modo geral, pelo relato do que os tutores observam nas instituições, percebemos que as práticas na Educação Infantil ainda se pautam por modos de relação com as crianças impositivos, disciplinares, transmissivos.
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As experiências com as crianças parecem ter o feitio de uma aula do Ensino Fundamen tal, já que a exposição de conceitos domina (mesmo tendo a intenção de partir do que as crianças já sabem). Por outro lado, aspectos burocratizados e mecanizados da rotina como músicas de comando e filas para o deslocamento dentro da escola) são naturalizados. Estas práticas opõem-se à proposta do Proinfantil, que valoriza a participação e a ação das crianças na construção das atividades diárias.
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.Nos projetos, programas e políticas de parceria entre os entes federados, é preciso levar em conta as articulações com secretarias e setores. Uma política de formação de professores, por exemplo, precisa estar articulada ao setor administrativo- financeiro. Questões de prioridade de investimento e alocação de verbas não podem justificar contratações de pessoal à revelia de uma Lei Nacional (Art. 62 da LDB).
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Por sua vez, esforços de investimento na formação de professores não podem ser neutralizados e até anulados quando não se pensa sistemicamente as diferentes ações e programas. É incoerente participar do Proinfantil e, ao mesmo tempo, contratar profissionais sem a formação mínima exigida por lei; O Proinfantil é um programa emergencial, não foi concebido para atender a novas demandas que emergem de ações recentes desarticuladas das leis e políticas nacionais.
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Também não foi concebido para atender aos desvios de função (como, por exemplo, merendeiras e porteiros exercendo função docente);
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O Proinfantil foi criado para corrigir distorções históricas. Cabe a cada município não mais contratar profissionais sem a formação mínima exigida por lei. Qualquer contratação neste sentido é ilegal e não cabe a um programa de parceria entre entes federados compactuar de distorções da legislação vigente;
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Os municípios precisam criar plano de carreira para o magistério de Educação Infantil. Sabe-se que, na Educação Infantil, quanto menores as crianças, maior a necessidade de adultos para desenvolver o processo educativo. A pergunta recorrente é se seria necessário que todos fossem professores. A resposta é sim, já que para ser professor de criança pequena no Brasil exige-se apenas o Ensino Médio, isto é, Educação Básica.
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É necessário, como também o é para se trabalhar em outros setores, como limpeza urbana e enfermagem. É urgente um plano de carreira na Educação Infantil que diferencie atribuições, responsabilidades e salário de um trabalhador de nível médio, portanto, técnico, de um de nível superior;

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Programas de formação para professores em exercício na EI se articulam tanto às políticas de Educação Infantil, quanto às de Formação de Professores. Por sua vez, ambas se relacionam a políticas para infância.
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No âmago destas articulações encontramse as perguntas: o que queremos para as crianças? O que é importante para a sua educação? Como nós, adultos, estamos temporalmente distantes da nossa infância, corremos o risco de responder seguindo os nossos antigos desejos da criança que fomos.
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A resposta do passado para o futuro pode deixar escapar o tempo presente e se descontextualizar. Mas Arendt (1997) alerta para o fato de que cabe ao adulto, diante dos recém-chegados, a responsabilidade de designar o mundo,depreservar o passado para que eles possam renová-lo. A educação para a autora se volta para o passado, para o mundo não sucumbir aos que chegam.
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Portanto, temos, paradoxalmente, a responsabilidade de disponibilizar para as crianças o legado até então construído e apostar na renovação, no imprevisível .
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Vejam se o Ministério Público precisa ou não de ter em mãos um documento deste???no mais, o texto inteiro fala por si mesmo...
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sábado, 8 de janeiro de 2011



1 ANO DE BLOG



Hoje está fazendo um ano que criamos o blog dos Professores de Educação Infantil. Um espaço democrático, de todos. Nossos objetivos têm sido alcançados, pois aqui nos encontramos para juntos irmos em busca da nossa valorização. Estaremos aqui se assim nosso Deus permitir, até que o ganho de causa seja a nível nacional. Abaixo nossa primeira e GRANDIOSA postagem:

"sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Rumo ao reconhecimento!

