Rumo a regulamentação de nosso cargo!!!

Mesmo após a LDB/1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) e o PNE/2001 (Plano Nacional de Educação), quando as creches deixaram de ter um caráter assistencialista e passaram a ser consideradas a primeira etapa da educação básica, onde quem trabalha em contato diretamente com as crianças é o professor e necessita ter a formação mínima em nível médio na modalidade normal para estar em sala de aula, muitos municípios continuaram a fazer concursos com a exigência de apenas nível fundamental ou médio, com nomenclaturas como auxiliar de recreação, berçário, auxiliar de creche, pajem, entre outras até os dias de hoje e como resultado disso exercemos atividades de docente, pois as creches de fato fazem todo o trabalho pedagógico, porém temos salários e direitos bem inferiores aos dos professores, mesmo tento a qualificação exigida por lei.

Convocamos aos ainda erroneamente chamados auxiliares, pajens, monitores, entre outras denominações a caminhar pela criação de nossa verdadeira identidade que é a de Professor de Educação Infantil, em muitos municípios profissionais como nós já conquistaram seus direitos agora é a nossa vez.

quarta-feira, 3 de março de 2010

BERTIOGA-SP NA LUTA...



Ana Paula disse...

"Enfim, boas notícias!!!!!!
Boa noite pessoal,
há um mês atras reuni tudo que tinha sobre a nossa causa, li muito aqui no blog, e entreguei todo o material para um vereador aqui da cidade.Ele falou que iria nos apoiar, e para minha surpresa ontem, na sessão da câmara enviou um documento para o prefeito, pedindo que se fizesse um projeto de lei para o nosso reenquadramento.Não imaginam a minha ansiedade, misturada com felicidade!
Agora vamos aguardar e ver o que acontece.
O apoio de vocês está sendo muito importante"



Olá Ana Paula!
Ficamos felizes em saber que vocês estão caminhando na direção do reconhecimento tão merecido, e por estarmos contribuindo um pouquinho para que isso ocorra, agora vamos aguadar a posição do prefeito, esperamos que ele garanta que os direitos de vocês sejam respeitados. Nos matenha informados.

21 comentários:

Anônimo disse...

Será que essa também não seria a medida certa pra nós? Ouvi de uma fonte segura que se primeiro pedíssemos a equiparação ao 104 eles já teriam liberado. Depois, que concluíssemos o Proinfantil veriam nossa equiparação para educadores. Temos que pensar nisso! Não vamos ser hipócritas em dizer que não queremos, pois nosso salário é o mais baixo do município. Temos que melhorar isso, sem radicalismos, mas com paciência.

Professora disse...

Anônimo das 17:54,
Achamos também que não é difícil darem um cala boca pra nós auxiliares, até por que devem estar envergonhados junto a população com o salário ridículo que pagam para pessoas que educam crianças, agora quanto a nos reconhecerem como educadores é outra história, o que vemos nitidamente pelo menos por enquanto é uma baita resistência, mas o caminho é por aí: debate, persistência, união e principlamente ATITUDE!
Um abraço

Anônimo disse...

Se hoje recebemos o salário mais baixo da prefeitura foi por um erro de quem formulou o edital do concurso sem consultar a lei. Eu não concordo com a equiparação para o 104 e aguardar o término do Proinfantil por causa de um erro que não foi nosso. O reenquadramento do nosso cargo deve ser pra já pois o município de Angra está em desacordo com a LDB não podemos aceitar esta situação sem questionar.

Professora disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Professora disse...

Boa tarde anônimo das 11:36,

Este foi mesmo um erro cometido não somente pela prefeitura de angra como em muitos municípios, principalmente no estado do Rio de Janeiro, mas quando tocamos nesse assunto os gestores fingem que não ouvem, mudam de assunto ou então continuam a dizer que estamos errados, que o concurso foi legal sim, que existe a nossa profissão ou seja,de cuidadores!
Nós também não concordamos com a referência 104, ela é injusta pra nossa função, bem diz o secretário de Administração Sr.José Eugênio em uma de nossas reuniões que mesmo dando a referência 105 pra nós ainda assim estará errado, pois não condiz com nossas responsabilidades, ele frizou que enquanto não se fizer justiça com nossa função, bateríamos em sua porta.Ele é um homem sábio...

