Rumo a regulamentação de nosso cargo!!!

Mesmo após a LDB/1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) e o PNE/2001 (Plano Nacional de Educação), quando as creches deixaram de ter um caráter assistencialista e passaram a ser consideradas a primeira etapa da educação básica, onde quem trabalha em contato diretamente com as crianças é o professor e necessita ter a formação mínima em nível médio na modalidade normal para estar em sala de aula, muitos municípios continuaram a fazer concursos com a exigência de apenas nível fundamental ou médio, com nomenclaturas como auxiliar de recreação, berçário, auxiliar de creche, pajem, entre outras até os dias de hoje e como resultado disso exercemos atividades de docente, pois as creches de fato fazem todo o trabalho pedagógico, porém temos salários e direitos bem inferiores aos dos professores, mesmo tento a qualificação exigida por lei.

Convocamos aos ainda erroneamente chamados auxiliares, pajens, monitores, entre outras denominações a caminhar pela criação de nossa verdadeira identidade que é a de Professor de Educação Infantil, em muitos municípios profissionais como nós já conquistaram seus direitos agora é a nossa vez.

sexta-feira, 19 de março de 2010

SÓ FALTAVA ESSA!

Comentário retirado da postagem: "Como e onde denunciar o Assédio Moral."

Anônimo disse:
Na minha Creche, a Diretora, a Adjunta e a P.A. não comem a mesma coisa que nós. Quando é o bendito cação, elas comem frito. Bebem suco de frutas e etc.Nós, AAC não temos direito nem a levar comida de casa. Como podemos denunciar esse absurdo?

Como já dissemos, não temos conhecimento jurídico para responder sua pergunta, mas acreditamos que o que acontece em sua creche caracteriza assédio moral por ser um fato de ato discriminatório,"assédio moral é todo tipo de ação, gesto ou palavra que atinja pela repetição , a auto-estima de um indivíduo." Em Angra dos Reis graças à Deus isso não acontece, comemos o mesmo que as crianças, até o momento as diretoras compartilham da mesma comida.

No blog "Protógenes contra a corrupção" em uma matéria sobre assédio moral disse:

"Não há diferenças significativas na ação de assediadores nos universos público e privado. Porém, em virtude da natureza do serviço público, o assédio se torna mais grave, pelo fato de que na administração pública não existe uma relação patronal direta e sim uma hierarquia que deve ser respeitada."

"Hierarquia “é o princípio da administração pública que distribui as funções dos seus órgãos, ordenando e revendo a atuação de seus agentes e ainda estabelece a relação de subordinação entre os servidores do seu quadro de pessoal” (Direito Administrativo Brasileiro, Hely Lopes Meireles, pg. 127, ed. 2003).

Portanto, o servidor somente tem a condição de subordinado em relação ao princípio orientador da hierarquia entre a instituição e a função, e não porque é agente de menor ou maior capacidade do que o funcionário numa função acima da sua. A distribuição dessa hierarquia é questão de organização da Administração Pública e também modo de operação dos atos e não uma divisão de castas de pessoas ou funções. Na Administração Pública, o funcionário dos serviços gerais tem a mesma importância que um chefe de gabinete e, dentro de sua categoria, é igual hierarquicamente a outros. Suas funções são diferenciadas apenas por questões de organização, mas sua importância é a mesma dentro do quadro do funcionalismo.Desse modo, um chefe de gabinete que comete assédio contra um funcionário de serviços gerais, por exemplo, deve responder pelo ato que praticar.

É evidente que a responsabilidade será sempre da administração pública, pois responde por lesões morais o órgão que não coibir atos de assédio moral contra qualquer um de seus agentes. No entanto, o agente responderá frente à administração pública em ação regressiva.Não se pode admitir um funcionário de grau hierárquico maior prejudicar toda uma administração, todo um bem elaboado sistema de controle do trabalho, simplesmente por querer humilhar seus subordinados.Conclui-se que a hierarquia não significa superioridade de cargo ou pessoal, e sim de função dentro da organização estatal.

Portanto seu chefe "está" momentaneamente com um grau hierárquico maior que o seu, e por uma questão de organização da administração pública, o que não lhe dá o direito de discriminar vocês. Achamos que em primeiro lugar vocês devem procurar o Sindicato dos Servidores Públicos, e este por sua vez a administração pública para que tomem providências no sentido de coibir o assédio moral cometido pelo chefe, caso não obtenham êxito, procurem o Ministério Público do Trabalho, exponham o fato e lá ficarão sabendo que providências tomar.

É bom frizar que a prefeitura é responsável pela pessoa que coloca nas unidades para chefiar, caso a secretaria em questão não tomar providências no sentido de coibir o assédio moral dentro das unidades, ela também responderá como co-autora da agressão cometida pelo chefe, em contrapartida a prefeitura pode processar o chefe por ter prejudicado o bom andamento da unidade que lhe foi entregue sob sua responsabilidade e confiança.

Devemos combater todo e qualquer tipo de preconceito cometido contra nós educadores (ainda chamados de auxiliares)pela nossa importância dentro da educação infantil e principalmente por sermos seres humanos nem melhor, nem pior que ninguém.

Terminamos com a frase:

"A hierarquia não significa superioridade de cargo ou pessoal, e sim de função dentro da organização estatal."

15 comentários:

N disse...

