Rumo a regulamentação de nosso cargo!!!

Mesmo após a LDB/1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) e o PNE/2001 (Plano Nacional de Educação), quando as creches deixaram de ter um caráter assistencialista e passaram a ser consideradas a primeira etapa da educação básica, onde quem trabalha em contato diretamente com as crianças é o professor e necessita ter a formação mínima em nível médio na modalidade normal para estar em sala de aula, muitos municípios continuaram a fazer concursos com a exigência de apenas nível fundamental ou médio, com nomenclaturas como auxiliar de recreação, berçário, auxiliar de creche, pajem, entre outras até os dias de hoje e como resultado disso exercemos atividades de docente, pois as creches de fato fazem todo o trabalho pedagógico, porém temos salários e direitos bem inferiores aos dos professores, mesmo tento a qualificação exigida por lei.

Convocamos aos ainda erroneamente chamados auxiliares, pajens, monitores, entre outras denominações a caminhar pela criação de nossa verdadeira identidade que é a de Professor de Educação Infantil, em muitos municípios profissionais como nós já conquistaram seus direitos agora é a nossa vez.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

TEMOS QUE APROVEITAR A PREOCUPAÇÃO DO HADDAD COM A EDUCAÇÃO INFANTIL

Confiram a matéria disponibilizada no portal do MEC:

Haddad anuncia gratuidade da pós-graduação em educação


Sexta-feira, 30 de setembro de 2011 - 17:41

Cursos de pós-graduação, mestrados e doutorados em educação, mesmo em instituições privadas, serão gratuitos. O anúncio foi feito pelo ministro Fernando Haddad, na tarde desta sexta-feira, 30, durante o 7º. Congresso Inclusão: Desafio Contemporâneo para a Educação Infantil, promovido pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Unidades de Educação Infantil da Rede Direta e Autárquica do Município de São Paulo (Sedin).

Haddad explicou que deve assinar nos próximos dias uma portaria que dará a esses cursos o mesmo mecanismo do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies). Os professores que decidirem fazer o curso e trabalharem nas redes públicas terão a dívida saldada automaticamente.

O ministro da Educação admitiu que trabalha com dificuldade em um modelo de avaliação para a educação infantil. “Faço um desafio para vocês. Me mostrem os casos de sucesso e de eficiência para que possamos tabular esses valores.

Haddad creditou ao presidente Lula a inclusão da educação infantil no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), além do fornecimento de merenda, transporte escolar, biblioteca e livro didático. “O que mais me impressionou quando eu cheguei ao Ministério da Educação foi a constatação de que não só não havia mecanismos de financiamento, como não se dava importância a um ciclo tão importante da formação da criança.”

O ministro lembrou da emenda constitucional que tornou obrigatória a educação dos quatro aos 17 anos e qualificou o Programa de Reestruturação da Rede Escolar Pública (ProInfância) como o maior programa de expansão da rede física educacional. “A presidenta Dilma conveniou 4 mil creches e destinou recursos para 6.400 creches em todo o pais, 172 apenas na cidade de São Paulo. Além disso, o Ministério da Educação vai se responsabilizar pelo primeiro ano de custeio antes do censo” – concluiu.

Assessoria de Comunicação Social


Já que o governo vem constantemente anunciando a expansão das creches públicas no país, não seria então um momento oportuno para nos unir e lembrá-los que a situação dos profissionais de creche ainda está longe de ser resolvida.

Vamos esclarecer ao Haddad de que há muita coisa errada para se mostrar e resolver, antes de aparecer esses casos de sucesso e eficiência que tanto o governo quer mostrar. O grande desafio a ser resolvido é, primeiramente, o reconhecimento e valorização dos profissionais de creche.

Mas, como muitos profissionais de creche estão buscando qualificação, porque não fazer uma tese de mestrado ou doutorado sobre os problemas enfrentados dentro das creches.

As Educadoras Infantis de Belo Horizonte escreveram um artigo sobre a educação infantil que foi publicado em diversas instiuições, inclusive no exterior. O tema do artigo foi o seguinte: Educação Infantil e a Luta Pela Isonomia Salarial e de Condições de Trabalho: A Experiência da Rede Municipal de Belo Horizonte.

