Rumo a regulamentação de nosso cargo!!!

Mesmo após a LDB/1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) e o PNE/2001 (Plano Nacional de Educação), quando as creches deixaram de ter um caráter assistencialista e passaram a ser consideradas a primeira etapa da educação básica, onde quem trabalha em contato diretamente com as crianças é o professor e necessita ter a formação mínima em nível médio na modalidade normal para estar em sala de aula, muitos municípios continuaram a fazer concursos com a exigência de apenas nível fundamental ou médio, com nomenclaturas como auxiliar de recreação, berçário, auxiliar de creche, pajem, entre outras até os dias de hoje e como resultado disso exercemos atividades de docente, pois as creches de fato fazem todo o trabalho pedagógico, porém temos salários e direitos bem inferiores aos dos professores, mesmo tento a qualificação exigida por lei.

Convocamos aos ainda erroneamente chamados auxiliares, pajens, monitores, entre outras denominações a caminhar pela criação de nossa verdadeira identidade que é a de Professor de Educação Infantil, em muitos municípios profissionais como nós já conquistaram seus direitos agora é a nossa vez.

terça-feira, 2 de março de 2010

SEPE- Sindicado Estadual dos Profissionais da Educação.


Anônimo disse...
"O SEPE é um sindicato prioritariamente dos Professores e jamais nos apoiaria.Precisamos colocar a nossa situação na mídia.A população brasileira tem o direito de saber o que acontece nas creches de um dos Maiores Estados do Brasil, Rio de Janeiro.Vamos aproveitar a Copa do Mundo e as Olimpiadas."

Anônimo disse...

"O SEPE pode até ajudar os AACs e os Monitores de Angra desde que os mesmos se limitem a ser "Meros Auxiliares".O SEPE só apóia as Merendeiras porque o interesse delas não conflita com os caprichos dos professores."

Diante destes comentários resolvemos fazer uma pesquisa sobre o SEPE que é o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação, enviamos a eles um e-mail fazendo algumas indagações, abaixo o e-mail enviado:

"Venho através deste manifestar minha indgnação para com este sindicato. Nós auxiliares de creche TAMBÉM somos profissionais da educação e merecemos assim como os demais profissionais, respeito, qualificação e valorização. Resolvi lhes escrever depois de ler um comentário no blog da educação infantil de Angra dos Reis, em que um leitor diz que este sindicato é prioritariamente dos professores, resolvi visitar o site e para meu espanto o SEPE é um sindicato não somente dos professores, mas dos profissionais da educação.

Pedimos que acessem o blog http://www.professoresdeeducacaoinfantil.blogspot.com/ e poderão acompanhar e até nos ajudar na luta pelo nosso reconhecimento como professores de educação infantil, já que desempenhamos a função de docente. Ter somente professores para cuidar e educar as crianças é um direito delas , garantino pela LDB, Política Nacional de Educação Infantil, Plano Nacional de Educação, Parâmetros Nacionais de Qualidade para a Educação Infantil. Temos um salário dos mais vergonhosos do Brasil e isso precisa ser mudado! contamos com o apoio de vocês.
Um abraço"

A resposta do SEPE:

From: vera lucia da costa Nepomuceno
To: diretoria@seperj.org.br
RE: Auxiliares de Creche de Angra dos Reis

"O SEPE tem uma história de unificações e é um dos poucos sindicatos deste país que representa a totalidade dos profissionais de educação. Em relação aos AAC aqui no RJ, já realizamos algumas plenárias e materiais específicos p/ esse setor. Em nossas visitas a creches e escolas temos dado acompanhamento a vários companheiros que têm sido inclusive perseguidos e assediados pela direção de escolas/creches, por terem denunciado as péssimas condições de seus locais de trabalho.Em relação ao reconhecimento enquanto professores de educação infantil temos realizado alguns debates, pois para nós precisamos é de um plano de carreira que garanta ascenção na carreira de acordo com seu tempo de serviço e formação. Já aprovamos a realização de uma conferência de educação esse ano e certamente esse debate também será travado por nós. Procure o SEPE da sua cidade, e qualquer dúvida venha nos visitar na sede central na capital. "


Não ficou claro em que o SEPE se propõe a nos ajudar quando diz: "pois pra nós precisamos é de um plano de carreira que garanta ascenção na carreira de acordo com o tempo de serviço e formação."

Pois para nós precisamos é de um plano de carreira que nos garanta a inclusão no plano de carreira do magistério e que sejamos reconhecidos como professores de educação infantil a exemplo de outros municípios.

