Rumo a regulamentação de nosso cargo!!!

Mesmo após a LDB/1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) e o PNE/2001 (Plano Nacional de Educação), quando as creches deixaram de ter um caráter assistencialista e passaram a ser consideradas a primeira etapa da educação básica, onde quem trabalha em contato diretamente com as crianças é o professor e necessita ter a formação mínima em nível médio na modalidade normal para estar em sala de aula, muitos municípios continuaram a fazer concursos com a exigência de apenas nível fundamental ou médio, com nomenclaturas como auxiliar de recreação, berçário, auxiliar de creche, pajem, entre outras até os dias de hoje e como resultado disso exercemos atividades de docente, pois as creches de fato fazem todo o trabalho pedagógico, porém temos salários e direitos bem inferiores aos dos professores, mesmo tento a qualificação exigida por lei.

Convocamos aos ainda erroneamente chamados auxiliares, pajens, monitores, entre outras denominações a caminhar pela criação de nossa verdadeira identidade que é a de Professor de Educação Infantil, em muitos municípios profissionais como nós já conquistaram seus direitos agora é a nossa vez.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

A CADA DIA ESTAMOS MAIS FORTES: PARA O BEM DAS CRIANÇAS

Comentários retirados das postagens: REVISÃO DAS DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA..., A BUSCA DA CATEGORIA POR RECONHECIMENTO ESTÁ CADA ...e CONCURSO PÚBLICO PARA PROFESSORES DE EDUCAÇÃO INFANTIL...

"No Guaruja a situação esta bem confusa, existem as pajens que trabalham a mais de 15 anos na prefeitura com carga horaria de 30 horas semanais, outras pajens de concurso de 2006 que fazem 40 horas semanais e ambas possuem o mesmo salario base, e agora em 2010 foi feito um concurso para auxiliar de educação infantil com um salario base maior e com carga horaria de 40 horas semanais. Onde entra o plano de carreira se persistem no erro, profissionais exercendo a mesma função com carga horaria e salario diferente ."

Isso demonstra a falta de respeito que as autoridades da educação brasileira têm conosco, como podem pregar aos quatro cantos que estão lutando por uma Educação Infantil de qualidade se os profissionais que são a peça chave desse processo, pois são os responsáveis diretos pela educação dessas crianças, são tratados desta maneira?


"Ola, sou de Santos, e aqui somos chamadas de monitoras de creche. A prefeitura pagou a faculdade de pedagogia para todas as monitoras, nos formamos em 2004, desde então a nossa batalha pelo reconhecimento ou nossa transformação em professoras tem sido constante e exaustiva. Eramos quase 300, no ultimo concurso par professoras muitas participaram e outras não fizeram. Por acreditar que não poderia fazer um concurso para fazer a mesma coisa que ja fazia, não participei do concurso. Hoje somos 129 que não desistem da luta, a cad dia é uma batalha que esperamos gsnhar em breve, se tivermos novidades, me disponho a postar aqui."

Cara colega,


Outros municípios já relataram esta bagunça, onde profissionais trabalham no mesmo lugar, realizando a mesma atribuição porém com nomenclaturas e salários diferentes. Um absurdo!

Geralmente os gestores dos municípios vivem muitos felizes, já que para continuar com mão-de-obra barata, continuam com a nomenclatura de auxiliar e realizam concurso com nível fundamental, depois qualificam os auxiliares, e são capazes de pensar que está tudo certo: pessoal qualificado a preço de banana. Porém quando acordamos e vamos cobrar nossos direitos eles finalmente criam o cargo de Professor de Educação Infantil, mas dizem que não podemos ter os memos direitos dos PEIs, já que fizemos concurso sem a exigência de magistério.

Esta é a situação que os Agentes Auxiliares de Creche do Rio de Janeiro-RJ estão prestes a passar. Em breve será realizado o concurso de Professor de Educação Infantil.


"Esse concurso é ilegal. Nós, Agentes Auxiliares de Creche do Rio de Janeiro já desempenhamos a função de PEI. A prefeitura alega ser inconstitucional o nosso reconhecimento. Desempenhamos a função docente durante 2 anos, tendo feito concurso a nível fundamental. Isso não é iconstitucional? "


Pois é minha(o) cara(o),

talvez o concurso em si não seja ilegal, ilegal é nossa situação, ilegal é nos fazer de palhaços, é nos explorar e mais ilegal ainda como você bem disse é promover um concurso público ilegal com o nível de escolaridade insuficiente, onde cumprimos a muito tempo a função de Professor de Educação Infantil e continuaremos a cumprir(a não ser que rasguem os documentos do Ministério da Educação) e agora virem com esta desculpa de inconstitucionalidade para profissionais que continuarão a desempenhar atribuições de mesma natureza. A mudança de nomenclatura não mudará nossas funções.


