Rumo a regulamentação de nosso cargo!!!

Mesmo após a LDB/1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) e o PNE/2001 (Plano Nacional de Educação), quando as creches deixaram de ter um caráter assistencialista e passaram a ser consideradas a primeira etapa da educação básica, onde quem trabalha em contato diretamente com as crianças é o professor e necessita ter a formação mínima em nível médio na modalidade normal para estar em sala de aula, muitos municípios continuaram a fazer concursos com a exigência de apenas nível fundamental ou médio, com nomenclaturas como auxiliar de recreação, berçário, auxiliar de creche, pajem, entre outras até os dias de hoje e como resultado disso exercemos atividades de docente, pois as creches de fato fazem todo o trabalho pedagógico, porém temos salários e direitos bem inferiores aos dos professores, mesmo tento a qualificação exigida por lei.

Convocamos aos ainda erroneamente chamados auxiliares, pajens, monitores, entre outras denominações a caminhar pela criação de nossa verdadeira identidade que é a de Professor de Educação Infantil, em muitos municípios profissionais como nós já conquistaram seus direitos agora é a nossa vez.

domingo, 11 de setembro de 2011

EDUCAÇÃO INFANTIL E SUAS INFINITAS CONTRADIÇÕES...

Comentário retirado da postagem: PARA QUEM ACHA QUE PODE ABUSAR DA JUSTIÇA...


Franciely disse...

Ser ou não ser,eis a questão!!!

Pois é,essa é a atual situação em que me encontro! Já até estava me conformando com a situação de que somos apenas "Meros" Atendentes de Educação aqui em minha linda cidade de Praia Grande. Porém após ler e reler uma revista que foi distribuida aos pais de alunos na rede municipal, acabei mais confusa ainda!

Nessa revista o artigo que a Prefeitura divulga é esse:....(Até mesmo os hábitos de higiene que fazem parte do cotidiano são utilizados como fonte de aprendizagem. Na hora do banho, por exemplo, o professor aproveita para conversar com a criança sobre a importância da higiene. Na hora das refeições, ensina sobre a importância de lavar as mãos e ainda fala sobre o valor da alimentação. Outras ações cotidianas como lavar as mãos e ainda fala sobre o valor da alimentação......

Em outro trecho diz:...Toda essa preocupação do município com a educação dos pequenos tem uma razão de ser. Estudos provam que a fase pré escolar é a mais importante para o desenvolvimento da criança. É nesse período que seu cérebro mais faz conexões que permitem o aprendizado.Cientes disso,os profissionais da creche realizam um trabalho pedagógico planejado e diferenciado,voltado especificadamente às necessidades dos pequenos....Tanto cuidado e atenção, aliado ao carinho e afetividade demonstrados pelos professores, estimulam na criança a autoestima e a confiança na sua capacidade.Bem acolhida,ela passa a enxergar a creche como sua segunda casa e seus pais ficam tranquilos,indo para o trabalho com a certeza de que seus filhos estão em boas mãos...(esse trecho foi retirado do artigo).

Com certeza é assim que vivemos na creche, essa é realmente nossa realidade, trabalhamos com dedicação às nossas crianças, porém o engraçado é:

Como uma revista publicada pela prefeitura de nossa cidade divulga esta matéria?

Querem passar para os pais de alunos que somos professores? Por que será?

Já que nosso salário, carga horária, uniformes e atribuições não lembram nenhum pouco o cargo de Professor de Ed. Infantil(aliás lembra sim,qdo devemos mostrar serviço).

Realmente, nossa classe precisa estar unida, mas infelizmente vemos as pessoas se sentindo cada vez mais desanimadas com os atuais acontecimentos. Não devemos nos deixar abater! Logo logo chegaremos lá.

Aí sim seremos quem realmente somos: Professores de Educação Infantil com muito orgulho!

Olá Franciely !

