Rumo a regulamentação de nosso cargo!!!

Mesmo após a LDB/1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) e o PNE/2001 (Plano Nacional de Educação), quando as creches deixaram de ter um caráter assistencialista e passaram a ser consideradas a primeira etapa da educação básica, onde quem trabalha em contato diretamente com as crianças é o professor e necessita ter a formação mínima em nível médio na modalidade normal para estar em sala de aula, muitos municípios continuaram a fazer concursos com a exigência de apenas nível fundamental ou médio, com nomenclaturas como auxiliar de recreação, berçário, auxiliar de creche, pajem, entre outras até os dias de hoje e como resultado disso exercemos atividades de docente, pois as creches de fato fazem todo o trabalho pedagógico, porém temos salários e direitos bem inferiores aos dos professores, mesmo tento a qualificação exigida por lei.

Convocamos aos ainda erroneamente chamados auxiliares, pajens, monitores, entre outras denominações a caminhar pela criação de nossa verdadeira identidade que é a de Professor de Educação Infantil, em muitos municípios profissionais como nós já conquistaram seus direitos agora é a nossa vez.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

VEJAM BRASIL QUE ABSURDO!!!! ESSA É A POSTURA DA SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DE ANGRA DOS REIS-RJ

Secretaria de Educação do Município de Angra dos Reis não perdoa auxiliar de creche que tenta lutar por direitos, usam dos mais sujos e repugnantes meios para frear manifestações trabalhistas ordeiras, garantidas pela Constituição Federal.

Leiam:

Postagem retirada do grupo de debate At-Espaço Educação:

Hoje ao chegar à creche para trabalhar, fui informada pela direção que deveria comparecer de pronto ao RH, estanhei a urgência, segui pra lá. Pra minha surpresa fui posta à disposição, estava sendo transferida para a Secretaria de Ação Social sem ao menos ter sido notificada.

Para ter acesso a essa informação precisei abrir um processo administrativo, e aguardar de dez a quinze dias. O correto e ético não seria eu ser chamada pela direção e tomar ciência da minha transferência e sua causa? Estou sem saber até agora o porquê,ou melhor, sei sim.

É por que falo o que vejo de errado, falo por exemplo que as crianças das creches, apesar de toda essa dinheirama que a prefeitura tem em seus cofres, passam apuros, é na alimentação, nas acomodações, na falta de materiais para as atividades, que não aceito tirar do meu salário para ajudar a creche se manter, que a maioria das creches funcionam de forma precária, que fomos enganados, fazemos trabalho docente e não ganhamos pra isso, falo do empreguismo, que escrevo no blog da educação infantil sobre a incompetência e desleixo da secretaria de educação para com a educação infantil, que Tuca Jordão está cercado de pessoas incompetentes, com nenhuma capacidade de gestão, por essas e por outras é um governo fadado ao fracasso.

Desde que começamos a lutar pela valorização dos auxiliares de creches, transferir funcionários foi uma forma de tentar nos colocar uma mordaça, essa é minha terceira transferência, porque dizem que sou a líder. É inadmissível que usem isso como forma de punição.

Essa transferência não veio pra me fazer calar, sabem que é inútil, veio para calar os demais colegas que após saírem do estágio Probatório,depois de muitas covardias praticadas pela Secretaria de Educação, resolveram ir a luta. As manifestações que estamos realizando nas ruas, se não surtirem efeito sobre nossa valorização, alguns votos arrancarão do Tuca Jordão, pois o povo está sendo devidamente informado sobre seu descompromisso não só com a educação infantil como a educação no geral.

O que mais podem fazer comigo? Não entrei pela janela, fiz concurso! Não podem me despedir sem justa causa, sou competente na função que desempenho, por esse motivo no B.O 342 de 27/10/11 foi publicada minha efetivação, tenho certeza que a contragosto, sem sequer responder a processo administrativo disciplinar,não perderiam a chance de me colocarem pra fora se pudessem, a única covardia que podem praticar é essa de me jogar lá e cá.

Quero deixar claro que essas ações ao invés de me desanimar servem de combustível, me dão mais força pra lutar além de reforça a certeza que esse governo precisa sair imediatamente e em seu lugar venha um outro que definitivamente tire Angra dos Reis no abismo em que foi colocado.

Leomárquia.



O que fazer?Esmorecer diante dessas covardias? Não companheiros de luta! Seguiremos em frente. Esse espaço serve inclusive para expormos atitudes dessa natureza, e que os "doutores da educação" possam intervir urgentemente e resolver a causa dos auxiliares de creche.

O que precisa mais acontecer?...




