Rumo a regulamentação de nosso cargo!!!

Mesmo após a LDB/1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) e o PNE/2001 (Plano Nacional de Educação), quando as creches deixaram de ter um caráter assistencialista e passaram a ser consideradas a primeira etapa da educação básica, onde quem trabalha em contato diretamente com as crianças é o professor e necessita ter a formação mínima em nível médio na modalidade normal para estar em sala de aula, muitos municípios continuaram a fazer concursos com a exigência de apenas nível fundamental ou médio, com nomenclaturas como auxiliar de recreação, berçário, auxiliar de creche, pajem, entre outras até os dias de hoje e como resultado disso exercemos atividades de docente, pois as creches de fato fazem todo o trabalho pedagógico, porém temos salários e direitos bem inferiores aos dos professores, mesmo tento a qualificação exigida por lei.

Convocamos aos ainda erroneamente chamados auxiliares, pajens, monitores, entre outras denominações a caminhar pela criação de nossa verdadeira identidade que é a de Professor de Educação Infantil, em muitos municípios profissionais como nós já conquistaram seus direitos agora é a nossa vez.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

PALAVRAS DE QUEM SABE O QUE FALA...EXPERIÊNCIA É TUDO!

Comentário retirado da postagem:ATRIBUIÇÕES DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO INFANTIL.

Anônimo disse...
Olá, boa tarde a todos!!! Sou Diretora de Educação Infantil Municipal, sei bem o que é trabalhar 8 horas e 48 minutos, ainda ter tempo para planejar, organizar, cuidar com excelência e muitas vezes não são reconhecidas sequer pelos responsáveis. Concordo que ganham pouco, trabalham bastante, mas temos que pensar que atitudes e cuidar também educa. As crianças são desenvolvidas pelas mãos da educadora de creche. Dou imenso valor a essas que privilegiam a criança, planejam suas atividades, são sinceras em dizer seu descontentamento, porém atuam da melhor forma. Acredito que a formação das que preiteiam melhores salários e condições de trabalho seja a melhor forma de desenvolver nossas crianças e também o pessoal de cada educadora. Parabéns aquelas que atuam em creche, que lutam pelos direitos e desenvolvem bem seu papel na Educação Infantil. Já fui auxiliar de creche em escola particular, fui professora em minha cidade por 10 anos e a 7 gestora de Eduacação Infantil. Um forte abraço.

Palavras de quem reconhece o trabalho importante dos auxiliares de creche. Não haveria descontentamento, desvalorização, preconceito,  perseguição política,  e  deboches  se as pessoas que estivessem a frente das Secretarias de Educação tivessem conhecimento de causa, não deixariam as coisas chegarem ao ponto que chegou. Os auxiliares de creche do Município do Rio tem enfrentado discriminação por partes de alguns poucos recém-chegados Professores de Educação Infantil, se não fosse a luta dos auxiliares, esse cargo só seria criado  daqui há cem anos, observando os gestores a inércia dos nossos gestores.

Devemos torcer que pessoas como essa diretora assumam um dia um cargo de importância dentro do cenário educacional nacional, e essa situação seria regularizada de cima pra baixo, obrigando os municípios a revisarem a situação dos educadores de creche que tem importância fundamental no desenvolvimento das crianças e precisam ser bem remunerados e terem suas cargas horárias reduzidas, a exemplo do Município do Rio de Janeiro que de oito horas trabalham seis horas por dia, e agora correm atrás do enquadramento. O Prefeito Eduardo Paes sinaliza que quer conversar, isso é bom sinal!


2 comentários:

Anônimo disse...

Na verdade quem está sofrendo preconceito nas creches do Rio de Janeiro são os professores. As auxiliares, em sua maioria, recebem os professores com desdenho e tentam transformar os PEI em auxiliares, querendo dividir as tarefas.
No meu caso, cheguei na sala com a postura de respeito(ajudava em tudo), porque elas estavam na sala desde o inicio do ano e fizeram atribuições que não eram delas, por sinal muito bem, pois todas são professoras. No entanto, eu fiz um CONCURSO para PEI e elas para auxiliar e num determinado momento elas chegaram me intimidando querendo transformar a minha ajuda em obrigação, dizendo que todos aqui fazem as mesmas coisas, e que nada me diferenciava delas somente o salário.(o pior é quando a auxiliar não é nem concursada é contratada de alguma ONG). Eu só lamentei por elas e a partir da ai começou a perseguição, foi levado para direção porque estavam atrapalhando meu trabalho. comecei a fazer a parte pedagogica e elas cuidavam da "rotina" e dos cuidados. ótimo por que cada um começou a fazer sua parte e elas perceberam que as PEi estão lá para diminuir a carga de trabalho que estavam sobre elas e assim trabalhamos em equipe e fizemos o melhor encerramento da escola.Estamos para somar e focalizar nas crianças. Acho justo, sim que as auxiliares que fizeram faculdade, especialização tenham um percentual de aumento no salario, assim como os outros profissionais que trabalham nas escolas e creches, no entanto, querer que um professor faça as mesmas tarefas que um auxiliar é uma falta de respeito. (exceto no casa de alguma auxiliar faltar) e não me venha me dizer que cuidar e educar estão junto, é claro que estão, mas tem pessoas separadas para fazer isso.
Vejo que vocês deveriam tentar trazer os professores para lutar junto com vocês. Esse concurso para PEI no RJ foi feito para vocês auxiliares para se tornarem professores, falo isso porque eles deram muitos pontos para quem tinha experiencia em creches quem tirasse o minimo nas duas provas já estava dentro. no entanto muitas não passaram. Eu estava a tres anos estudando para passar no concurso e passei para professor e não fiz o de auxiliar de creche, porque não queria ser auxiliar, agora vem uma turma e quer me transformar em auxiliar,assim não dá!!!!

Anônimo disse...

A discriminação parte geralmente de quem não sabe nadinha sobre educação infantil, podem notar os comentários, não falam coisa com coisa, parece que estão em mundos diferentes.