Rumo a regulamentação de nosso cargo!!!

Mesmo após a LDB/1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) e o PNE/2001 (Plano Nacional de Educação), quando as creches deixaram de ter um caráter assistencialista e passaram a ser consideradas a primeira etapa da educação básica, onde quem trabalha em contato diretamente com as crianças é o professor e necessita ter a formação mínima em nível médio na modalidade normal para estar em sala de aula, muitos municípios continuaram a fazer concursos com a exigência de apenas nível fundamental ou médio, com nomenclaturas como auxiliar de recreação, berçário, auxiliar de creche, pajem, entre outras até os dias de hoje e como resultado disso exercemos atividades de docente, pois as creches de fato fazem todo o trabalho pedagógico, porém temos salários e direitos bem inferiores aos dos professores, mesmo tento a qualificação exigida por lei.

Convocamos aos ainda erroneamente chamados auxiliares, pajens, monitores, entre outras denominações a caminhar pela criação de nossa verdadeira identidade que é a de Professor de Educação Infantil, em muitos municípios profissionais como nós já conquistaram seus direitos agora é a nossa vez.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

O QUE CONFIRMA QUE SOMOS PROFESSORES DE EDUCAÇÃO INFANTIL SÃO NOSSAS ATRIBUIÇÕES.



 Comentário retirado da postagem: A LEGISLAÇÃO É CLARA, FALTA VONTADE POLÍTICA


"Professores de Educação Infantil precisam de nivel médio técnico em magistério e não auxiliares. O nome do cargo já diz AUXILIAR. O erro é deixar as auxiliares como responsáveis pela sala e não contrata-lãs. Quanto ao educar esta junto com o cuidar, entendo que o educar das auxiliares seja informal e o da professora mais pedagógico."


Prezada(o)anônima(o),

Quanto preconceito! Essa é nossa principal luta. Quando o preconceito for exterminado, as metas do MEC serão atendidas. Realmente para se atuar na Educação Infantil é necessário ter como nível de escolaridade o SUPERIOR, ainda sendo admitido o médio técnico, é por conta disse que o Governo federal vem gastando o dinheiro  do contribuinte através do PROINFANTIL(Programa de Formação Inicial para PROFESSORES em exercício na Educação Infantil) criado para formar os profissionais que atuam nas creches de forma irregular com nomes como: auxiliares, pajens, recreadores, auxiliares de recreação, agentes auxiliares de creches, auxiliar de sala, dentre outros. Veja o que diz o REFERENCIAL NACIONAL CURRICULAR PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL:


"Embora não existam informações abrangentes sobre os profissionais que atuam diretamente com as crianças nas creches e pré-escolas do país, vários estudos têm mostrado que muitos destes profissionais ainda não têm formação adequada, recebem remuneração baixa e trabalham sob condições bastante precárias. Se na pré-escola, constata-se, ainda hoje, uma pequena parcela de profissionais considerados leigos, nas creches ainda é significativo o número de profissionais sem formação escolar mínima cuja denominação é variada: berçarista, auxiliar de desenvolvimento infantil, babá, pajem, monitor, recreacionista etc."

Tudo na Educação Infantil é pedagógico! Esperamos que depois deste trecho você reveja seus conceitos sobre Educação Infantil e seus profissionais...



Comentário retirado da postagem: ATRIBUIÇÕES DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO INFANTIL.

"Sou auxiliar de creche a 14 anos e sinto-me realizada pelo que faço: cuido, educo,troco fraldas,faço todas as funções pedagógicas,que diz a respeito aos professores.SOU graduada em pedagogia e pós graduação em EI e Anos iniciais.Acredito e apoio o movimento das colegas auxiliares, pois merecidamente devemos ser reconhecidas como professoras de educação infantil desde que qualificada,pois a lei exige.Mas não é um concurso publico com soma de títulos que da experiencia ou pratica para um professor.Muitos professores concursados passam vergonha perto das auxiliares pois modéstia parte de primeira infância nos entendemos e temos condições de sermos reconhecidos como professores uma profissão na qual me orgulho muito.A classe do professor luta por um piso salarial justo,nos lutamos por um reconhecimento e também por uma remuneração justa. ATT. AUXILIAR DE CRECHE RS."