Agora quanto ao reequadramento,eles se mantém estáticos, batem na tecla da inconstitucionalidade, mesmo quando explicamos que as nossas atribuições não mudarão,que não estamos migrando para um outro cargo , ou seja, é somente uma adequação à legislação,inconstitucional é sair de uma função pra outra que definitivamente não é nosso caso,citamos exemplos de outros municípios que fizeram esta adequação, mas é perda de tempo, eles fingem-se de mortos, parece que não conseguem ou não querem exergar.Eu concordo com você quando diz que não podemos aceitar a situação de estarmos sendo explorados, mas discordo quando diz "aceitar sem questionar", na verdade não devemos aceitar de forma alguma o que está errado!vamos continuar batalhando, a vitória é certa!
Um abraço.
Ps.:Pedimos se possível entrar em contato conosco pelo e-mail do blog que é:
educacaoinfantilangra@hotmail.com
Fique tranquila(o) guardaremos sigilo

Anônimo disse...

Cara Anônima das 11:26, brigar com dinheiro no bolso é bem melhor não acha? Seria ridículo de nossa parte não aceitar esse enquadramento para o 104 se aind a não terminamos o Proinfantil, mas se vc tem o curso normal, aó já é outra história... A lei é bem clara no senrtido do enquadramento e valorização de nossa função, temos que ter, pelo menos, o Ensino Médio Técnico. E pelo que eu saiba a grande maioria ainda não tem... O radicalismo não leva ninguém a lugar nenhum!!!

Anônimo disse...

Caro amigo(a) das 16:55 o enquadramento imediato do nosso cargo é o mínimo que a educação e a administração de Angra deve defender, exigir e fazer; o que você chama de "radicalismo" eu chamo de valorização profissional merecida mediante a complexidade do cargo que exercemos. Quanto a brigar com dinheiro no bolso, qual dinheiro? Da referência 104? Com certeza nossos governantes pensaram como você na hora de montar o concurso: sem consultar a lei, com nível de escolaridade baixo e consequentemente mão de obra barata. É uma pena...

Anônimo disse...

Amigo das 17:54 quando você diz que se tivéssemos pedido primeiro a equiparação para 104 já teríamos conseguido, inflizmente a sua fonte não é segura porque o secretário de administração afirmou que não adianta dar o 104 para nossa categoria pois nós voltaríamos para pedir mais. Ele entendeu a LDB. E você?!?!?!?!

Anônimo disse...

Meus amores... Quantos de nós temos a formação de professores? Se você tem, que bom! Mas uma coisa é você exigir tendo a formação de professores a outra é você exigir uma coisa que nós ainda não temos... É claro que depois de nossa formação a coisa fica diferente... Desculpa, mas isso é ser radical sim!

Anônimo disse...

Eu entendi... Mas será q vc entendeu que o governo federal criou o Poinfantil pra isso mesmo? Para nos dar capacitação?

Tia Ane disse...

MUITOS DE NÓS, TEM SIM A FORMAÇÃO DE PROFESSORES, E GARANTIR O DIREITO DESSE PESSOAL AGORA, ALÉM DE SER UMA QUESTÃO DE JUSTIÇA, SIGNIFICA GARANTIR NOSSO DIREITO ASSIM QUE TIVERMOS NOSSO DIPLOMA EM MÃOS. SE NÓS DEIXARMOS PARA CORRER ATRÁS DE NOSSOS DIREITOS DEPOIS DA CONCLUSÃO DO PROINFANTIL SÓ TEREMOS UM AUMENTINHO DAQUI UNS DEZ ANOS.

Adri disse...

Se a categoria fosse unida, digo isso a nível nacional, os governantes já teriam tomado providências, o debate sadio que vejo acontecer aqui é excelente porque mostra claramente que os auxiliares estão começando a entender e buscar seus direitos, isso é muito bom...

Anônimo disse...

Gente mas se eles nos derem pelo menos a ref. 104 por que não pegar, ou vcs querem continuar ganhando essa merreca? pra gente que tem filho já ajuda na comida e roupa das crianças pensem nisso!conheço um colega que só falta passar fome com este salário safado que ganhamos, pra ele significa comida no prato entederam?

Anônimo disse...

Querido(a),
Para que tanto desespero, ninguém aqui disse que irá recusar a ref. 104, apenas há um entendimento de que este não é nosso objetivo. Alias já fiquei sabendo que já criaram a ref. 105, então nos colocar na maior ref. do ensino fundamental é o mínimo que podem nos fazer.

Anônimo disse...

Se é inconstitucional a mudança de cargo sem concurso, por que os ADIs de São Paulo tornaram-se "Professores de Desenvolvimento Infantil"?