Que Deus nos ajude! "

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

ALUMÍNIO-SP TAMBÉM NA LUTA!

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Olá! Sou da cidade de Alumínio, interior de São Paulo e integro o corpo docente da única creche existente em nosso município. Há algum tempo lutamos pelo devido enquadramento de nossa profissão. Somos hoje registrados como Auxiliares de Desenvolvimento Infantil, embora nossas atribuições mesclam as atividades anteriormente exercidas por pajens e a prática docente, visto que faz-se necessário possuir magistério e/ou pedagogia.

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Até agora não obtivemos grandes conquistas quanto às nossas expectativas. Continuamos com carga horária exaustiva e com salários inferiores aos dos professores de educação infantil. Porém acredito que com a união dos profissionais da área, como a criação deste espaço, alcançaremos em breve a aprovação de leis que garantam direitos para todos os professores, independentemente da área educacional em que atuam.

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O QUE PARECE UTÓPICO PODE SER REAL, BASTA NOS UNIRMOS!!! Sugiro que se organize uma manifestação pacífica, como uma passeata, para que juntos possamos lembrar que a prática pedagógica não se atém a giz e lousa: o ato de trocar fraldas, de dar banho, de alimentar acalantar um bebê são altamente significativos do ponto de vista educacional e pedagógico.

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Somos professores que atuamos em creche, não meros "cuidadores"... Não queremos deixar nossas atribuições de profissionais de creche excluídas, porém nossa prática vai muito além disso, e a conotação dos cuidados com higiene, alimentação entre outros dentro do ambiente de creche é diferenciada, pois ali é o espaço onde se inicia todo o processo educacional do indivíduo. Temos que valorizar a base.

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Não é de cima pra baixo que se constrói uma história.


Prezada colega,


É exatamente isto que pregamos aqui no blog, se é necessário a formação de professores para atuarmos na Educação Infantil, nada mais justo sermos remunerados de acordo com a complexidade do cargo e o nível de escolaridade exigido.


O maior problemas está no preconceito, pois os próprios gestores, por total desconhecimento das leis, não admitem que um professor possa trocar fraldas, e por conta disso eles preferem deixar as coisas como estão, ou seja, na era do assistencialismo.


Já escutamos de uma pessoa da Secretaria de Educação de Angra que é totalmente inviável todos os profissionais das creches serem remunerados conforme os professores, disse que as creches fechariam. Nós perguntamos: Como pensar em educação de qualidade com profissionais que lidam diretamente com a educação das crianças ganhando salário mínimo??? Isso é inimaginável, Nunca será uma educação de qualidade, dizer ao contrário é MENTIRA!!!Profissionais insatisfeitos não rende o esperado, mas as autoridades preferem tapar o sol com a peneira e dizer que está tudo dentro dos conformes.


Precisamos nos organizar para fazermos esta manifestação em Brasília, cada cidade escolhe seus líderes e os representantes que participarão da passeata, deveremos nos comunicar por e-mail, msn etc para planejarmos que estratégia usaremos para cobrir os custos, lógico que precisaremos da ajuda de todos os auxiliares(ou quase todos).Estamos construindo uma outra ideia que em breve anunciaremos aqui no blog.


Como você disse, se nos unirmos conquistaremos vitória mais cedo que pensamos, veja que muitas autoridades da Educação estão tomando ciência da nossa luta. O que pedimos não é nada impossível, basta um pouco de boa vontade política e interesse em ajudar aqueles profissionais que inauguram a educação das crianças.


Um abraço.







