Rumo a regulamentação de nosso cargo!!!

Mesmo após a LDB/1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) e o PNE/2001 (Plano Nacional de Educação), quando as creches deixaram de ter um caráter assistencialista e passaram a ser consideradas a primeira etapa da educação básica, onde quem trabalha em contato diretamente com as crianças é o professor e necessita ter a formação mínima em nível médio na modalidade normal para estar em sala de aula, muitos municípios continuaram a fazer concursos com a exigência de apenas nível fundamental ou médio, com nomenclaturas como auxiliar de recreação, berçário, auxiliar de creche, pajem, entre outras até os dias de hoje e como resultado disso exercemos atividades de docente, pois as creches de fato fazem todo o trabalho pedagógico, porém temos salários e direitos bem inferiores aos dos professores, mesmo tento a qualificação exigida por lei.

Convocamos aos ainda erroneamente chamados auxiliares, pajens, monitores, entre outras denominações a caminhar pela criação de nossa verdadeira identidade que é a de Professor de Educação Infantil, em muitos municípios profissionais como nós já conquistaram seus direitos agora é a nossa vez.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

FLORIANÓPOLIS TAMBÉM LUTA PELO FIM DA EXPLORAÇÃO DOS AUXILIARES DE CRECHE

Comentário retirado da postagem: POR QUE TANTO PRECONCEITO E DESIGUALDADE COM OS PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO INFANTIL?


Luta dos Auxiliares de Sala de Florianópolis:

Que bom que encontrei companheiras Auxiliares de Sala que lutam pelo reconhecimento de um direito que já deveria ser de iniciativa dos patrões de plantão e do próprio MEC, que não deveria permitir que no século XXI, explore a mais valia de trabalhadores, ou seja: ainda exista trabalho escravo na educação. Digo escravo, pois temos formação e uma jornada de 30 horas, onde desenvolvemos a ação pedagógica e ainda ficamos sozinhas com crianças por duas horas, SÓ NÃO recebemos como professor.

Sou auxiliar de sala há 25 anos em Florianópolis-sc e desde então, junto com o segmento destes profissionais travamos várias lutas e tivemos conquistas como: férias de 65 dias (aqui os professores tem este período de férias contando com o recesso de julho), uma gratificação especial de 20% para o (a) auxiliar (por que não recebe hora atividade e nem regência de classe) e outra também de 20% de incentivo a formação (tínhamos muitas que não tinham a formação de magistério). Em Acordo coletivo garantimos uma Lei onde a Prefeitura se responsabilizou a fornecer curso de pedagogia e também a isenção da taxa do vestibular. Dessa forma, incentivamos e hoje todas já possuem a formação.

Outra conquista foi fazer com que os auxiliares de sala fossem reconhecidos como profissionais da educação, participando das reuniões pedagógicas e contribuindo para o planejamento (antes, nós ficávamos limpando e organizando sala e materiais. Conquistamos e garantimos lotação na Unidade. Antes a secretaria podia nos remover para qualquer Unidade que bem entendesse. Garantimos com isso, o direito de pedir remoção. Mas nossa luta não terminou. Há anos lutamos para passar para o quadro do magistério e ser considerado professor de ed. infantil e valorizado como tal. Na nossa rede estamos com uma comissão discutindo alterações no Estatuto do Magistério daqui, e esta comissão está estudando uma forma de passar os auxiliares de sala para o quadro do magistério para então ter os mesmos direitos dos professores.

Neste momento, estamos na luta para inclusive receber como nível médio, pois recebemos ainda como nível fundamental mesmo tendo formação de magistério ou superior em pedagogia. Neste ano já fizemos greve e conseguimos em acordo promessa para que esta nossa reivindicação seja atendida até janeiro de 2011. Mesmo estando de férias neste período, vamos estar mobilizadas para tirar ações caso não seja cumprida. Estou passando este relato para que companheiras, lutadoras saibam de nossa luta por aqui e quem sabe poderemos organizar uma ação em nível nacional pelo reconhecimento e valorização destes profissionais da educação. Continuemos fazendo contato.

Janete

Olá Janete!