Prezada anônima,

Você cita uma estatística verdadeira sobre os  auxiliares de creche no Brasil, a maioria já  possui o Magistério quando não Pedagogia, ou seja, somos capacitados e  estamos aptos para desenvolver nosso trabalho com qualidade na educação Infantil, falta apenas nosso reconhecimento com a função que de fato cumprimos que é a de professor de educação infantil, quer algumas pessoas queiram, quer não. Dessa forma está muito cômodo para os prefeitos e seus secretários de educação: profissionais capacitados e mal pagos. Já que somos qualificados, portanto, não somos ignorantes, vamos formar uma corrente com elos fortes e exigir do poder público uma solução para nossa situação.


Comentário retirado da postagem: EM SILÊNCIO E SEM AÇÃO NADA VAMOS CONSEGUIR


"Boa Noite trabalho com monitora de creche na cidade de Souto soares Bahia, sou concursada exerço uma jornada de 40 horas semanais ganhando um salário de 600,00,eu também auxilio o professor em sala de aula preparo atividades lúdicas e pedagógicas para as crianças e não somos reconhecidas. Estou cursando a faculdade de pedagogia e tenho formação minima exigida por lei.Gostaria de receber uma ajuda uma orientação e não podemos nos calar isso é um descaso tanto para o profissionais de educação infantil e para a crianças .Obrigada temos que fazer uma paralisação a nível nacional."

A orientação que damos é formarmos movimentos, cada um em seu município, pressionar os gestores a corrigir 
o erro(deles) ao fazer concurso público com  a escolaridade insuficiente. Se para trabalhar na educação Infantil precisa por lei ter o Magistério, por que  não ganhamos pra isso? Não há a mínima possibilidade de se permanecer em sala de aula e não está a todo momento educando as crianças, só se fossemos robôs! A forma pela qual eles vão corrigir esse equívoco não sabemos ao certo, o que sabemos é que não permitiremos mais sermos passados para trás.

Uma paralisação à nível nacional seria uma ótima  saída, mas, por enquanto não é viável por conta de inúmeras perseguições políticas que vem acontecendo em várias secretárias de educação em diversos municípios, fazendo com que muitos se retraiam, embora podemos garantir que gradativamente os auxiliares estão acordando e se unindo aos demais na luta. Hoje, em Angra dos Reis,por exemplo, vemos reações de auxiliares que há um tempo nem abriam a boca.

Um abraço a todos!!!!

Este é o link para o grupo de debate dos auxiliares de creche do Município do Rio de Janeiro: 

Um comentário:

Anônimo disse...

Olá companheiros e companheiras de luta, hoje fui conversar com a secretária de educação de meu município e ela disse que não poderemos ser enquadradas no quadro de magistério e consequentemente não poderemos ser professoras, disse somente com concurso.
Mas quando eu e minhas colegas fizemos o concurso para o cargo teve concurso para professor também e a prova de auxiliar e professor foram iguais todas as questões.
Fiquei tão triste com a conversa com a secretária, com a falta de esclarecimentos desses gestores.Segundo o material do MEC, Parâmetros de qualidade para educação infantil relata um professor para 6 a 8 bebês, então eu questionei esse professor não seria o auxiliar,monitor,pajem, enfim? Ela me respondeu que não que um professor só iria cuidar das crianças na parte pedagógica e teria que ter uma auxiliar para troca de fralda dar banho.Mas segundo as leituras que tenho feito o professor é o próprio auxiliar desempenhando todas essas funções descritas acima.
Nos ajude obrigada.