Rumo a regulamentação de nosso cargo!!!

Mesmo após a LDB/1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) e o PNE/2001 (Plano Nacional de Educação), quando as creches deixaram de ter um caráter assistencialista e passaram a ser consideradas a primeira etapa da educação básica, onde quem trabalha em contato diretamente com as crianças é o professor e necessita ter a formação mínima em nível médio na modalidade normal para estar em sala de aula, muitos municípios continuaram a fazer concursos com a exigência de apenas nível fundamental ou médio, com nomenclaturas como auxiliar de recreação, berçário, auxiliar de creche, pajem, entre outras até os dias de hoje e como resultado disso exercemos atividades de docente, pois as creches de fato fazem todo o trabalho pedagógico, porém temos salários e direitos bem inferiores aos dos professores, mesmo tento a qualificação exigida por lei.

Convocamos aos ainda erroneamente chamados auxiliares, pajens, monitores, entre outras denominações a caminhar pela criação de nossa verdadeira identidade que é a de Professor de Educação Infantil, em muitos municípios profissionais como nós já conquistaram seus direitos agora é a nossa vez.

domingo, 11 de abril de 2010

AS COISAS VÃO FICAR AINDA PIORES!

Comentário retirado da postagem:"CNTE e a Lei 12.014/2009."

Amanda Nóbrega disse...
"Aproveitando a deixa do anônimo acima, gostaria de perguntar sobre o quantitativo de crianças para cada agente auxiliar de creche(PROFESSOR) no Rio de Janeiro. Na PORTARIA E/DGED Nº 29 DE 14 DE SETEMBRO DE 2006 diz que são 25 crianças no máximo e quando há inclusão de uma criança com necessidades especiais esse número é reduzido para 20.

Mas há uma lei, resolução ou portaria (não sei) que diz sobre o quantitativo máximo de crianças para cada professor. Mas não encontrei.

É um absurdo o abuso de turmas lotadas. Sofremos nós e as crianças, pois não tem como dar um ensino de qualidade e atenção para um número tão grande de crianças pequenas.

Desde já agradeço a colaboração."

Olá Amanda,
Para nós também não é fácil responder,vamos nos basear no Plano Estadual de Educação do Rio de Janeiro, que foi um documento construído, segundo eles, pela Secretaria de Estado do Rio de Janeiro(SEEDUC) em parceria com a União dos Dirigentes Municipais de Educação do Estados do Rio de Janeiro (UNDIME-RJ) juntamente com inúmeras instituições renomadas.

Veja o que diz o Plano na página 12 que se refere a quantidade de alunos POR TURMA:

"Adequação material, física e profissional às características das crianças com necessidades educacionais especiais, visando, inclusive, à adequação do número de alunos por turma, de acordo com os critérios abaixo:
De 0 a 1 ano – 4 alunos e 2 com NEE – totalizando 6.
De 1 ano até 1 ano e 11 meses – 4 alunos com 2 NEE - totalizando 6.
De 2 anos até 2 anos e 11 meses – 8 alunos com 2 NEE – totalizando 10.
De 3 anos até 3 anos e 11 meses – 12 alunos com 2 NEE – totalizando14.
De 4 anos até 4 anos e 11 meses – De 12 alunos com 2 NEE –totalizando 14.
De 5 anos até 5 anos e 11 meses – 12 alunos com 2 NEE - totalizando 14.

g) Obedecer os critérios abaixo para formação de turmas (sem NEE):
De 0 a 1 ano – 12 alunos
De 1 ano até 1 ano e 11 meses – 15 alunos
De 2 anos até 2 anos e 11 meses – 15 alunos
De 3 anos até 3 anos e 11 meses – 15 alunos
De 4 anos até 4 anos e 11 meses – 15 alunos
De 5 anos até 5 anos e 11 meses – 15 alunos"

Este quantitativo está longe do que é praticado hoje nas creches, o que encontramos são turmas com 25 crianças ou mais, incluindo crianças com necessidades educacionais especiais, é sabido a complexidade e responsabilidade de lidar com as crianças de 0 a 5 anos, porém os municípios do Estado do Rio de Janeiro ignoram o Plano Estadual de Educação e lotam as salas com 25 crianças ao invés de no máximo 15, mas se hoje está ruim as coisas poderão ficar ainda piores, tramita no Senado Federal um Projeto lei que altera a LDB e regula o número de alunos em escolas e creches por professor. Abaixo o link para acesso:

http://www.camara.gov.br/sileg/integras/525872.pdf

Não dá pra entender como podem aprovar um projeto deste para as creches!! Caso o número de crianças por turma fique como diz o Plano Estadual de Educação, até podemos pensar em qualidade na Educação Infantil, ou seja, numa turma da faixa etária de um a cinco anos com 15 alunos e três adultos.

Precisamos mandar e-mails para o Senado Federal a fim seja esclarecido também sobre o número de alunos por turma e não só o número de alunos por adulto como diz o PL, e não podemos esquecer de cobrar como ficará a situação das crianças portadoras de necessidades educacionais especiais. Os nossos gestores adoram encontrar brechas para nos escravizar.