Já encontramos vários pareceres (do tribunal de contas, MP,...) e a própria lei do FUNDEF (atual FUNDEB), relatando que deve ser assegurado a inclusão dos professores leigos no plano de cargos e carreiras do magistério adquirindo assim todos os direitos dos professores, sem a necessidade de passar por um novo concurso, desde que o profissional obtenha a qualificação de magistério.


Ora se nossas atribuições são hoje as atribuições do professor de educação infantil, então nós somos os professores leigos da educação infantil. Bem, este perfil se encaixa em apenas uma parte de nós, que ainda não possui a formação de magistério, já que muitos de nós já possuem a formação correta, porém seus direitos são desrespeitados.

Alguns municípios de São Paulo e outros estados brasileiros, seguiram este raciocínio e regularizaram a situação dos Auxiliares de Creche, porém outros municípios insistem em diminuir o trabalho docente que desenvolvemos.

Nossa luta já está dando frutos, os municípios já estão regularizando o cargo do Professor de Educação Infantil, se não houvesse cobrança, municípios como Rio de Janeiro, jamais criaria este cargo, já que o cargo de PEI já foi criado, o próximo passo para os AACs do Rio é a aprovação da lei que irá extinguir o cargo de AAC e os enquadrar com PEI, após qualificação.

Uma boa paralisação dá um jeito nessa bagunça.

No demais precisamos pressionar os órgãos competentes da educação brasileira, não podemos parar de exigir a regularização de nossa situação, o primeiro passo estamos dando que é a comunicação com esses órgãos, esperamos que eles estejam neste momento preocupados com com o descaso cometido pelos gestores municipais e estejam tomando algum tipo de atitude, precisamos também traçar uma linha de ação juntamente com todos os Auxiliares do país, por conta disso é importante que mandem seus e-mails.



Cada dia estamos mais fortes...

17 comentários:

Lú disse...

Uê, mas se fomos induzidos a fazermos concurso público errado, os orgãos públicos cometeram crime, e quem vai pagar por isso? nós? não! eles que se virem e dê um jeito no problemão que arrumaram na esperteza, na intenção de economizar, mas como economizar em se tratando de educação e ainda mais a Educação Infantil? isso é BRASIL minha gente!

Anônimo disse...

sou aline auxiliar de sala de educacao infantil em maceio aqui trabalhamos com criancas de ate 5 anos e nossa carga horaria e de ate 6 horas diarias ganhamos um salario minimo e o nosso vale e descontado do nosso salario diminuindo ainda mais estamos cursando o pro infantil e iremos terminar o curso em junho de 2011 e as previsoes com relacao a nossa situacao nao sao nada boas aqui o pessoal so quer correr atras de algo melhor apos o termuno do curso qualquer novidade que possamos nos unir pode mandar para o meu e/mail que eu passo para todos aqui alineurbanosilva@hotmail.com

Rafaella disse...

Pois é minha gente esta situação esta cada dia pior, nosso cargo não é reconhecido como tal,inicialmente tive a ilusão de apenas auxiliar do professor,mas diante a prática vi que este não existia a não ser eu...
Sou professora formada e atualmente curso Pedagogia em uma faculdade Federal e minha situação é angustiante, não concordo mesmo com o trabalho que exercemos quer isso tem que mudar, sem contar a precariedade também de funcionários nas instituições de Educação Infantil (creches),na minha situação só há um servente e eu também tenho que limpar o ambiente, por opção minha e pela instabilidade das crianças.
Isso me preocupa!!
Sou nova aqui e tenho muitas coisas para compartilhar.

Professora disse...

Seja bem vinda Rafaella!

Neste blog divulgamos muitos documentos e notícia a respeito de nosso problema, fique a vontade para dividir suas experiências e conhecimentos aqui, será muito útil para todos. Qual é o seu município?

Se preferir pode nos mandar um e-mail:

educacaoinfantilangra@hotmail.com

Anônimo disse...

