Rumo a regulamentação de nosso cargo!!!

Mesmo após a LDB/1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) e o PNE/2001 (Plano Nacional de Educação), quando as creches deixaram de ter um caráter assistencialista e passaram a ser consideradas a primeira etapa da educação básica, onde quem trabalha em contato diretamente com as crianças é o professor e necessita ter a formação mínima em nível médio na modalidade normal para estar em sala de aula, muitos municípios continuaram a fazer concursos com a exigência de apenas nível fundamental ou médio, com nomenclaturas como auxiliar de recreação, berçário, auxiliar de creche, pajem, entre outras até os dias de hoje e como resultado disso exercemos atividades de docente, pois as creches de fato fazem todo o trabalho pedagógico, porém temos salários e direitos bem inferiores aos dos professores, mesmo tento a qualificação exigida por lei.

Convocamos aos ainda erroneamente chamados auxiliares, pajens, monitores, entre outras denominações a caminhar pela criação de nossa verdadeira identidade que é a de Professor de Educação Infantil, em muitos municípios profissionais como nós já conquistaram seus direitos agora é a nossa vez.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

PARALISAÇÃO DA CRECHE NA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

PARALISAÇÃO DA CRECHE NO DIA 14 DE OUTUBRO

Os 15 anos da LDBEN/96 e o não reconhecimento profissional dos professores das creches da Coseas/ USP.

Celebrando o Dia do Professor - 2011

Data: Sexta-Feira 14/10/2011 Local: Auditório da Faculdade de Educação (Bloco B) Horário: início às 8h30 e término às 13h00.

Em 2011, estamos debutando na luta pelo reconhecimento do trabalho que realizamos nas creches da USP. São 15 anos de desrespeito à Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996. São 15 anos de trabalho numa universidade que negligencia as especificidades do trabalho docente na Educação Infantil.

Para quem não sabe, nossa nomenclatura é “técnico de apoio educativo”, e não “professor”. Trata-se de função de nível médio, pertencente à carreira técnico-administrativa, lotada na assistência social. Com essa nomenclatura, somada à natureza assistencial do serviço, apesar do caráter educativo do nosso trabalho, não temos conseguido comprovar tempo de atuação como professores fora da USP.

Além disso, a carreira não contempla nenhuma conquista da categoria docente, como o direito às horas-atividade dentro do horário de trabalho, a aposentadoria especial do magistério etc.

Existe nas Creches uma comissão que vem acompanhando as várias tentativas de solução do problema no decorrer dos últimos anos.

Recentemente, obtivemos alguns avanços com a elaboração de um anteprojeto de lei que supostamente criará as carreiras de Professor de Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio na USP. Esse documento deverá ser enviado à Assembléia Legislativa para votação, quem sabe ainda neste ano de 2011.

Porém, o caminho ainda é longo e a luta necessária. O dia 15 de outubro, dia do professor, tem sido para nós um dia marcado pelo protesto, mas também pelo encontro e debate, em especial sobre nossa situação funcional, buscando novos e mais eficientes encaminhamentos.

Em outros anos, nossa parada mensal para formação continuada em serviço foi marcada no dia 15 de outubro, como uma forma de apoio da instituição. Neste ano, sugeriu-se o adiantamento da formação do dia 24, para o dia 14. Porém, diante da impossibilidade de alteração de calendário, decidimos, em votação, paralisar no dia 14 de outubro. Convidamos todos os que queiram participar das atividades para a seguinte programação:


Programação*

8:30 Café da Manhã

9:00 Depoimentos de professores – carreira, direitos e deveres.

10:30 Café e manifestação cultural

11:00 Anteprojeto de Lei para criação da carreira de professor de Educação Infantil, Fundamental e Médio.

11:30 Debate (pautado pelas temáticas da vida profissional: saúde, valorização, critérios de avaliação, formação); elaboração de documento.

13:00 Encerramento

*Convidados a confirmar

Esta aí um ótimo exemplo de mobilização e organização da categoria. VAMOS ORGANIZAR NOSSA PARALISAÇÃO NOS MESMOS MOLDES????


2 comentários:

Anônimo disse...

Sou professora ( pelo menos acho ) da rede municipal em creche em Ribeirão Preto e fiquei pasma de saber que a USP uma das mais importantes universidades do país, com professores que são referencia mundial na area da educação, não reconhece o trabalho dentro de suas creches como educativo, visto que não há professores , há técnicos.
Hoje me sinto um pouco mais decepcionada com os espaços de educação para crianças pequenas e o que podemos concluir que todas aquelas palavras bonitas dos doscentes da USP para uma educação de qualidade; não passa de balela para vender livros, pois na prática os professores de crianças pequenas são somente um substituto das mães. É lógico que na hora de cobrar empenho e dedicação a parte a parte educativa, eles são chamados à sua função de professor; e na hora de receber incentivo e condições de trabalho não passam de TÉCNICOS; ou AUXILIARES.

Anônimo disse...

tá dificil do ministro homologar o documento que nos garante direitos como professores enquanto isso amigas adoecem e os mesmos governates alegam que não somos professores e que nem fazemos parte do processo educacional gente isso ocorrer dentro da Prefeitura de Mauá dentro do estado de São Paulo por um prefeito PETISTA onde uma das precursoras que valorizou nós profissionais Marta Suplicy, vivemos um dilema que PT é esse de duas faces.