Rumo a regulamentação de nosso cargo!!!

Mesmo após a LDB/1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) e o PNE/2001 (Plano Nacional de Educação), quando as creches deixaram de ter um caráter assistencialista e passaram a ser consideradas a primeira etapa da educação básica, onde quem trabalha em contato diretamente com as crianças é o professor e necessita ter a formação mínima em nível médio na modalidade normal para estar em sala de aula, muitos municípios continuaram a fazer concursos com a exigência de apenas nível fundamental ou médio, com nomenclaturas como auxiliar de recreação, berçário, auxiliar de creche, pajem, entre outras até os dias de hoje e como resultado disso exercemos atividades de docente, pois as creches de fato fazem todo o trabalho pedagógico, porém temos salários e direitos bem inferiores aos dos professores, mesmo tento a qualificação exigida por lei.

Convocamos aos ainda erroneamente chamados auxiliares, pajens, monitores, entre outras denominações a caminhar pela criação de nossa verdadeira identidade que é a de Professor de Educação Infantil, em muitos municípios profissionais como nós já conquistaram seus direitos agora é a nossa vez.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

AFFFFFFF COMO É DIFÍCIL ENTENDER SOBRE EDUCAÇÃO INFANTIL

A falta de compromissos dos gestores públicos com a educação e LDB/1996 são os fatores responsáveis pela bagunça da educação infantil, é um absurdo assistir professores tão desatualizados, mesmo passados 15 anos da LDB. Quem acompanha a legislação e uma série de documentos do MEC sabe que a educação infantil é um trabalho em equipe, todos os profissionais que atuam diretamente com a criança deve ter a formação de magistério e desempenha a função de professor.

Me surpreendo por haver tantos profissionais da área que não compreenderam a atual concepção da educação infantil, me pergunto para onde vai as publicações da revista criança, que é editada, publicada e distribuída gratuitamente pelo MEC, esta revista é um excelente norteador para chegarmos a uma educação infantil de qualidade.

Saliento que quando uma pessoa faz concurso para auxiliar de creche, ele está ciente de suas atribuições, porém o que essa pessoa não sabe é que essas atribuições deveriam ser feitas por pessoas que tenham a formação de magistério, mas o município que formulou o concurso tinha e tem a obrigação de saber. Afinal se isso não é verdade, por que o governo federal está investindo tanto na formação de auxiliares de creche em todo o Brasil ? ? ?

Considero a comparação com a situação da categoria com a de um enfermeiro e um médico uma verdadeira "viagem na maionese", nossa situação está mais parecida com o problema dos auxiliares de enfermagem e técnicos de enfermagem, uma vez que o curso de formação para auxiliar de enfermagem não existe mais e somente é aceito o curso de nível técnico. Inclusive  conselho de enfermagem fez com que os auxiliares cursarem o nível técnico. Por conseguinte, o próprio cargo de auxiliar de enfermagem é um cargo em extinção.

Com isso surgiu o problema de duas categorias exercendo a mesma função, mas com salários diferentes, se o curso de auxiliar de enfermagem não é mais adequado para exercer a função e todos devem ter o curso técnico para atuar na área, então não é justo que as auxiliares de enfermagem, desde que cursem o ensino técnico, tenham salários iguais aos técnicos de enfermagem? Afinal exercem a mesma função...

Se os municípios cumprissem a LDB, após 1996, ninguém teria feito concurso para um cargo com a nomenclatura de auxiliar de creche, muito menos exigiriam nível fundamental ou apenas médio no concurso. Mas não foi o que aconteceu, pensando em mão-de-obra barata insistiram em manter as raízes assistencialistas.

Hoje existem diversas situações, tem aqueles que realizaram concurso sem a exigência de magistério e aqueles que fizeram concurso com a exigência de magistério, mas que não tinham as mesmas condições de trabalho de um professor.

Para o último caso, tudo é mais fácil, inclusive a Educação infantil de Uberlândia disponibilizou o seguinte Parecer da Promotoria de Justiça Especializada na Defesa do Patrimônio Público. 