Esta safadeza tem de acabar, no caso de nossa colega rafaela ela é que se dispõe a limpar o ambiente, mas existem creches que quando falta o zelador os auxiliares fazem a limpeza,quando faltam as merendeiras quem faz a comida são os auxiliares, fora que querem que limpamos janelas, portas, banheiro e por aí vai...mas a culpa é de quem? dos próprios auxiliares que são covardes, que não sabem dizer NÃO! o probelma é que um ou dois dizem não e o restante dos puxas- sacos corrrem logo e pegam a vassoura.Tem auxiliares que tem o que merece, pena que se a gente consegui valorização todos ganham, inclusive esses covardes.

Professora disse...

Prezada Aline,

A Desinformação é uma praga instalada entre os Auxiliares de Creche de todo país o que dificulta e muito nossa situação.Cada um reage de uma forma, nós por exemplo estamos aqui dando a cara a tapa, nos indispomos com os chefes que reagem com transferências, aplicam faltas inexistentes e outras maldades mais. Sabemos de Auxiliares que descontam sua desvalorização, seu estress nas crianças o que é bem pior,basta vermos reportagens na tv onde nos deparamos com profissionais a beira da loucura, maltratando, espancando, gritando com as crianças. Será que nossas autoridades de educação acham que isso é algo esporádico? temos certeza que não!para acabar com esses problemas que acontecem dentro das creches os gestores precisam combinar: Valorização, redução de carga horária e formação continuada, sem contar com tratamento para àqueles Auxiliares que já estão doentes.
Aline, pecisamos reagir a tudo isso que vem acontecendo conosco,precisamos também interar esses nossos colegas desinformados sobre o que é a Educação Infantil nos dias de hoje, isso é muito importante pois, precisaremos da ajuda de todos na hora certa.
Obrigada por nos enviar seu e-mail, precisaremos trocar informações em off.
Temos escrito para diversas redes de tv dando como sugestão de repostagem a situação vexatória que se encontram os profissionais da Educação Infantil brasileira, pedimos que faça isso também.
Beijos

AACs/Rio disse...

É cada coisa que leio neste blog com relação aos descasos cometidos contra auxiliares de creche tão necessários na educação e cuidados das crianças que nem acredito, só que estamos despertando para nossos direitos e começamos a lutar, por isso acho que cada vez está mais difícil prefeituras com dirigentes metidos a espertalhões contarem com auxiliares retardados e otários(se bem que tem muitos por aí)quanto maior o quantitativo de auxiliares sendo explorado, maior vai ser a dor de cabeça deles.

Professora disse...

Cara AACs/Rio,

Entendemos sua revolta com alguns Auxiliares de Creche, mas pedimos calma e ponderação, afinal somos todos colegas, pensamos que nem todas as pessoas tem o mesmo espírito de luta, isso quer dizer que nem sempre é covardia e coisas do tipo, lógico que há àqueles que além de não cooperar ainda atrapalham, estas pessoas precisam ser ignoradas.
Abraços.

Marcia Nunes disse...

TODA ESSA DIFRENÇA DE DIVERSOS SALÁRIOS E CARGA HORÁIA DO GUARUJÁ É INCONSTITUCIONAL E FERE O PRINCÍPIO DA ISONOMIA. PROCURE NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL E DENUNCIE NO M.P. DE SUA CIDADE.

Anônimo disse...

Em qual MP devemos denunciar?
Será que estes órgãos farão com que a Prefeitura do Rio de Janeiro cumpra com o que normatiza a LDB?
O MEC não deveria intervir?
Estamos perdidas e sem qualquer ajuda por parte dos órgãos públicos.

Professora disse...

Anônimo(a) de 22:24
Vá até o MP de sua cidade, ainda podemos fazer denúncia no MP Federal:http://2ccr.pgr.mpf.gov.br/formulario/denuncia/index.htm.

Acreditamos sim que O Ministério Público possa nos ajudar a pressionar os administradores municipais no sentido de nos valorizar pelo trabalho importante que desenvolvemos junto às crianças na Educação Infantil.
O MEC devia intervir sim afinal são eles que fazem as normas para que sejam cumpridas pelos municípios, algo que não acontece.
Temos escrito de forma incansável para o MEC cobrando uma posição desse órgão, pedimos que todos façam o mesmo.
Um abraço.

Anônimo disse...