terça-feira, 4 de janeiro de 2011

CARTA ABERTA À SOCIEDADE

Recebemos esta carta por e-mail escrita pelo Valmir e reescrita por Antônio, ambos AACs do município do Rio de Janeiro, esta foi enviada ao MIEIB(Movimento Interfóruns de Educação Infantil no Brasil) que de pronto foi respondida pelo Secretário Executivo do referido órgão que prometeu providências. É este tipo de ação que deve ser copiada por todos nós, desta forma fica impossível de sermos ignorados, como vinha acontecendo, dentro da Educação Infantil deste país, se nos unirmos iremos incomodar demais!
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De: MIEIB Secretaria Executiva [mailto:mieibsecretaria@gmail.com
Enviada em: terça-feira, 4 de janeiro de 2011 19:05
Para: Antonio Frederico Alves da Silva
Assunto: Re: Exploração dos Auxiliares de Creche no Brasil
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Prezado Frederico,
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Farei a divulgação do seu manifesto em nossa rede e também socializarei com os membros do Comitê Diretivo do MIEIB para posterior encaminhamento.
Até breve!
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Vilmar KlemannSecretário Executivo do Mieib.
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Em 4 de janeiro de 2011 17:28, Antonio Frederico Alves da Silva <antoniofrederico@bol.com.br>escreveu:
MIEIB - Movimento Interfóruns de Educação Infantil no Brasil
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Nome: Antonio Frederico Alves da Silva Cidade: Rio de Janeiro Estado: RJ Telefone: 21 3152-5204 Mensagem:
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CARTA ABERTA À SOCIEDADE
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Nós, Agentes Auxiliares de Creche, trazemos por meio desta Carta Aberta à Sociedade, o conhecimento das dificuldades que enfrentamos no dia-a-dia em relação ao cumprimento de nossas atribuições e na promoção do bem estar das crianças matriculadas na educação Infantil, nas creches do Município do Rio de Janeiro, que permanecem sob nossa guarda no período de oito a dez horas, diariamente.
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Prestamos concurso para o cargo Agente Auxiliar de Creche da Cidade do Rio de Janeiro, em que o nível de escolaridade exigido para o concurso foi o nível fundamental. O edital conjunto SME/SMA Nº. 08, de 24 de julho de 2007 do concurso relatava que em nossas atribuições básicas ou específicas, teríamos que participar com e auxiliar o "educador" nas atividades das rotinas diárias.
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O que encontramos como realidade é bem diferente da redação de nossas atribuições inerentes ao cargo para o qual prestamos concurso. Na prática, não temos a presença do educador em sala e o número de agente auxiliar de creche por turma não corresponde a real necessidade de 25 crianças. Que precisam de apoio em sua higiene básica; serem protegidas para que não sofram acidentes e orientadas pedagogicamente para o seu perfeito desenvolvimento psicofísico.
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Várias são as possibilidades de pequenos acidentes acontecerem diariamente, por ter apenas um agente, sozinho, tomando conta de muitas crianças por uma ou duas horas. Ficando, também sob a responsabilidade deste mesmo agente, a elaboração e execução do planejamento pedagógico, bem como a avaliação do desenvolvimento de sua turma.
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Sendo que a Deliberação E/CME nº. 15/2007 que autoriza o funcionamento de Instituições Privadas de Educação Infantil, em seu art.12 orienta a composição da seguinte relação criança/profissional, considerando professor e auxiliar:
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I - Na faixa etária de zero a um ano e onze meses, para cada grupo com o máximo de vinte quatro crianças, em espaços físicos distintos ou não, um professor, exigindo-se um auxiliar para cada grupo de até seis crianças.
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II - Na faixa etária de dois anos até dois anos e onze meses, para cada grupo com o máximo de vinte quatro crianças, em espaços físicos, distintos ou não, um professor, exigindo-se um auxiliar para um grupo de até quinze crianças e dois auxiliares a partir da décima - sexta criança.
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III - Na faixa etária de três anos até três anos e onze meses, para cada grupo com o máximo de vinte quatro crianças, em espaços físicos, distintos ou não, um professor, exigindo-se um auxiliar para um grupo de até vinte crianças e dois auxiliares a partir da vigésima - primeira criança.
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IV - Na faixa etária de quatro anos até cinco anos e onze meses, para cada grupo com o máximo de vinte e cinco crianças, em único espaço físico, um professor.
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Parágrafo único. No caso do inciso IV, em se tratando de atividades em espaços físicos diferentes, a entidade deverá prover auxiliares, de modo que seja mantida em cada um deles, pelo menos um profissional, considerando a atuação do professor em um dos grupos e de um auxiliar em cada grupo formado.
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Diante dessa diferença queremos trazer à população o conhecimento de nossas rotinas:
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Somos o "educador" (professor), não somos auxiliares. Desenvolvemos todas as rotinas do cuidar e do educar. Sabemos que, segundo a Lei de Diretrizes e Bases (LDB 9394/96) para educação, art. 29, 30, e 62 e no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA, L8069/90) art. 53, “... toda criança tem direito a educação”; e na Resolução da CEB de 7 de abril de 1999 diz que: “As propostas pedagógicas das instituições de educação Infantil devem ser criadas, coordenadas, supervisionadas e avaliadas por educadores com, pelo menos, o diploma de Curso de Formação de Professores...”.
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Nós, agentes auxiliares de Creche, nos sentimos em desvio de função, sem qualificação para tal e sem estarmos recebendo o real valor para que estejamos executando esta função.Pedimos a colaboração e a atenção da população para exigirem o direito que seu filho tem conforme previsto na Constituição Federal (Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de: IV - educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 (cinco) anos de idade; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº. 53, de 2006) ).
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Queremos ser capacitados, para sermos reconhecidos como educadores de educação infantil o que de fato o somos. Queremos ver a Lei cumprida e seus filhos tendo uma educação infantil de qualidade.Este grito de alerta surge de nossa angustia em ver um trabalho que pode, e deve contribuir para o pleno desenvolvimento físico-motor e psico-intelectual de cidadãos, em tão tenra idade, ser negligenciado pelas autoridades.
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Autoridades estas, que deveriam estar zelando pela real contribuição que as creches deveriam estar desempenhando e não somente a de cumprir o papel de deposito de crianças para que os pais possam trabalhar.Gostaríamos de deixar registrado que somos testemunhas do grande esforço que é feito pelos diretores das creches e de seus adjuntos e/ou professores articuladores para dar conta de suas funções.
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Mas testemunhamos também, que é humanamente impossível um único profissional dar conta de 6 ou 8 turmas de diferentes níveis e idades, em uma mesma creche.Queremos com esta manifestação pública alertar a sociedade e pedir as autoridades competentes que abram um canal de diálogo para que possamos juntos encontrar soluções para que essas crianças não sejam prejudicadas em sua educação, neste momento que é tão crucial para o seu pleno desenvolvimento como pessoa e cidadão brasileiro.
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Sem mais, subscrevemo-nos acreditando que juntos podemos desenvolver uma verdadeira educação que faça a diferença neste país tão assolado pelo descaso com a educação de seu povo.
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AGENTES AUXILIARES DE CRECHE.