Nossa situação está ainda pior que a de vocês, aqui trabalhamos 35 horas semanais (no município do Rio de Janeiro são 40h) e ficamos toda parte da tarde sozinhos com as crianças, ou seja, das 11:30 às 17:00 h, além do recesso de meio e fim de ano, durante às férias dos professores todo mês de Janeiro, quando os professores ficam de licença médica, quando vão para formações continuadas, quando fazem reunião de coordenação uma vez por semana e quando são chamadas periodicamente pela direção para reuniões "extraordinárias".

Sabemos que o tão sonhado enquadramento como professores de educação infantil ainda não chegou para vocês, mesmo assim vocês estão há anos luz dos profissionais daqui do Estado do Rio de Janeiro, aqui a Educação Infantil é ignorada pelos admistradores, enquanto em seu município há incentivos para formação em nível superior, nossa secretaria de educação parece lamentar o dia em que aderiu ao Proinfantil(formação em nível médio normal), só porque começamos a lutar por uma remuneração compatível a complexidade e a correta escolaridade de nosso cargo. Desta forma, incentivos para formação de nível superior... Nem pensar!

Pelo menos. com a mobilização da categoria, seu o município estuda uma forma de alterar o Estatuto do Magistério para beneficiar vocês, aqui eles estão sempre arrumando uma maneira de punir os auxiliares que se atrevem a lutarem por seus direitos, eles tentam é colocar um auxiliar contra o outro, professores contra auxiliares, autorizar direções a perseguir funcionários, portanto, bem diferente da atitude tomadas pelos admistradores de Florianópolis.

Falar em greve em Angra dos Reis, ao invés de um direito Constitucional, é o mesmo que estar cometendo um crime, muitos se assustam com esta possibilidade legal. Pela total falta de ação dos gestores aqui de Angra em mudar nossa situação, não haverá outra alternativa. Tudo é questão de acostumar com a ideia...

Pensamos também numa mobilização a nível nacional, precisamos chamar atenção do Ministro da Educação para nossa causa e também do MEC, que nos qualifica mas não cobra dos gestores nossa valorização.

Quando se tem a frente das Secretarias de Educação pessoas comprometidas com uma educação de qualidade, onde profissionais são valorizados e respeitados, quem mais ganha são as crianças. Já citamos aqui municípios que corrigiram o erro desastroso cometido aos profissionais de creche, sendo assim não queremos nada impossível.

Vamos aguardar, o blog tem cumprido seu papel, aqui ficará o nome do administrador que está contribuindo para a evolução da Educação Infantil, assim como o de quem tem contribuído para sua estagnação.

P,S.: Janete, a respeito da mobilização nacional temos uma ideia de como poderíamos começar. Nos mande um e-mail: educacaoinfantilangra@hotmail.com

6 comentários:

Anônimo disse...

Por que os Auxiliares de todo Brasil não se juntam em prol de suas reinvidicações?

nina disse...

Estamos sempre na luta .A prova disso é ess eblog e tantos outros que vemos na Internet.Ainda temos muito que lutar ..Somos os Verdadeiros PROFESSORES DA EDUCAÇÃO INFANTIL

Profª Maria Helena disse...

Sou professora, de Porto Alegre, sou parceira nesta luta.
Tenho um blog também: http://lutandopelosdireitosdaeducaçãoinfantil.blogspot.com

Professora disse...

Olá! Ficamos felizes em saber da existência de mais um blog sobre a educação infantil, mas não conseguimos acessá-lo. O endereço é correto?

Um abraço.

Profª Maria Helena disse...

Oi, estou enviando o endereço correto, é educacao, sem o cedilha e sem o til: http://lutandopelosdireitosdaeducaoinfantil, desculpa a falha!
Aguardo vocês com idéias, depoimentos, sugestões e tudo o mais, um grande abraço!

Anônimo disse...

lianinha
oi,na minha cidade exige-se o magistério para ser auxiliar de educação,mas de tanto a gente lutar por sálario melhor retiraram as auxiliares do estatuto do magistério,dizendo que estamos ilegais e também não temos mais coordenação para não pedirmos mais nenhum direito ou salarios melhores
Orlândia,sp