Estou no Ensino Médio, FORMAÇÃO DE PROFESSORES, e me formo este ano. Irei prestar o Concurso para professor de Educação Infantil. Imagino a indgnação dos auxiliares , porém venho lembrar o nível de escolariedade que a LDB exige para a pessoa tomar posse da função em questão. Essa história de que a creche e a pré-escola só servem para a criança " brincar , sem objetivo" ou até mesmo "somente atender as necessidades das familias que trabalham", tudo isso já caiu por terra! Auxiliares , sem vcs os professores não dariam conta do recado, mas se quiserem ser chamados de educadores, façam o curso normal, que vale lembra SÃO 4 ANOS DE PREPARAÇÃO , ou façam curso SUPERIOR, que também SÃO 4 ANOS! Beijos e até o ano que vem, em alguma escola dessas. \o/ Ah , só lebrando, eu ralei MUITO para ser chamada de PROFESSORA !!!

Professora disse...

Nós também estamos dando um duro fazendo o curso de FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE EDUCAÇÃO INFANTIL,oferecido pelo Governo Federal, exatamente para ficarmos de acordo com o que reza a LDB, muitos auxiliares já possui o Magistério e até Pedagogia. Quem disse pra você que a creche e pré-escola são só para brincar? não foi aqui no blog não né?
Você tem razão, um professor sozinho não dá conta de vinte e cinco crianças, é por isso que o MEC determina que são três ou quatro professores e NENHUM auxiliar.
Você demonstra ser analfabeta com relação a Educação Infantil, todas as pessoas que de início zombaram de nós e depois foram averiguar a literatura da Educação Infantil murcharam, viram que não estávamos delirando.Esperamos que aconteça isso com você também.
Deixe de ser preconceituosa, respeite nossa causa, veja o trabalho que desenvolvemos dentro das creches e certamente passará a nos apoiar.
Abraços.

Ana Paula disse...

querida anônima,
também me sinto muito preparada!!!!!! Fiz o magistério no CEFAM (4 anos, período integral), pedagogia, e no momento pós em psicopedagogia!!!!!!
Hà 13 anos , entrei na prefeitura como pajem, pq queria trabalhar com educação infantil, e a LDB ja dizia que éramos professores. Sempre me senti como tal, apesar de toda a falta de valorização por nossos serviços. A sua visão de creche está ultrapassada demais!!!!!!!!!
Vc pode até me dizer que poderia ter prestado outro concurso para professor, mas não achei necessário, pq sempre amei o que faço, e acreditei na valorização, a qual estamos a um passo.
Muito boa sorte qdo prestar concurso, e tenho certeza que assim como a maioria aqui, vai amar a educação infantil!!!!!!!!

NEL disse...

E ISSO MESMO ANA PAULA ME SINTO MUITO FELIZ AO OUVIR ESSE COMENTÁRIO DE UMA GUERREIRA PORQUE NÓS AUXILIARES DE SALA COMO SOMOS ASSIM CHAMADAS AQUI EM FLORIANÓPOLIS AMAMOS O QUE FIZEMOS E ACREDITAMOS NESSA PROFISSÃO TÃO ABENÇOADA QUE É A DE EDUCADORA QUE É O QUE SOMOS, TAMBEM TENHO FORMAÇÃO PARA EXERCER A PROFISSÃO A QUAL EXERÇO EM UM DOS PERIODOS LECIONANDO NO PRIMEIRO ANO DOS ANOS INICIAIS ,E SOU AUXILIAR DE SALA EM OUTRO ISSO SIGNIFICA QUE SOU PROFESSORA. NOSSA LUTA AQUI TAMBEM É ARDUA MAIS NÃO VAMOS DESISTIR PORQUE SOMOS PROFISSIONAIS QUALIFICADAS E MERECEMOS UM SALÁRIO DIGNO.

Lila disse...

Olá!
Sou aux. de creche e li sobre o curso ead para ser professor de educação infantil, que daria direito a ser inclída no plano de cargos e salários com aumento. Isto é verdade? O curso ainda existe? como me inscrevo? Desde já, agradeço a resposta, Lila. ltorj74@gmail.com

Professora disse...

Olá Lila,

Achamos que o curso o qual você se refere seja o Proinfantil, ele é um curso a distância destinado aos auxiliares de creches sem a formação necessária, teoricamente era o que deveria acontecer, após formação o enquadramento como professores de Educação Infantil, pois esta atribuição de cuidar e educar cumprimos nas creches, mas depende da mentalidade e também de como o prefeito de cada cidade vê a Educação Infantil, se estes não tem intenção de elevar a qualidade no atendimento às crianças, continuam contratando "cuidadores ou babás", contrariando a Legislação Federal e o MEC.\