Para os que não realizaram concurso com a exigência de Magistério, dependem da boa vontade do município já que o preconceito, a falta de informação e o descaso são grandes obstáculos. Visto que o reconhecimento da categoria não se enquadra numa transposição de cargos, muito menos o auxiliar quer tomar um cargo que não é seu, a categoria quer simplesmente ser reconhecido e valorizado pela função que desempenha.

Afinal, o professor de educação infantil, é um professor diferenciado, já que acumula a função de cuidar, como dar banho, trocar fraldas, etc.

Para um auxiliar de creche deixar exercer as atribuições de ser professor, ele teria que sair da sala de aula, poque TODAS as atividades que ele desenvolve são atribuições do PEI.

A lei do FUNDEF/96 (atual FUNDEB) permitiu que professores leigos (ou seja, que ingressaram no cargo sem a devida formação) poderiam ingressar na carreira de magistério, desde que comprovassem a formação de magistério, sem precisar passar por um novo concurso. Se para o MEC as funções que os auxiliares desempenham são atribuições do PEI, então os auxiliares não se encaixam na qualidade de professores leigos ? ? ?

 Se o auxiliar de creche precisa ter a formação em magistério para atuar em sala de aula, e se ele se esforçou e estudou para se qualificar, então não é justo que ele seja reconhecido e valorizado por isso ? ? ?

Os municípios erraram fazendo concursos irregulares e são os profissionais quem têm que pagar a conta ? ? ?

Se alguém possui dúvidas sobre as atribuições do PEI, e a indissociabilidade do cuidar e educar, fica a sugestão de ler a lista de postagens e documentos importantes ao lado, além disso a justificativa do abaixo assinado é um boa fonte de conhecimento sobre o assunto.

Ps.: Os comentários pendentes estão sendo liberados aos poucos.

16 comentários:

Lucy disse...

Mais fácil que isso ´só se desenhar.

Anônimo disse...

oi, Guaruja, vai fazer concurso publico para auxiliar de desenvolvimento infantil, realmente é um absurdo e o pior, tem professora que vai fazer,detalhe carga horaria de 8 horas diarias e 1 hora de almoço.

Anônimo disse...

Cubatáo extinguiu o cargo de pajem e em 2010 realizou concurso para PEI I, porem estamos com salarios defasados a situaçao náo se regularizou,e o pior , as pajens ganham insalubridade , nós náo temos esse direito, estamos na luta,pois enfrentamos o descaso até de professoras de 1 ao 5 ano.Nossa hora aula é 5 reais, enquanto que PEI II e PEB I hora aula de 14 reais, e nossa carga horaria é de 40 horas enquanto as outras sáo de 30 horas.

Anônimo disse...

É por isso que o serviço público não vai pra frente, é um monte de gente querendo se dar bem pela porta de trás. Faz um novo concurso, se realmente estão mais capacitados, não terão problemas em passar no concurso para professor, no mais estariam tirando a oportunidade do professor que realmente está capacitado.

Anônimo disse...

Pois é, estamos na luta há quase 8 anos.... qt desgate ter que provar que somos professoras/es! Em BH, origem da brilhante recomendação do MP,a mesma se deu por uma denúncia realizada por um grupo de Educadoras Infantis (nome do cargo para quem trabalha com criança em BH.

Fabiana disse...