Infelizmente essas contradições são facilmente encontradas em muitos municípios deste nosso país. Como pudemos notar, os municípios em geral, entendem muito bem o que o MEC diz no que tange a importância da educação infantil e como deve ser o atendimento adequado que as crianças têm direito.

O problema é que esses mesmos gestores se fingem de cegos, surdos e mudos na hora de cumprir a determinação do MEC no que diz respeito ao reconhecimento e a valorização dos profissionais que atuam na educação infantil. O comentário a seguir é de um anônimo e diz resumidamente a armadilha que os municípios continuam livremente armando pelo país a fora:

O MEC tem por obrigação investigar os critérios de seleção de educadores de todas as esferas do governo. Até quando viveremos num país que não põe em prática suas leis? E quanto a Educação Infantil, até quando os cidadãos serão equivocamente atraídos a prestar um concuso de nível fumental e ao tomar posse virar EDUCADOR?

Acreditamos que um bom caminho para resolvermos esta situação é a informação, temos que explicar para a sociedade essa nova/velha concepção da educação infantil, precisamos informar, principalmente, aos pais, quem é o profissional que verdadeiramente para o dia inteiro educando seus filhos e como esse profissional é discriminado e deixado de lado pela gestão do município.

Além disso, aproveito a oportunidade de lembrar a todos sobre nosso abaixo assinado, cujo o link está logo ao lado, queremos chegar a pelo menos a cinco mil assinaturas para encaminharmos ao governo federal, pedindo a elaboração de medidas que pressionem os municípios a regularizarem a situação de milhares de profissionais em todo o país.

Encontramos no site do município de Praia Grande uma matéria falando sobre os investimentos do município na educação infantil, nesta matéria há alguns trechos que nossa colega Franciely citou. Confira aqui a matéria.

Precisamos de mobilização! Colabore om nosso abaixo assinado.

4 comentários:

Anônimo disse...

Pois é,tbém sou atendente de Educação em Praia Grande.Aqui a Prefeitura está tentando nos "PRESENTEAR" com um Plano específico para a categoria,que não lembra nem de longe o que almejamos!!! Isso é correto?

Zélia de Assis Aguiar Will disse...

Na verdade quero entender a Emenda Aditiva ao Plano Nacional da Educação Sr. Deputado Carlos Zaranti. dar cumprimento a lei nº 9394/96. Caso essa emenda seja aprovada no Plano Nacional de Educação, essa reestruturação só vai acontecer para os profissionais que já tem uma carreira nas creches desde o período de assintência social? o que vai mudar para os auxiliares, que estão entrando nesses novos concursos que as prefeituras de todo o Brasil estão realizando?

Anônimo disse...

Pois é,sou tbém de Praia Grande e aki querem nos "presentear" com um plano de carreira específico,onde existem atribuições de acordo com o que a secretaria de educação e alguns representantes das creches fizeram através de reuniões mensais.Gostaria de saber:Como fica nosso caso,se o Ministro Regulamentar nossa categoria?

Tereza D'ávilla disse...

Que a Lei Franciely (que por sinal é lei federal)seja cumprida!Que pessoas sem capacidade Profissional para estar atuando na área (A prazerosa e linda área, que é a educação infantil,onde cuidar e educar são a mesmíssima coisa!) como a "suposta" Professora Alis Volat Propriis Comentou tão presunçosamente. Se sente tão hierarquicamente cheia de razão.Que ela seja enquadrada nos rigores da Lei! Coloque seu amor e suas habilidades pedagógicas para cumprir a Lei! Seu dever como educadora, e cuide de todas as necessidades da criança.Seja física ou pedagógica,porque as duas coisas são indissolúveis( E que Deus tenha piedade de sua alma tão mal informada kkkkkkk)Quanto a você Franciely,agradeço por sua contribuição tão inteligente e perspicaz!Obrigada.Continue a nos mandar novidades sobre as tentativas sujas e ilegais da Prefeitura de Praia Grande contra os Educadores .