Devido a importância do assunto que diz respeito ao péssimo desempenho da Educação Infantil no Brasil, resolvemos disponibilizar mais uma postagem, agora retirada do blog: SINDSEP FORTE
"Estudo mostra que só 1% das creches são boas Publicada em 15/06/2010 às 00h26mTatiana Farah
SÃO PAULO. As creches e as pré-escolas brasileiras foram reprovadas. Pesquisa divulgada ontem pela Fundação Carlos Chagas revelou que 86,9% das creches e 72,4% das pré-escolas obtêm menos de 5 pontos numa escala de 1 a 10, garantindo apenas o "básico" ou nem isso para atender as crianças.
A pesquisa, coordenada pela especialista Maria Malta Campos, acompanhou no ano passado 147 unidades infantis em seis capitais: Rio, Belém, Campo Grande, Florianópolis, Fortaleza e Teresina, constatando que, além da falta de vagas, o serviço tem deficiências como falta de material escolar, má qualificação dos professores e o tempo que as crianças ficam ociosas, sendo obrigadas a dormir, ficar deitadas nos bercinhos ou mesmo agrupadas sem privacidade:
- A criança passa longos períodos ociosos, essa é uma questão que merece ser melhorada. Outra questão importante é a formação dos professores: as faculdades estão preparadas para formar professores do ensino fundamental e médio; é preciso ver especialmente a educação infantil, que é diferente."
Esse é um ponto que estamos cansadas de chamar atenção aqui, o PROFESSOR DE EDUCAÇÃO INFANTIL e não o "Docente I", é um professor diferenciado, ele educa e cuida, ou seja:ele dá banho, troca fraldas,limpa o nariz, faz atividades lúdicas, faz projetos, etc.
Em Angra dos Reis tocar nesse assunto é o mesmo que falar Grego, ele é logo descartado.
Vejam abaixo as atribuições do Professor de Educação Infantil no Município de São Paulo-SP.
http://www.pciconcursos.com.br/concurso/prefeitura-de-sao-paulo-sp-467-vagas
"Com nota de 1 a 3, 49,5% das creches foram qualificadas como inadequadas. Com notas entre 3 e 5, 37,4% foram classificadas como básicas, ou seja, unidades que têm o mínimo para funcionar. Só 12,1% tiveram nota entre 5 e 7 pontos, sendo consideradas adequadas, enquanto 1,1% foram consideradas boas, com nota entre 7 e 8,5. A situação na pré-escola é um pouco melhor, com 30,4% das unidades inadequadas, 42% básicas, 23,9% adequadas e 3,6% boas. Nenhuma foi considerada excelente, com nota superior a 8,5 pontos.
- Nos últimos 16 anos, temos visto políticas consistentes de educação no Brasil, mas atingir a meta de pôr todas as crianças na pré-escola até 2016, conforme diz a Constituição, é um desafio tão grande que, se não tiver ação entre União, estados e municípios, será difícil de vencer - disse Marcelo Perez, coordenador de educação do Banco Interamericano de Desenvolvimento, um dos realizadores da pesquisa, com o MEC.
A pesquisa foi apresentada em um seminário internacional sobre o tema. Para especialistas presentes, os maiores desafios do próximo governo, além de cumprir a meta de oferecer as vagas, é dar qualidade e melhorar a formação dos professores.
- É preciso melhorar não só a qualidade da educação infantil, mas a transição da educação infantil para o ensino fundamental, com ênfase nos professores e nos gestores - apontou Sonia Kramer, da PUC-Rio.
Para Catarina Moro, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), o governo deverá lidar com o aumento de vagas sem prescindir da qualidade:
- Infelizmente, para ampliar o atendimento, houve um custo, que foi a redução do período integral para quatro horas. Isso precisa ser revisto.
A secretária de Educação Básica do MEC, Maria do Pilar Lacerda Almeida e Silva, disse que o governo planeja a construção de 1,8 mil escolas de educação infantil este ano, com investimentos de R$ 1,8 bilhão nos municípios. Segundo ela, há 90 mil unidades atendendo crianças no país, mas um dos problemas está na transição das creches, que pertenciam às secretarias de Assistência Social e foram repassadas à Educação."
"Estudo mostra que só 1% das creches são boas Publicada em 15/06/2010 às 00h26mTatiana Farah
SÃO PAULO. As creches e as pré-escolas brasileiras foram reprovadas. Pesquisa divulgada ontem pela Fundação Carlos Chagas revelou que 86,9% das creches e 72,4% das pré-escolas obtêm menos de 5 pontos numa escala de 1 a 10, garantindo apenas o "básico" ou nem isso para atender as crianças.