Olá. Achei interessante o seu blog. Sou auxiliar de classe (creche) há 7 anos em minha cidade, concursada pela CLT. A carga horária é de 40h semanais. No edital do concurso (em 2003-1º a ter a funçao de auxiliar de classe) exigia o ensino médio completo e/ou o Magistério-técnico. As atividades a serem exercidas eram: organizar material e ajudar nas atividades em classes. Porém em no ultimo concurso q teve, as funções foram acrescidas no atendimento geral da criança, q inclui muitas coisas. Na creche onde trabalho, além das professoras em cada sala, há também assistentes de serviços gerais (q se ocupam da limpeza geral e do banho das crianças), porém essas não ficam o tempo todo dentro da sala. As auxiliares fazem praticamente de tudo. Quando a professora titular falta, e nao tem substituta, temos q ficar sozinhas com as crianças. As salas são numerosas, ja trabalhei com quase 30 crianças em sala. Só Deus sabe o q passei, e nao tive apoio de ninguem, nem mesmo da gestora. O salário é bem inferior q das professoras, q trabalham 20h semanais. Algumas "não valem o feijão q comem", faltam direto e ainda reclamam da indisciplina dos alunos e do salário. Atualmente trabalho no berçario, e muitas vezes já dei banho e fiz troca, enquanto uma professora dizia q tinha nojo e jamais daria banho e trocaria a fralda. Acho q sou a única nessa creche q se dispõe em ajudar as assistentes (q dao banho e fazem a troca de fraldas). Há duas na sala, quando uma falta, eu ajudo nesses afazeres. E nem por tudo isso sou valorizada e reconhecida. Por me identificar com a profissão de professora e gostar de trabalhar com as crianças, decidi fazer pedagogia. Mas tudo foi pago por mim. A prefeitura ficou de bancar o curso pra quem se interessava, mas até agora não fez nada, nem bolsa de estudo me ofereceram. Graças a Deus, eu pude realizar o meu sonho.
Fico feliz em ver q há pessoas q estão batalhando para o reconhecimento do cargo, como vocês. Teve uma vez q algumas auxiliares, aqui na minha cidade, chegaram a reinvindicar, mas nem todas ajudaram, ficaram com medo de perder o emprego, e tambem nao temos estatuto, e o sindicato não nos apoia. A classe é muito desunida.
Espero q vocês consigam o que querem e o que merecem!
Abraços

Fabiana disse...

Olá. Achei interessante o seu blog. Sou auxiliar de classe (creche) há 7 anos em minha cidade, concursada pela CLT. A carga horária é de 40h semanais. No edital do concurso (em 2003-1º a ter o cargo de auxiliar de classe) exigia o ensino médio completo e/ou o Magistério-técnico. As atividades a serem exercidas eram: organizar material e ajudar nas atividades em classes. Porém no último concurso q teve, as funções foram acrescidas no atendimento geral da criança, q inclui muitas coisas. Na creche onde trabalho, além das professoras em cada sala, há também assistentes de serviços gerais (q se ocupam da limpeza geral e do banho das crianças), porém essas não ficam o tempo todo dentro da sala. As auxiliares fazem praticamente de tudo. Quando a professora titular falta, e não tem substituta, temos q ficar sozinhas com as crianças. As salas são numerosas, ja trabalhei com quase 30 crianças em sala. Só Deus sabe o q passei, e não tive apoio de ninguem, nem mesmo da gestora. O salário é bem inferior q das professoras, q trabalham 20h semanais. Algumas "não valem o feijão q comem", faltam direto e ainda reclamam da indisciplina dos alunos e do salário. Atualmente trabalho no berçario, e muitas vezes já dei banho e fiz troca de fralda, enquanto uma professora dizia q tinha nojo e jamais daria banho e trocaria a fralda. Acho q sou a única nessa creche q se dispõe em ajudar as assistentes (q dão banho e fazem a troca de fraldas). Há duas na sala, quando uma falta, eu ajudo nesses afazeres. E nem por tudo isso sou valorizada e reconhecida. Por me identificar com a profissão de professora e gostar de trabalhar com as crianças, decidi fazer pedagogia. Mas tudo foi pago por mim. A prefeitura ficou de bancar o curso pra quem se interessava, mas até agora não fez nada, nem bolsa de estudo me ofereceram. Graças a Deus, eu pude realizar o meu sonho.
Fico feliz em ver q há pessoas q estão batalhando para o reconhecimento do cargo, como vocês. Teve uma vez q algumas auxiliares, aqui na minha cidade, chegaram a reinvindicar, mas nem todas ajudaram, ficaram com medo de perder o emprego; e também nao temos estatuto, e o sindicato não nos apoia. A classe é muito desunida.
Espero q vocês consigam o que querem e o que merecem!
Abraços

Anônimo disse...