O quantitativo de criança X adultos em Angra é de excelência em comparação ao município do Rio de Janeiro.

NA EDUCAÇÃO INFANTIL O PROFESSOR LIMPA "BUMBUM"

Anônimo disse:
O professor de Educação Infantil é dedicação pura, não adianta.Creches, pre- escola precisam de dedicação 40 horas .Vcs serão empregadinhas dessa turma que vai aparecer agora . ..Elas serão as regentes e vcs as Isauras é assim que funciona num regime de dois profissionais em horarios destintos.

Agora qdo vcs começarem a botar a boca do trombone eles virem que a coisa ñ deu certo darão uma dupla para as professorinhas. Continuará a baderna ainda pior. 2 profissionais no mesmo horario fazendo o"" mesmo serviço "( mentira,vcs trabalharam mais) porém a professora ganhado mais ...

Luta de classe ..A solução ????????? exterminar os AAC e a Educação Infantil ser tomada pelas professoras, ai sim será o fim do tão famigerado assistencialismo... Será a anarquia geral, pois as professoras não estão ali para limpar bunda de criança(escuto isso direto) ...


Não é Utopia e o que ACONTECE NA EDUCAÇÃO INFANTIL Da Minha Cidade ..desculpem o desabafo e sim que vejo a Educação Infantil.


Cremos que este quadro tende a mudar, estamos nos unindo aos poucos, debatendo, denunciando, contactando autoridades, trocando experiências e ideias, estamos ganhando confiança e força, não sei se percebeu...