Que diretoras abusadas!!!quem pensam que são? é por isso que este país não vai pra frente, denunciem estas folgadas!façam elas comerem o tal canção ensopado que rapidinho elas vão dar um jeito nessa pouca vergonha.

Jú disse...

E esse negócio de sigilo da repartição que estas diretoras agora tão dando uma de malandras pensando que somos bobos e não sabemos distinguir sigilo da repartição com "conivência com o que é errado", o que pode causar acidente com as crianças dentro da creche temos mais é que botar a boca no trombone e denunciar mesmo, caso contrário a justiça vai é cobrar de nós por sermos omissos.
ESPERTINHAS!!!!!!!

Anônimo disse...

Aposto que essa diretora deve estar solta por aí cometendo mais atrocidades, o lugar dela é na cadeia! ainda bem que hoje nós é que estamos acordando e através desses espaços que já estão cada vez mais conhecido dos órgãos competentes da educação, e esas covardias sendo expostas serão ceifadas do nosso meio.
Chega de boca fechada!

Anônimo disse...

PESSOAL,NAO FIQUE DE BOCA FECHADA.
DIANTE DE QUALQUER INJUSTIÇA!!!
NOS SOMOS FUNCIONARIOS PUBLICOS...
BJOS
BERÇARISTA

Anônimo disse...

Estas coisas acontece por conta dos covardes que temem a direção, não podemos nos calar quando vemos discriminações como esta dete comentário, dá até ânsia de vômito, mas esta diretora ainda pagará caro por isso, se já não está pagando, a justiça do homem pode até falhar, mas a de Deus NUNCA!

Rose disse...

É certo que se a prefeitura coloca nas unidades pessoas sem capacidade de gestão, então as prefeituras tem mesmo que responder pelas maldades cometidas pela por elas.

Eliane disse...

Caros AACs, podemos pensar em escolher um lider em nosso meio e com o apoio de todos os auxiliares do Brasil todo eleger um e levá-lo ao Congresso para cuidar de nossa causa. Estão duvidando? isso é perfeitamente possível!

Anônimo disse...

Recreadoras de Angra, denuncie essa diretora no ministerio publico. Isso nao pode ficar assim...
vcs, entao de parabens pela uniao de vcs. Que grupo unido, nao se curvou diante da injustiça que esta aconteçedo!!!
beijos
auxilioar de recreaçao

Anônimo disse...

Qdo, a nossa querida secretaria de educaçao souber. O que esta acontecendo... Ela nao vai gostar. Pois, ela nao gosta de injusteça. jA deixou isso bem claro!!!.

Anônimo disse...

Concordo,com Eliane temos que escolher um lider. Leva-lo p o congresso. Isso nao sai caro, todos ajudando.Se nao a pouca vergonha vai continuar...
como pode; cuidar e educar com um salario de 600,00
haja garganta p a carga horaria de 7 h.
obs: Fiz uma pesquisa, o unico cargo que trabalha c criança e recebe isso e o nosso.
O agente social da casa abrigo foi p nivel medio sem concurso. Eles podem ne. vergonha!!!

Anônimo disse...

VAMOS P O CONGRESSO PESSOAL!!!

Anônimo disse...

CONCORDO COM VC ROSE. QUEM NAO TEM CORAÇAO NAO PODE SER DIRETORA DE UMA CRECHE. POIS, SO TEM MALDADE NO CORAÇAO. COMO PODE UM SER DESSE SER MAE!!!

Anônimo disse...

Estou com ansia de volmito. Diante de tanta injustiça...
fora sua diretora mentirosa
vc nao tem que esta entre nos.
beijos meninas!!!
força,fique c deus

Anônimo disse...

O que aconteceu não foi surpresa pra mim particularmente, já conhecia a peça a muito tempo e já sabia do que seria capaz, com o tempo vão me dar razão e digo é daí pra pior!

Elisandra Fernandes disse...

Prefeito inclui recreadoras em plano e concede aumento

O prefeito Osvaldo Franceschi Junior (PV) se reuniu na noite de ontem com as cerca de 50 recreadoras da rede municipal de ensino para anunciar que elas serão incluídas no Plano de Carreira e no Estatuto do Magistério, que é revisto pela Secretaria de Educação de Jaú.
Isso significa que as recreadoras terão os salários reajustados para o máximo da categoria, cerca de R$ 1 mil, válidos a partir do próximo mês. Após a revisão do Estatuto do Magistério, os vencimentos serão equiparados ao piso nacional da educação, que recentemente subiu de R$ 1.026 para R$ 1.312. Além disso, a categoria terá direito a receber as sobras do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

Incorporação

No último mês de fevereiro, o prefeito havia se reunido com grupo de recreadoras que reivindicava a incorporação de suas atribuições no Plano de Carreira e no Estatuto do Magistério, como ocorre com outros profissionais da educação. Na época, Franceschi afirmou que analisaria a viabilidade jurídica. “Nossa assessoria jurídica aprovou. Fiquei muito feliz em poder dar essa notícia”, disse. Agora, Franceschi vai encaminhar à Câmara lei complementar que legaliza a incorporação.
A recreadora Elisandra Cristina Delovo Fernandes, uma das profissionais que encabeçaram a reivindicação há cerca de um ano e meio, comemorou a incorporação. “O prefeito fez questão de falar com a gente. Ficamos satisfeitas porque foi uma luta.” (PD)
TAGS relacionadas

Por Elisandra C. D. Fernandes
19/05/2010