Rumo a regulamentação de nosso cargo!!!

Mesmo após a LDB/1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) e o PNE/2001 (Plano Nacional de Educação), quando as creches deixaram de ter um caráter assistencialista e passaram a ser consideradas a primeira etapa da educação básica, onde quem trabalha em contato diretamente com as crianças é o professor e necessita ter a formação mínima em nível médio na modalidade normal para estar em sala de aula, muitos municípios continuaram a fazer concursos com a exigência de apenas nível fundamental ou médio, com nomenclaturas como auxiliar de recreação, berçário, auxiliar de creche, pajem, entre outras até os dias de hoje e como resultado disso exercemos atividades de docente, pois as creches de fato fazem todo o trabalho pedagógico, porém temos salários e direitos bem inferiores aos dos professores, mesmo tento a qualificação exigida por lei.

Convocamos aos ainda erroneamente chamados auxiliares, pajens, monitores, entre outras denominações a caminhar pela criação de nossa verdadeira identidade que é a de Professor de Educação Infantil, em muitos municípios profissionais como nós já conquistaram seus direitos agora é a nossa vez.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

O MEC ADMITE QUE OS AUXILIARES SÃO OS PROFESSORES DE EDUCAÇÃO INFANTIL

Postagem retirada do Blog Professores Leigos.

Algumas pessoas com pouco ou nenhum conhecimento sobre a Educação Infantil querem de qualquer maneira passar a ideia de que somos impostores, espertalhões. Nós entramos para as creche sem sabermos que seríamos na verdade PROFESSORES DE EDUCAÇÃO INFANTIL, esta profissão não foi nós que escolhemos, ela nos foi imposta pelos gestores.

Vejam no texto abaixo retirado dos arquivos do Ministério da Educação. Quem nos reconhece de professores é o próprio MEC.

Leiam:



Proinfantil qualifica formação de professores
Professores de Roraima participam de aula do Proinfantil.
Autor: Arquivo MEC

Ser professor é uma questão de vocação. Mas para trabalhar na área e promover um ensino de qualidade, é necessária uma boa formação. Foi pensando nisso que a professora Dilma Amorim decidiu ingressar no Programa de Formação Inicial para Professores em Exercício na Educação Infantil (Proinfantil).Ela sempre trabalhou com crianças e ensina na Creche Doutor Renato Veloso Lima, de Cajazeiras XI, em Salvador (BA). Entretanto, sentia falta de qualificação para o trabalho que contava apenas com sua paixão pela sala de aula.

Com o Proinfantil, ela conseguirá a formação exigida pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) e continuar dando aulas.A professora conta que começou a cursar o magistério há muitos anos, mas não conseguiu concluir. “Infelizmente não pude concluir, mas esse é o trabalho que eu amo”, afirma. Com a oportunidade de conseguir a formação necessária para continuar trabalhando, ela conta que já mudou até a postura em sala de aula. “Já me sinto mais segura para ensinar. Estou feliz por participar do Proinfantil.

É a oportunidade que sempre quis ter”, conta ela, que considera fazer um trabalho com mais confiança e mais qualificado do que na época em que não tinha formação.Dilma recebe, além do arcabouço teórico, toda orientação para trabalhar com crianças. E toda a formação pode ser feita paralelamente à sala de aula. Ela não precisa abandonar seus alunos para estudar e conseguir um diploma.O Proinfantil é um curso em nível médio, semipresencial, em parceria com estados, municípios e universidades direcionado aos professores de educação infantil em exercício nas creches e pré-escolas das redes públicas e da rede privada sem fins lucrativos. Tem 3.392 horas e duração de dois anos.

Foi implementado pelo Ministério da Educação em 2005 e tem previsão de término para julho de 2011. Até lá serão formados 17.151 professores com habilitação no magistério em educação infantil.De acordo com a professora da Agência Formadora de Uruaçu (GO), Rúbia Rosa Guerra, que participa do Proinfantil, ofertar essa oportunidade para pessoas que gostam de ensinar mas não têm a habilitação adequada é fundamental tanto para os profissionais quanto para os alunos.

“Antes dos cursos do Proinfantil, encontrávamos na sala de aula do ensino infantil ‘professores’ que não tinham nem o ensino fundamental completo. Muitos ficaram sem estudar por anos.Alguns eram voluntários vindos de outras áreas da escola, como profissionais da limpeza”, relata. Rúbia diz que um professor do ensino infantil sem formação é mais um cuidador de crianças, pois não tem a qualificação necessária para trabalhar com a educação dos alunos. “Precisamos dar formação a esses profissionais, dar-lhes condições de exercer o trabalho e não apenas mantê-los como cuidadores, porque era o que eles faziam”, diz Rubia.

As aulas presenciais do Proinfantil acontecem nos polos do curso nos municípios e as atividades a distância são acompanhadas por tutores da Secretaria Municipal de Educação local. Os professores formadores, que ministram o curso nos municípios são qualificados por um grupo de 13 universidades federais que aderiram ao programa.