Professora disse...

Gostaria de esclarecer que a mudança de cargo é sim inconstitucional,mas o que aconteceu em São Paulo não foi uma mudança de cargo, a alteração da nomenclatura de ADI para Professor de Desenvolvimento Infantil não mudou a natureza do cargo, ou seja, suas atribuições continuaram as mesmas, cuidar e educar crianças de 0 a 5 anos, sendo assim suas funções já eram de professor de educação infantil, porém não tinham seu reconhecimento, assim como nós.
Quando a lei municipal foi sancionada fez a adequação do cargo,e os ADIs conquistaram seu reconhecimento como PDIs, tento seus direitos respeitados e conquistando sua valorização tão merecida.

Gostaria de lembrar que não queremos ser o Docente I de Angra dos Reis, que fez concurso para atuar até as primeiras séries do ensino fundamental. Dissemos que fazemos atribuições de Professor de educação Infantil(cuidar e educar), funções estas que o Docente I não realiza. Em todos os municípios que houve o reenquadramento, os profissionais ficam restritos em trabalhar na educação infantil, sendo necessário passar por um novo concurso se quiserem atuar nas series iniciais do ensino fundamental.

MARIA MATEUS disse...

Gostaria em primeiro lugar de cumprimentar todos EDUCADORES DE EMEIS e quero ressaltar que ainda existe EDUCADORES sem formação docente, mas esse não é problema para os demais, pois a LEI deu prazo suficiente para nós nos adequarmos a nova legislação, portanto tivemos mais de uma década, se faz necessário todos EDUCADORES dominar sua função NÃO SOMENTE NA PRÁTICA, MAS TAMBEM NA TEORIA. Tal comentário se fez necessário após ler no blog alguem questionando que AINDA não era docente, mas como já disse: SINTO MUITO, MAS INFFELIZMENTE NÃO É NOSSO PROBLEMA"

MARIA MATEUS disse...

Devemos "vestir a camisa" todos educadores em todas as cidades deveriam eleger um EDUCADOR REPRESENTANTE para a classe ter mais força e conquistar seu espaço na câmara municipal que está sendo denegrido por alguns egoistas. Aqui em minha cidade estamos lutando.

Ana Paula disse...

Boa noite pessoal,
Como falei da última vez, um vereador aqui da cidade, mandou um documento pedindo ao executivo que se fizesse um projeto de lei, pedindo o nosso reenquadramento. Esse mesmo vereador, nos orientou a procurar o prefeito, para que pudéssemos expor nossos pensamentos, e deixá lo ciente do documento que iria receber.
Marcamos e fomos, com a cara e a coragem!
Colocamos nosso ponto de vista, explicamos sobre LDB, constituição, e o prefeito nos falou que qdo chegar o documento vai analisa lo, e tudo vai depender da legalidade e do impacto orçamentário!!!!!
Estamos com esperanças. Muitas esperanças!!!!!!!!

Professora disse...

Oi Ana, bom dia!

Pelo menos o prefeito se mostrou receptivo com vocês, quanto a legalidade ele tem toda razão, deve-se mesmo fazer uma análise da situação,mas como sabemos a lei está do nosso lado.Quanto ao impacto orçamentário é outra coisa, se a lei mandar só resta a ele pagar, como ele vai arrumar o dinheiro, aí é com ele...
Um beijo e continue a participar!

Anônimo disse...

Boa tarde, pessoal, estava ausente, pois fiquei sem net, mas já consegui ler todas as postagens!!!
Continuamos na luta, como falei a última vez, um vereador da cidade fez a indicação para que o executivo fizesse o nosso reenquadramento. Como sabemos como tudo funciona na Secretária de Educação, descobrimos que o nosso processo, ficou parado dentro de uma gaveta, por dois meses. E para nossa surpresa, dois meses depois, saiu um decreto que nos transferia para a Secretária da Ação Social, onde iriamos trabalhar com menores infratores, crianças de 0 a 18 anos. Ficamos indignadas, pois, tudo seria diferente do edital do nosso concurso, desde perfil dos atendidos até a carga horária, que seriam 12 horas. Procuramos advogado, vereador, prefeito, e enfim conseguimos conversar com a Secretária da Educação. Está se mostrou bem solícita, e nos garantiu que o nosso processo vai andar. Tudo agora vai depender do jurídico...Mas tenho muitas esperanças que tudo se resolva logo.
Qualquer novidade volto a postar!!!