Para finalizar e sendo nós parte desse processo educacional sabemos que na teoria tudo o que dizem é lindo e maravilhoso, mas na prática as coisam não são tão boas assim, falta muito para se chegar perto do que se pode considerar uma educação infantil de qualidade, que atenda o mínimo do que reza as diversas legislações da educação, pelo que notamos a criança ainda está em segundo plano na concepção dos nossos administradores, visto as condições atuais nas creches brasileiras, em especial as do Rio de Janeiro, podemos incluir também o problema crônico sobre a valorização dos auxiliares de creches que em alguns municípios nem se cogita, se preocupam em capacitar para simularem para o Ministério da Educação que as metas foram alcançadas, mas na verdade a escravidão é latente em nosso meio, visto que capacitação sem valorização não é o pretendido.

Só nos resta dizer: Pobres crianças!

13 comentários:

Anônimo disse...

Hoje a situação das creches é a seguinte: salas de aulas pequenas, excessivo nº de crianças por turma e pouquissimos professores por turma, isso sem falar de nossa situação, sem valorização e sem reconhecimento.

EDUCAÇÃO INFANTIL PRECÁRIA!!!
É ISSO QUE NÓS TEMOS!!!!!!!

Anônimo disse...

Dizer que o 'Pior" vai piorar não seria redundância?
Já vivemos uma fase critica na Educação da Cidade do Rio de Janeiro. Não só as Creches mas toda Educação carioca encontra-se sucateada. O atual prefeito que costumava apontar os defeitos da antiga gestão, encontra-se totalmente perdido, ele e sua secretária de Educação.

Anônimo disse...

Mas é óbvio que a educação tem que estar uma M#%$@, querem que a classe trabalhadora deste país continue na ignorância, ou seja, continue elegendo esses analfabetos.

Anônimo disse...

a educação infantil saiu da ação social para educação apenas de boca, pq nossos eleitos querem mais é que as creches continuem como depósitos de crianças, quanto mais crianças puderem colocar dentro das creches mais votos dos pais terão, já que muitos pais, seja por necessidade, ignorância ou por desleixo, não se atentam para a infraestrutura das creches.

Anônimo disse...

Anônimo da 16:59 os auxiliares de Angra dos Reis até hoje pertecem a Secretaria de Administração, isso é pra vc ver como estamos adiantados em Angra dos Reis, e o sindicato do Servidores Públicos(Sinspmar)? está deitado em berço explêndido!

Anônimo disse...

Para as creches esses parlamentares votam qualquer coisa,não estão nem aí para as crianças e muito menos para profissionais.

Anônimo disse...

Acho que os eleitores do Estado do Rio de Janeiro precisa dar cartão vermelho para todos os prefeitos e Secretários de Educação empossados,pelo menos até agora não vi um sequer que tenha merecido estar no cargo,a educação infantil vive jogada às traças!

Anônimo disse...

A educação infantil no Rio de Janeiro é uma vergonha para o Brasil.

Anônimo disse...

E o processo dos auxiliares de Angra continua estacionado na Secretaria de Treinamento e Desenvolvimento de Pessoal, desde dezembro/2009.

Anônimo disse...

pessoal moro no rio, so auxiliar de recreaçao e acho uma vergonha isso que esta aconteçedo em angra. Um processo esta parado deste dez de 2009. Pessoal coloca no ministerio publico...
abraços
força

Anônimo disse...

ola trabalho em uma creche com a turma do maternal e nesse ano fechamos com 30 alunos e duas funcionarias existe alguma lei que nos ampara quanto a isso sou concursada.

Professora disse...

Boa noite anônimo das 20:15,

Existe um limite de crianças por adulto. É certo que há um exagero no caso de vocês. Em Angra, na faixa etária de 2 a 3 anos, são três auxiliares por turma de 25 alunos, que é um quantitativo razoável em comparação a outros lugares, apesar de ter horários na creche que ficam somente 2 auxiliares por turma.Ouvimos que eles pretendem diminuir.Nos Parâmetros Nacionais de Qualidade para a Educação Infantil(link ao lado) mostra um quantitativo a ser considerado de qualidade. Existe um PL tramitando no Congresso que regula o número de crinças por adulto, estamos acompanhando.Procure o Sindicato de sua cidade para que eles tomem providências, caso não tenha sucesso, vá ao MP.
Um abraço

Anônimo disse...

É, professora!! Realmente aqui em Angra temos essa "folga". Mas mesmo assim, não é o suficiente! :
Em algumas creches, por ter apenas 2 auxiliares, 1 no horário das 7 da manhã e outro no das 9 da manhã,
o auxiliar que iniciou o seu trabalho às 9 da manhã, fica sozinho com a turma toda após as 15horas. Já tivemos um caso em que uma criança se acidentou porque ficou sozinha com o restante da turma enquanto a auxiliar das 9 entregava uma criança ao responsável!! E então!! Como ficamos!!!!