O Proinfantil é um programa do Ministério da Educação em parceria com municípios e universidades.Participam municípios de 18 estados, sendo oito da região Nordeste: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe; quatro da região Norte: Amazonas, Rondônia, Pará e Roraima; três do Centro-Oeste: Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul; dois do Sudeste: Minas Gerais e Rio de Janeiro; um do Sul, Paraná.(Assessoria de Comunicação SEED/MECCopiado do http://http//portaldoprofessor.mec.gov.br

6 comentários:

http://professoresleigos.blogspot.com/ disse...

Estamos juntos nesta luta!

Reconhecimento já!!!

Unknown disse...

Pois é... andando pelo site SME, fui fuxicar e achei a educação em números...
SME - Secretaria Municipal de Educação
EDUCAÇÃO
Educação em Números

.................................

1.063 Escolas
255 Creches Públicas Municipais em horário integral
177 Creches conveniadas
10 Espaços de Desenvolvimento Infantil

Alunos matriculados

Educação Infantil
Creche: 33.961 alunos
Pré - Escola: 68.203 alunos


Ensino Fundamental
1º segmento: 310.110 (1º ao 5º ano)
2º segmento: 229.141 alunos (6º ao 9º ano)


Educação Especial: 5.240 alunos
Programa de Educação de Jovens e Adultos/EJA: 22.548 alunos

Total Geral: 669.203 alunos matriculados

Unidades de Extensão
Clubes Escolares: 12
Núcleo de Artes: 10
Pólos de Educação pelo Trabalho: 18

Atendidos por:
36.487 professores
13.167 funcionários de apoio administrativo

* Última atualização em dezembro de 2010.

..................................
Será q alguém pode me tirar uma dúvida? em qual quadro estamos encaixados? em 36.487 professores
13.167 funcionários de apoio administrativo? Se não somos prof. muito menos apoio administrativo...
Bjs a todos e contem comigo!
Nanda

fabiana gomes disse...

ESTOU MUITO ORGULHOSA PELA GARRA DAS MENINAS QUE LUTAM PELA CATEGORIA E GOSTARIA DE PEDIR QUE AS PESSOAS SE UNAM PARA ESSA LUTA.ESTAMOS JUNTAS!!!

Mari disse...

Ola companheiras de luta, já fiz esta pergunta varias veses na minha secretaria mas nimgem consegue me esclarecer pois a LDB bem como a lei 12014 ao descriminar as categorias de profissionais da Educação assim dispõe; “Art. 61. Consideram-se profissionais da educação escolar básica os que, nela estando em efetivo exercício e tendo sido formados em cursos reconhecidos, são:
I – professores habilitados em nível médio ou superior para a docência na educação infantil e nos ensinos fundamental e médio;
II – trabalhadores em educação portadores de diploma de pedagogia, com habilitação em administração, planejamento, supervisão, inspeção e orientação educacional, bem como com títulos de mestrado ou doutorado nas mesmas áreas;
III – trabalhadores em educação, portadores de diploma de curso técnico ou superior em área pedagógica ou afim.
Parágrafo único. A formação dos profissionais da educação, de modo a atender às especificidades do exercício de suas atividades, bem como aos objetivos das diferentes etapas e modalidades da educação básica, terá como fundamentos:
Será que nossos gestores não conhecem as leis que regem a Educação ou será que isso é uma forma camuflada de obter mão de obra qualificada e barata? pois realmente se não estamos nos numeros de professres então só pode que estamos no administrativo, ironico não? bjus tenho certeza que juntas iremos vencer esta batalha.

mauricio disse...

Mauricio
Em 2006 prestei concurso público para recreador de creche na prefeitura Municipal de São Bento do Sul SC.
Alem da prova escrita exigiu-se curso de Magistério o qual possuo. Em janeiro de 2007 por lei municipal passamos ao cargo de professor de educação infantil e os auxiliares de creche passaram ao cargo de atendentes educativos. Desde então fazemos planos diários de aula e planos anuais.
Porem quando mudou de prefeito e assumiu a oposição ao anterior prefeito entraram com uma representação no ministerio publico alegando ser inconstitucional a referida lei. Nunca foi nos alertados deste. O atual prefeito entrou com representação no ministério publico com uma ADIN, e agora que ficamos sabendo do processo, sendo que foi aberto concurso publico para professor de educação infantil a dois meses.
Nosso trabalho é de professor mas por picuinhas políticas perdemos nós profissionais da educação e os alunos.
Infelizmente no Brasil saúde e educação ficam relegadas a segundo plano.

Unknown disse...

PARABÉNS PELA LUTA, AQUI EM SOROCABA ESTAMOS ENFRENTANDO PROBLEMAS, AUXILIAR DE EDUCAÇÃO ESTÁ EM DUAS SECRETARIAS: EDUCAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO, JORNADA DE 8 HORAS, SALAS SUPER LOTADAS...EDUCAÇÃO PASSA POR VALORIZAÇÃO DO PROFISSIONAL!