Se a direção do SEPE acessou o blog da educação infantil (temos certeza que acessaram), puderam observar que é perfeitamente possível o nosso reconhecimento, que não queremos tomar o lugar dos docentes , queremos sim é tomar posse da nova nomeclatura criada pela legislação para aqueles que cuidam e educam as crianças pequenas. Concordamos que houve um erro no edital do concurso para este cargo cometidos em Angra e em vários municípios principalmente do estado do Rio de Janeiro (que deixam muito a desejar em matéria de educação infantil de qualidade), mas não foi por culpa dos profissionais que realmente praticam as atribuições do professor de educação infantil desde a posse, então nada mais justo que nosso enquadramento e valorização.

Se após todo esclarecimento aqui prestados por nós e pelos ACCs do Rio de Janeiro não conseguirmos apoio de nenhum dos sindicatos existentes (SEPE e Sindicatos dos Servidores Públicos), então uma outra alternativa seria a criação de um sindicato específico para a educação infantil a exemplo do SEDIN em São Paulo-SP, primeiro sindicato da educação infantil do Brasil, fundado em 15/10/2004, acreditamos que o sindicato foi criado devido a falta de um representante da educação infantil, suficientemente forte e comprometido com as dificuldades encontradas por profissionais da área, já que se trata de uma questão complexa que exige bastante empenho e mobilização. Após a criação deste sindicato os ADIs em São Paulo conseguiram seu reconhecimento como professores de educação infantil.

AACs do Rio, não seria viável contactar o SEPE, mais uma vez, a fim de apurar definitivamente qual a verdadeira intenção desse sindicado para com a nossa categoria? Pois mostram, através do e-mail enviado, que há um certo interesse em dialogar conosco, mesmo que a posição do SEPE ainda esteja um tanto confusa.

Link para o site do SEDIN: http://www.sedin.com.br/

P.S.: Aqueles que estão interessados na criação de um sindicato para a educação infantil é bom começar a se mobilizar, pois não será nada simples, afinal nada é fácil para a classse trabalhadora deste país, somente com muita dedicação e trabalho alcançaremos nosso objetivo.

7 comentários:

Anônimo disse...

Segundo a Constituição Federal de 1988, art. 8º, inciso III, cabe ao sindicato a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas.

Se não encontrarmos um sindicato que defenda nossos direitos, teremos que criar sim um sindicato específico da educação infantil.

Anônimo disse...

No site da prefeitura de Angra foi publicada hoje a notícia: "Obras do Cefet agradam ao ministro da Educação"
A notícia fala que nossa secretária de educação, Luciene Rabha, enncontrou com o ministro da Educação, Fernando Haddad, na última terça-feira, e que o ministro se mostrou satisfeito com a construção de um espaço para a instalação do CEFET em Angra e que ele aguarda o convite do nosso prefeito Tuca Jordão para a inauguração.

Não podemos perder o dia da inauguração do CEFET para contarmos a ele pessoalmente como anda a educação infantil por aqui, vamos ver se ele ficará satisfeito com isso também, mas enquanto isso podemos lhe informar por e-mail mesmo:
fernando.haddad@mec.gov.br
fehaddad@usp.br

Anônimo disse...

Não deve ser fácil fundar um sindicato, mas se existe os sindicatos foi por que alguém tomou a iniciativa.Podemos pensar num sindicato estadual da educação

Anônimo disse...

O Sepe nunca nos ajudou aqui no Rio, não vai ser agora que vai mudar, podemos tirar o cavalo da chuva, é melhor desistir.

Anônimo disse...

Continuo a dizer que o Sepe não levantará uma palha pra nos ajudar.

Professora disse...

Comentário retirado do orkut:

Olá!
Hoje consegui um RT no twitter.
Veja só: RT: @Ruthalbanita: RT @elianesuzel Acompanhem nossa luta: http://professoresdeeducacaoinfantil.blogspot.com/
RT: @elianesuzel: @Ruthalbanita Obrigada por entender nosso valor para a Educação Infantil.
Estou acompanhando de perto as postagens do Blog...admiro vcs, principalmente a organização e postura.
Por que vcs trabalham 7 h? Gostaria de maior embasamento sobre nossa carga horária ser no máximo 6h. Tb acho 25 crianças um nº absurdo, principalmente para o berçário...as crianças não se suportam. Para conseguirem licença de funcionamento as creches particulares não podem exceder esse nº ao máximo de 15 crianças.
Vcs acreditam num sindicato dos AACs?
Abçs.