A pesquisa, coordenada pela especialista Maria Malta Campos, acompanhou no ano passado 147 unidades infantis em seis capitais: Rio, Belém, Campo Grande, Florianópolis, Fortaleza e Teresina, constatando que, além da falta de vagas, o serviço tem deficiências como falta de material escolar, má qualificação dos professores e o tempo que as crianças ficam ociosas, sendo obrigadas a dormir, ficar deitadas nos bercinhos ou mesmo agrupadas sem privacidade:
- A criança passa longos períodos ociosos, essa é uma questão que merece ser melhorada. Outra questão importante é a formação dos professores: as faculdades estão preparadas para formar professores do ensino fundamental e médio; é preciso ver especialmente a educação infantil, que é diferente."
Esse é um ponto que estamos cansadas de chamar atenção aqui, o PROFESSOR DE EDUCAÇÃO INFANTIL e não o "Docente I", é um professor diferenciado, ele educa e cuida, ou seja:ele dá banho, troca fraldas,limpa o nariz, faz atividades lúdicas, faz projetos, etc.
Em Angra dos Reis tocar nesse assunto é o mesmo que falar Grego, ele é logo descartado.
Vejam abaixo as atribuições do Professor de Educação Infantil no Município de São Paulo-SP.
http://www.pciconcursos.com.br/concurso/prefeitura-de-sao-paulo-sp-467-vagas
"Com nota de 1 a 3, 49,5% das creches foram qualificadas como inadequadas. Com notas entre 3 e 5, 37,4% foram classificadas como básicas, ou seja, unidades que têm o mínimo para funcionar. Só 12,1% tiveram nota entre 5 e 7 pontos, sendo consideradas adequadas, enquanto 1,1% foram consideradas boas, com nota entre 7 e 8,5. A situação na pré-escola é um pouco melhor, com 30,4% das unidades inadequadas, 42% básicas, 23,9% adequadas e 3,6% boas. Nenhuma foi considerada excelente, com nota superior a 8,5 pontos.
- Nos últimos 16 anos, temos visto políticas consistentes de educação no Brasil, mas atingir a meta de pôr todas as crianças na pré-escola até 2016, conforme diz a Constituição, é um desafio tão grande que, se não tiver ação entre União, estados e municípios, será difícil de vencer - disse Marcelo Perez, coordenador de educação do Banco Interamericano de Desenvolvimento, um dos realizadores da pesquisa, com o MEC.
A pesquisa foi apresentada em um seminário internacional sobre o tema. Para especialistas presentes, os maiores desafios do próximo governo, além de cumprir a meta de oferecer as vagas, é dar qualidade e melhorar a formação dos professores.
- É preciso melhorar não só a qualidade da educação infantil, mas a transição da educação infantil para o ensino fundamental, com ênfase nos professores e nos gestores - apontou Sonia Kramer, da PUC-Rio.
Para Catarina Moro, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), o governo deverá lidar com o aumento de vagas sem prescindir da qualidade:
- Infelizmente, para ampliar o atendimento, houve um custo, que foi a redução do período integral para quatro horas. Isso precisa ser revisto.
A secretária de Educação Básica do MEC, Maria do Pilar Lacerda Almeida e Silva, disse que o governo planeja a construção de 1,8 mil escolas de educação infantil este ano, com investimentos de R$ 1,8 bilhão nos municípios. Segundo ela, há 90 mil unidades atendendo crianças no país, mas um dos problemas está na transição das creches, que pertenciam às secretarias de Assistência Social e foram repassadas à Educação."
"Em Angra dos Reis as creches já pertecem a Secretaria de Educação, mas os chamados Auxiliares de Recreação e Berçário ainda pertecem a Secretaria de Adminsitração mesmo atuando diretamente com as crianças em sala de aula, e com o aval total do SINSPMAR(Sindicato dos Servidores Públicos de Angra dos Reis) que diz que é perfeitamente possível e normal tal fato, e nada pode ser feito.
Pedimos mais uma vez aos Auxiliares de Creche de Angra dos Reis e de todo Brasil para mandarem e-mails para a Secretária de Educação Básica Maria do Pilar, pois ela conhece a causa dos Auxiliares de Creche e concorda que algo precisa ser feito.
Minha mãe sempre dizia:"-Temos que falar, pois quando ficamos de boca fechada é sinal de que tudo está bom".
Estudo mostra que só 1% das creches são boas - O Globo#coment
Clique aqui para ouvir a a entrevista na CBN com a Secretária de Educação Básica do MEC, Maria do Pilar Lacerda Almeida e Silva
Pedimos mais uma vez aos Auxiliares de Creche de Angra dos Reis e de todo Brasil para mandarem e-mails para a Secretária de Educação Básica Maria do Pilar, pois ela conhece a causa dos Auxiliares de Creche e concorda que algo precisa ser feito.
Minha mãe sempre dizia:"-Temos que falar, pois quando ficamos de boca fechada é sinal de que tudo está bom".
Estudo mostra que só 1% das creches são boas - O Globo#coment
Clique aqui para ouvir a a entrevista na CBN com a Secretária de Educação Básica do MEC, Maria do Pilar Lacerda Almeida e Silva
11 comentários:
Só falta eles dizerem que entre as creches de bom desempenho estão as de Angra.Seria uma piada!aqui ao invés de melhorar piora, tinha um quantitativo de funcionário bom, agora está péssimo, mas não é culpa deles não, o próprio MEc diz uma coisa e faz outra, quer uma educação infantil de qualidade com um quantitativo vergonhoso.Quanto a volorizar os profissionais , não tem dinheiro por causa das chuvas.