Suas ideias são boas, mas está precisando escrever bem melhor para reinvindicar algo e ser bem percebido na Internet.

Anônimo disse...

gente a dilma e o ministro tiveram ai em angra ,ontem dia 18/01/2012,inaugurando uma creche,e vcs nao expuseram a nossa causa.olhemm o site
http://agencia-brasil.jusbrasil.com.br/politica/8332292/dilma-inaugura-creche-em-angra-dos-reis

Professora disse...

Prezado anônimo,

Tínhamos planejado uma manifestação no dia da vinda da Presidenta a Angra, mas além do Prefeito em exercício Essiomar Gomes ter sinalizado que quer conversar conosco, o horário era incompatível, a maioria estava em horário de trabalho,concordamos que perdemos uma grande chance, mas infelizmente um ato dessa natureza precisa do envolvimento de pelo menos 1/3 de auxiliares, não depende só de nós.
Abraços.

Anônimo disse...

GENTE ACORDA, A VERDADE É ESSA, SOMOS TAMPA BURACO DA EDUCAÇÃO INFANTIL, QUANDO A BONEQUINHA DA PROFESSORA FICA NA BOA,HORA ATIVIDADE, CONVERSANDO COM OS PAIS DANDO UMA DE PSICOLOGA É NOS QUE CARREGAMOS O FARDO.Por isso que não querem nos perder, e tem mais, quando nos manifestamos com o pedido de enquadramento todos se levantam contra, ou se, se sentem ameaçados, por que?
fico indignada com tamanho egoismo dos professores que se manifestam contram, pois hoje é uma classe isolada, sem reconhecimento, sem valor profissional, sabe porque, porque só se preocupam com si proprio, e sabe que nos somos que fazemos a educação infantil funcionar, pois a gente carrega todo o peso, e nos somos a mão direita dela.
GENTE A JUSTIÇA EXISTE, ENTRAM NO MINISTERIO PUBLICO QUE ISSO SE RESOLVE EM 3 MESES, POIS NÃO HA JUIZ QUE ENTENDA APOIO EM SALA TRABALHANDO COMO PROFESSOR E SEM NOMENCLATURA E MESMOS DIREITO. VAMOS RACIOCINAR SERÁ QUE UM JUIZ ACEITARIA SER APOIO DE OUTRO JUIZ SEM TER DIREITOS NEM QUE SEJA SIMILAR. DUVIDO
Vão atras, aqui em minha cidade foi assim, foi 1 ano esperando e só promessa falsa, até que cansamos e decidimos buscar parecer do M.P.F

Anônimo disse...

Oi sigo esse Blog a mais de um ano e ele têm nos ajudado muito, o nosso caso já foi feita a Lei estamos um ano como Professoras, mais agora está na justiça, li o Parecer de Uberlândia,no link acima, e não entendi a resolução do Processo: "que se revogue a lei na câmara" o que quer dizer eles conseguiram ser enquadrados como professores ou não???Obrigada

Professora disse...

Prezado anônimo,

pelo que entendemos sim! Eles foram enquadrados como professores de fato, pois de direito já eram há tempos!

Abraços

Anônimo disse...

Sou PEI e na época da posse conheci uma auxiliar que fez pedagogia, passou no concurso e estava tomando posse. Isso é digno! Vão estudar e passar no concurso! Ouvi dizer que vai abrir outro no mês de abril.

tom disse...

estou no facebook do meu marido mas quero me declarar aqui com mto orgulho de ser auxiliar d creche ou para meus queridos "filhinhos" d ser chamada de "mae" ou 'tia", nao tenho nenhum diploma sou apenas concursada mas com mto amor zelo por meus anjinhos ,dou colo, sofro junto com eles quando tem algum"dodoi"troco fraldas ensino falar ,andar e com a felecidade deles sou feliz e mto bom!

Anônimo disse...

Pois é ser A.D.I não e facil mas nos ak em MT conseguimos o plano de carrerai para as A.D.I agora saui o edital do concurso com exigencia de nivel superior entram la e dão uma olhada prefeitura muniicpal de Campos de Julio MT