Abaixo uma carta de repúdio escrita pelo professor Alberto Moby, endereçada à Secretaria de Educação de Angra dos Reis:

Alberto Moby

Colegas da SECT,

Segundo o parecer do Conselho Nacional de Educação n° 7/2011, é absolutamente legal – e desejável – que “os cargos de recreador de creche (e, por analogia, os assistentes de Educação Infantil, monitores e outros profissionais assemelhados presentes quando examinadas as situações que porventura se manifestem em outras localidades) sejam transformados em cargos de professor de creche ou professor de Educação Infantil, por exemplo, mormente quando esse cargo específico de professor de creche ou professor de Educação Infantil ainda não exista no quadro da municipalidade”. Entendo que o que indica o parecer do CNE é que a Prefeitura Municipal de Angra dos Reis, no mínimo, cometeu um equívoco (não quero pensar em má fé...) ao realizar um concurso público para pessoal das creches sem essa preocupação, já que desde a LDB - que é de 1996 - as creches deixaram de ter um caráter assistencialista e passaram a ser consideradas a primeira etapa da Educação Básica. Posição reafirmada pelo PNE, de 2001, onde está claro que quem trabalha nas creches em contato direto com as crianças é professor e que, portanto, para estar em sala de aula necessita ter formação específica mínima, de nível médio, na modalidade antes conhecida como Curso Normal e atualmente denominada de Curso de Formação de Professores.

Percebendo o engodo, nossas colegas das creches têm buscado apurar responsabilidades e, obviamente, o enquadramento adequado, segundo o entendimento do CNE. Imagino as dificuldades que isso possa significar para a PMAR, mas entendo também que a atitude correta da SECT, gestora das creches e responsável direta pelo bom desempenho do trabalho dessas profissionais, deveria ser, no mínimo, a do diálogo. Afinal, é isso que a SECT tem defendido oficialmente, ressaltando como metas da atual gestão expressões como “diálogo”, “parceria”, “valorização profissional” e outras semelhantes.

No entanto, ao que tudo indica, vem acontecendo exatamente o contrário, lamentavelmente. Especialmente no que diz respeito à colega Leomárquia Gonçalves, que, depois de questionar a nota 5 recebida na avaliação do estágio probatório, foi transferida de creche da Japuíba para o Belém, onde permaneceu menos de um ano, sendo, em seguida, novamente transferida para a Creche Monteiro Lobato, na Vila Nova, e agora, finalmente, para a Secretaria de Ação Social – para a qual não fez concurso – sem qualquer acordo ou notificação prévia. Me parece ingenuidade acreditar que a nota baixa no estágio probatório e as sucessivas transferências não tenham nada a ver com o fato de ela vir sendo a principal porta-voz na busca pelo diálogo com o governo no sentido de que sejam corrigidas as distorções do seu enquadramento profissional. Não me parece que esse seja algum tipo de sinal de diálogo, parceria ou algo que o valha.

Solicito à SECT que informe sobre o andamento desta questão e, especialmente, sobre o que vem acontecendo à colega Leomárquia. Meu interesse não é decorrente de mera curiosidade, mas pessoal e profissional. Pessoal porque também estou em estágio probatório, na segunda matrícula; profissional porque, afinal, dentro de alguns anos as crianças que estão sendo educadas por essas profissionais estarão ocupando as salas de aula das escolas de 2º segmento, onde estou, em Angra, na primeira matrícula, há quase vinte anos, ministrando minhas aulas de História e onde tenho percebido, através de inúmeros sinais, índices e indicadores, uma vertiginosa queda de qualidade – que também não acredito que seja coincidência, se é que me entendem.

Cordialmente,

Alberto Moby Ribeiro da Silva
Docente II
Matr. 3764 (há 19 anos e 10 meses)
Matr. 19070 (há 2 anos e 7 meses)





4 comentários:

Jú disse...

Absurdo total, estou passada!Aff!

Anônimo disse...

Onde está o prefeito dessa cidade? aí não existe lei? Lendo essa pouca-vergonha me vem a mente a ditadura, o coronelismo. Será que os monitores de creche precisam passar por coisas desse tipo por um simples reconhecimento, da correção do que está contra a lei?É necessário mesmo não escondermos essas aberrações, levar tudo ao conhecimento público é o melhor caminho pra acabar com esse tipo de procedimento.

Anônimo disse...

Hoje a maioria dos aux. de recreação estão cientes daa atribuições de trabalho, se a direção continua omissa a realidade terá problemas não muito futuro, pois se realizarmos somente o que é atribuido a nós, muita gente vai começar a soar a camisa já que tentam separar o cuidar do educar.

Anônimo disse...

AMIGA LÉU, NÃO PENSE QUE ESTÁ COM O PESO DESTA CAUSA SOZINHA, ESTAMOS CONTIGO E O QUE TIVERMOS QUE CONQUISTAR, CONQUISTAREMOS JUNTOS. A TUA REMOÇÃO, COMO VOCE MESMA DISSE NOS SERVIU DE COMBUSTIVEL. NÃO NOS CALAREMOS!!!!