Rumo a regulamentação de nosso cargo!!!

Mesmo após a LDB/1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) e o PNE/2001 (Plano Nacional de Educação), quando as creches deixaram de ter um caráter assistencialista e passaram a ser consideradas a primeira etapa da educação básica, onde quem trabalha em contato diretamente com as crianças é o professor e necessita ter a formação mínima em nível médio na modalidade normal para estar em sala de aula, muitos municípios continuaram a fazer concursos com a exigência de apenas nível fundamental ou médio, com nomenclaturas como auxiliar de recreação, berçário, auxiliar de creche, pajem, entre outras até os dias de hoje e como resultado disso exercemos atividades de docente, pois as creches de fato fazem todo o trabalho pedagógico, porém temos salários e direitos bem inferiores aos dos professores, mesmo tento a qualificação exigida por lei.

Convocamos aos ainda erroneamente chamados auxiliares, pajens, monitores, entre outras denominações a caminhar pela criação de nossa verdadeira identidade que é a de Professor de Educação Infantil, em muitos municípios profissionais como nós já conquistaram seus direitos agora é a nossa vez.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

A EDUCAÇÃO INFANTIL NO BRASIL RECEBE NOTA 3 E 4

A matéria abaixo apenas confirma o que os profissionais da Educação Infantil vem denunciando a tempos, trabalhamos em condições muito precárias, as creches ao invés de ser um local destinado a educação e cuidados das crianças, é na verdade um lugar onde as crianças são "entulhadas" de qualquer maneira, o importante é receber a verba do FUNDEB, então quanto maior o número de crianças melhor, sem falar no número excessivo de crianças portadoras de necessidades educacionais especiais admitidas nas creches sem a mínima estrutura e por último a total desvalorização dos profissionais que atuam nessa área da educação que são tratados com preconceito e ficam à margem das políticas públicas.

Notem que o aspecto onde a nota foi mais alta, foi justamente no quesito interação entre as crianças e os adultos, mostrando mais uma vez a responsabilidade e a doação desses profissionais em prol das crianças, sendo portanto justo que sejamos valorizados.

A matéria:

"Pesquisa mediu a qualidade de creche e pré-escola em seis capitais de todas as regiões do Brasil

SÃO PAULO - A educação infantil brasileira merece nota 3,4, numa escala de zero a dez. A conclusão é da pesquisa "Educação Infantil no Brasil: avaliação qualitativa e quantitativa", realizada pela Fundação Carlos Chagas em parceria com o Ministério da Educação e o Banco Interamericano de Desenvolvimento, cujos resultados serão apresentados nesta segunda-feira, 14, e nesta terça, 15.

Obtido com exclusividade pelo jornal O Estado de S. Paulo, o estudo mediu a qualidade da creche (de 0 a 3 anos) e da pré-escola (4 e 5 anos) em seis capitais de todas as regiões do País: Belém, Campo Grande, Florianópolis, Fortaleza, Rio de Janeiro e Teresina.A nota 3,4 demonstra que a qualidade do ensino infantil tem nível básico (de 3 a 5) - os outros estágios eram: inadequado (1 a 3), adequado (5 a 7), bom (7 a 8,5) e excelente (8,5 a 10).


Foram avaliados 43 aspectos divididos nas seguintes áreas: espaço e mobiliário (média 3,1); rotinas de cuidado pessoal (4,1); linguagem e raciocínio (3,7); atividades (2.3); interação (5,6); estrutura do programa (2,5) e pais e equipe das escolas (3,6). É a primeira vez que se tem acesso a tópicos aprofundados das condições do ensino infantil no País.


O aspecto que recebeu a nota mais baixa (1,6) está dentro da área de atividades e avalia a disponibilidade de materiais para aulas de ciências, como coleções de objetos naturais e livros e jogos temáticos. Já o que recebeu a nota mais alta, 6,7, pertence ao quesito interação e analisa se as relações entre adultos e crianças são empáticas.

Para Marcelo Alfaro, especialista em educação do BID no Brasil, os resultados baixos não surpreendem. Segundo ele, a área mais problemática é a chamada "fundamentalização" do ensino infantil (abordagem semelhante à do ensino fundamental).

"Isso é observável, por exemplo, na disposição das carteiras nas salas de crianças 4 e 5 anos", afirma. "É essencial construir uma identidade própria para a nossa educação infantil." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. "

http://www.estadao.com.br/noticias/geral,educacao-infantil-no-pais-recebe-nota-34-indica-estudo,566326,0.htm

2 comentários:

Aux. recreação disse...

nota 3 e 3??? muito alta, pra mim é nota ZERO.

Anônimo disse...

Isto é um absurdo,essas pessoas não sabem na prática o real trabalho de um professor de educação infantil em período integral.Na CEI conveniada você trabalha o período integral e só agora houve um aumento notável e ainda assim sendo período integral se torna pouco.O reconhecimento é nota zero,nem na sua carteira vem o reconhecimento de PDI e isto se torna ruim por que quando você vai procurar um novo trabalho querem te dar o cargo de auxiliar de classe etc.EDUCADORES VAMOS EM BUSCA DE NOSSOS DIREITOS.... meio período.