Quanto a sermos "empregadinhas" das Professoras de educação Infantil, tenha certeza que não serão todos os auxiliares, certamente uns trabalharão mais que os outros. Aqueles auxiliares que conhecem as leis exigirão que elas sejam cumpridas, se o edital diz que os Professores de Educação Infantil tratarão também da parte de higiene, por que não cobrar deles? Mas também nada irá impedir que o auxiliar que desejar, acumule a função que também é do professor que esteja em sala de aula. Tomando como exemplo alguns auxiliares de Angra, sabemos de antemão que não permitirão de forma alguma que os professores que entrarem limpem bumbum, acharão o cúmulo. É triste, mas é verdade! Existem pessoas que relutam em sair da ignorância...

É certo que num futuro próximo não haverá mais auxiliares em creches, a medida que forem feitos os novos concuros públicos com exigência de magistério. A Política Nacional Para a Educação Infantil já previu a extinção desta nomeclatura, logo, um dia, todos terão que "limpar bumbum", isto é fato! Caso contrário, a literatura do MEC e do Proinfantil devem ser rasgadas.

Um abraço.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

TRABALHAMOS DIRETAMENTE EM SALA DE AULA, PORTANTO, É JUSTO QUE PERTENÇAMOS AO PCCR DO MAGISTÉRIO

Comentário retirado da postagem:AUXILIARES DE CRECHE:ESTÁ CHEGANDO NOSSA VEZ...
"Espero sinceramente que todos que estão nesta situação sejam contemplados com esta lei,chega de impunidade! Aqui em Paraíba do Sul(RJ) para não fazer o enquadramento dos monitores como professores de educação infantil no Plano de carreira do Magistério,simplesmente nos colocaram juntamente com serventes e merendeiras na secretaria de Adminstração só para não dar os nossos direitos dados pelo PNE e MEC. Isso para mim é abuso de poder! Amigos desculpe o desabafo mas não podemos ficar calados temos que ir em busca de nossos direitos. Um grande abraço para todos e um Feliz Ano Novo."

Pois é, não só em Paraíba do Sul como em Angra, os gestores usaram de "malandragem", ignoraram a legislação federal contratando os auxiliares a fim de economizar, mesmo sabendo que na verdade somos professores leigos "cedidos" para Secretaria de Educação, algo inacreditável.

Era um " golpe" que vinha dando certo até que resolvemos arregaçar as mangas e dar um basta nesta safadeza. O negócio é contar tudo aos órgãos competentes, mas não podemos deixar de fora uma vírgula, inclusive esta esperteza de pertencermos a Secretaria de Administração e não na Educação como seria o certo, já que estamos diretamente em sala de aula com as crianças.
No blog há diversos endereços para denúncia, não custa nada acharmos um tempinho para escrevermos para estes órgãos, tenham certeza que eles lêem.

Maria do Pilar(Secretária de Educação Básica) em resposta ao nosso e-mail é direta quando diz que tem cumprido sua parte: "cada dia, as condições de trabalho dos educadores infantis vão melhorando, inclusive os salários; e reconhecer a especificidade do trabalho com a criança pequena é positivo principalmente para quem trabalha com a criança pequena(...)O Fundeb, o Pró Infantil (mais de 20.000 professores em formação), Pró Infância (são mais de 2000 escolas infantis já em construção), edital de tecnologias para a educação infantil, avaliação do atendimento (Indique e pesquisa com BID e Fundação Carlos Chagas). Enfim, reconhecemos o problema e temos atuado fortemente para que este nível educacional tenha mais atendimento e mais qualificado."
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Logo, se as coisas não acontecem em alguns municípios, a irresponsabilidade fica a cargo dos (as) Secretários(as)de Educação que em alguns casos mal sabem o que fazem frente as respectivas secretarias, muitos não conhecem as políticas da educação Infantil e nem se empenham em aprender.

Para meditar:

"Pensar que a esperança sozinha transforma o mundo e atuar movido por tal igenuidade, é um modo excelente de tombar na desesperança, no pessimismo e no fatalismo.(...)Enquanto necessidade ontológica, a esperança precisa ancorar-se na prática, precisa da prática para torna-se concretude histórica. É por isso que não há esperança na pura espera, nem tampouco se alcança o que se espera na espera pura, que vira assim, esperança vã."
Paulo Freire