Conversando dias atrás com uma criatura sobre os Auxiliares de Creches e ela me disse que a creche não sobrevive sem esses funcionários, pois quem lipará o coco e o catarro se todos virarem professores?eu disse que cuidar e educar não pode separar e a criatura disse que ela cuida sim, pois ela manda os auxiliares limparem o nariz da criança, quando sente um cheirinho diz pra auxiliar que a criança evacuou, quando a criança chega do banho logo fiscaliza pra ver se a criança está limpinha, fica de olho pra ver se a auxiliar está dando a comida para a criança sem risco dela se engasgar.Nunca vi tanta ignorância!!!Ainda bem que existe esse blog pra gente poder contar essas atrocidades.
ONTEM VI UMA REPORTAGEM NA TV RECORD DE UMA PROFESSORA QUE COLOU UMA FITA NA BOCA DE UMA CRIANÇA QUE CONVERSAVA EM SALA DE AULA NA EDUCAÇÃO INFANTIL, ESSA PROFESSORA PODE PEGAR ATÉ SEIS ANOS DE PRISÃO, SE NÃO ME ENGANO ESSE EPISÓDIO JÁ ACONTECEU EM ANGRA.
Não posso dizer pelo Brasil, mas no Município do Rio de Janeiro a Educação Infantil está tão abandonada que não deveria ser citada pela pesquisa.
O que dizer do Município onde Pfofessores de Educação Infantil são chamados de Auxiliares, ganhando como auxiliares?
Vc está correta(o)anonima(o) de 19:57, até quando o Estado do Rio de Janeiro continuará a ignorar a educação Infantil? aqui em Angra ao invés de haver um consenso pra ver o que precisa melhorar, o que há é perseguição, transferências, há muito não se via a era da ditadura tão viva, só fatam nos levar pro tronco.E o mais engraçado é que fazem caras de santo e dizem que não são contra e nem a favor de nossa causa, algo grave, pois ou se é contra ou a favor,mas na verdade são é contra!enquanto isso o Rio de Janeiro vai sendo citado como um estado onde a Educação Infantil continua assistencialista,um lugar onde as crianças ficam guardadas até o pai chegar, nem sei por que aqui a secretaria de educação transferiu as creches para a Educação, não precisava, poderia ter ficado na Secretaria de Ação Social, talvez estaríamos melhor...
Oi "J",
Este acontecimento passado por vc me lembrou algo:me disseram que na Secretaria de Educação eles dizem de olhos esbugalhados que realmente essa nossa profissão"AUXILIAR" existe sim e que é legal,parece que pensam como essa tal "criatura" citada por vc.Eles se perguntam:quem fará o "grosso"?(expressão usada por outra criatura num comentário aqui nesse blog)
Aux. Recreação peça para a criatura ler a LDB, onde fala que o "Cuidar" está associado ao "Educar", logo fazemos o fino(Educar) e o grosso(cuidar).
Fico mais tranqüila agora que encontrei esse Blog, pois até então acreditava que os problemas encontrados por nós auxiliares do ES era apenas no município de são Gabriel da Palha ES, lendo os comentários é possível notar a semelhança do que vivemos aqui, no nosso caso talvez seja mais difícil pois temos que trabalhar 36h semanais por sermos consideradas da área administrativa.
Boa noite Zel,
Nós aqui em Angra trabalhamos trinta e cinco horas semanais e é uma carga horária bastante puxada para a função que desempenhamos, muitos já estão sentindo o efeito da jornada de trabalho imposta aos auxiliares pelos administradores sem compaixão, imagine então os auxiliares do município do Rio de Janeiro que trabalham 40 horas?Mas temos certeza que isso tudo vai ser revisto por que estamos lutando muito, sem descanso, e NADA nos pára, pois sabemos que da forma que está não pode ficar.
Nós em Angra também estamos lotadas na Secretaria de Educação mas pertecemos a Administração, uma vergonha!
Um abraço
Bom sou do município de São G. da Palha no ES. Aqui eh uma vergonha o cargo q eles chamam de Auxiliar de Educação infantil.
Agora sabemos q nao estamos só nesta luta. Mas aqui temos q esperar passasr 3 anos d periodo probatorio para lutarmos pelos nossos direitos.
olá sou auxiliar de educação infantil. Acredito que o nosso trabalho é extremamente importante, pois cuidamos de seres humanos (vidas).Vidas estas que ficam em nossos cuidados a maior parte do dia.É uma profissão maravilhosa. Somos cobrados a todo instante, a fazer um trabalho de qualidade. E lutamos para que isso aconteça no decorrer de todos os dias.Portanto creio também que merecemos receber um salário digno, tabralhar 6 horas por dia. Que lutemos para que seja possivel que isso ocorra...
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