Eliane, agradecemos mais uma vez pelo seu empenho,agindo assim estará contribuindo com toda categoria.A carga horária de sete horas ja veio definida no edital do nosso concurso,quanto a carga horária de no máximo 6 horas achamos a correta até por conta da complexidade do cargo,até o momento nós não encontramos nenhum embasamento legal que obrigue o limite da carga horária em 6 horas, teremos que pesquisar sobre o assunto.Quanto ao número de crianças por sala, o Plano Estadual de Educação(pág. 12) também prevê número de alunos por turma bem mais baixo do que acontece hoje aí no Rio e aqui em Angra.
Como já dissemos na postagem acima, acreditamos sim num sindicato da educação infantil,mas pra isso é preciso organização,comprometimento, disposição e um estudo minuncioso sobre o assunto.
Um abraço.

Márcia Nunes disse...

Sou Agente Auxiliar de Creche do município de Rio de Janeiro e afirmo a todos que em reunião de alguns AACs com o SEPE, após nós termos procurado este sindicato, que inclusive, participamos de 2 assembléias em que somente escutamos falar da "História de conquistas do SEPE",uma diretora do SEPE nos afirmou claramente que o SEPE "NÃO" apoiará o nosso reconhecimento como professores, que nós não fizemos concurso para professor, que a legislação naõ permitia e que devería ser criado um concurso específico para professores de creche, onde poderíamos ter títulos Qe que o SEPE nos apoiaria para termos um salário melhor e a carga horária diminuida, mas no nosso lugar, auxiliando um professor.
Diga-se de passagem que esta diretora foi professora articuladora de uma creche e sempre soube que eram as contratadas quem faziam a sua função como docente, atribuição que regularmente dita pela prefeitura, era sua, mas portanto,a remuneração para fazer esse trabalho era ela quem recebia.

Se essa situação já perdura desde 2003, quando as creches passaram para SME, quando foi exigida a presença do educador regente em cada sala, porque esse sindicato não fez algo na época?Agora?

Porque era fácil as P.AS. ganharem essa graninha enquanto as terceirizadas faziam seu trabalho caladas por medo de serem mandadas embora, pois essas atribuições não eram suas. Agora que este cargo virou público e somos tão funcionárias públicas quanto elas, não vamos mais aceitar sermos exploradas e estamos lutando e nos munindo de todas as provas que SOMOS "NÓS QUEM SOMOS PROFESSORES REGENTES DENTRO DE SALAS NAS CRECHES", eles vem falando que "NÃO PODE"?

Agora, já era...

Depois de 2 anos exercendo função de professor, eles vem querendo enfiar professores para auxiliarmos? Para que?
Uma coisa seria se quando chegamos nas creches encontrássemos professores para auxiliarmos,pois este concurso foi a nível FUNDAMENTAL, mas agora? Tchau!!!

Eu denunciei essa exploração ao M.P. e provei, tive o apoio do procurador e se estamos tendo algum respeito é porque nós estamos indo a luta "SOZINHOS". Sabemos da legislação, viramos detetives, estamos nos fortalecendo nacionalmente e a justiça está aí, ao acesso de todos e não precisamos desse sindicato que só visa os direitos dos professores reconhecidos,nos veêm como cargo inferior.

No dia 15/04 fui convidada pela promotora Bianca Mota de Moraes para uma reunião no M.P. de Proteção à educação, onde existe uma denúncia nossa, que foi deferia e já virou um procedimento público, onde esta mesma promotora encaminhou uma profissional em educação para fazer visitas nas creches, que comprovou PESSOALMENTE que NÃO EXISTE PROFESSOR CONOSCO e que somos nós quem estamos executando tais funções pertinentes a P.A. Esta visita resultou em fotos e um relatório, que consta neste procedimento, afirmando que somos "NÓS, MEROS AACS", OS REGENTES DE DENTRO DE SALA NAS CRECHES.

"NÃO SOMOS AUXILIARES DE NIGUÉM, SOMOS PROFESSORES DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL, SEM RECONHECIMENTO EM QUE ALGUNS NÃO TEM FORMAÇÃO,POIS NÃO CAIRAM NESSA ENGANAÇÃO DO PROINFANTIL, QUE SÓ SERVIRÁ PARA QUE A PREFEITURA SE ENQUADRE NA LEGISLAÇÃO POR TER COMETIDO UM ERRO GRITANTE COM A E.I. POR TER COBRADO NÍVEL FUNDAMENTAL PARA ESTE CONCURSO."

Beijos e boa sorte a todos nós PDIs.