Esse é um dos caminhos que temos para gritar por socorro. Vamos mostrar ao mundo como cada município trata da educação infantil no Brasil.

P.S.: Se seu comentário ainda não foi publicado é porque queremos discutir sobre o tema em uma postagem. Liberaremos assim que possível.

6 comentários:

Lilian disse...

Mais um caso de descaso e injustiça do poder publico municipal com a educação

Nos auxiliares de creche do município de Lafaiete Coutinho BA, entregamos um oficio, esclarecendo sobre a nossa função diária na instituição escolar, explicando sobre a mudança de conceito de educação infantil. Mencionamos várias diretrizes como: plano nacional de educação infantil 2006, LDB 9394/96, parâmetros de qualidade. Mas o município não se orienta de acordo as diretrizes educacionais vigentes, como muitos outros sempre procura uma brecha para não cumprir o que determina a LDB. Paga caro a um advogado para contestar qualquer direito do cidadão e procura sempre um meio de burlar a lei. Desculpe-me, queremos no poder pessoas que respeita e coomprende a necessidade do cidadão, pois os políticos que elegemos são para trabalhar em favor do cidadão, não contra. Quando afirmou, que os auxiliares de creche não podem ser reconhecidos pela sua função docente. Só estão confirmando que a creche não tem nada de educativo. Mas um deposito de crianças onde não é necessário nenhuma formação para trabalhar diretamente com as crianças. Que vergonha, é porque são filhos de pobres? Será que ele não tem direito a uma educação de qualidade? Ou ninguém sabe o que é uma educação infantil de qualidade? Enquanto a necessidade de extinção do cargo de monitor, auxiliar de creche é realmente para melhorar a qualidade desta modalidade de ensino da educação básica, profissionalizar, exigir habilitação mínima para atuar nesta etapa. Porque se não fosse possível essa extinção de cargo, não seria mencionado no Plano nacional de educação infantil 2006, “extinguir progressivamente com cargos de auxiliar, monitor e outros que tenha função similar de professor de educação infantil, mesmo que concursados”. Este cargo de auxiliar de creche monitor e outros não são mais compatíveis na educação infantil desde que ela passou ser uma instituição educativa. A manutenção destes cargos aponta uma educação infantil longe de ser educativa, porque permanece no assistencialismo. Ah! Aquele discurso que tem um professor e um monitor, não é mais possível. Cadê a indissociabilidade do cuidar e educar? Enfim as creches vão continuar assistencialista, porque houve concursos sem a exigência da escolaridade mínima para atuar nesta modalidade? Pra que investimentos tão altos do governo federal em estrutura das creches, se na verdade elas continuam sendo assistencialistas? Os municípios precisam rever seus conceitos em relação à educação infantil, essas novas creches não são só mais uma obra. Analise direito antes de qualquer decisão nem sempre os advogados estão totalmente por dentro destas mudanças que ocorreu na educação infantil. Não somos nos os T profissionais deste cargo os maiores prejudicados, mas sim as crianças que representa o futuro da humanidade, estão retirando deles um direito previsto na constituição que é uma ”educação de qualidade.”

Anônimo disse...

CONCORDO COM A LILIAN ,OLHA SO O ABSURDO AINDA ESTÃO FAZENDO CONCURSO PARA MONITOR DE CRECHE COM FUNÇÃO DE PROFESSOR,VEJA AS ATRIBUIÇÕES DO CONCURSO MUNICIPAL DE FATIMA DO SUL,É UMA INDIGNIDADE,TEMOS QUE DAR UM BASTA NESSA INJUSTIÇA COMETIDOA EM TODO PAÍS.
Monitor de Creche:
Prestar apoio e participar do planejamento, execução e avaliação das atividades do educar e cuidar nos centros de educação infantil, creches e escolas, contribuir para o oferecimento de espaço físico e de convivência adequados à segurança, ao desenvolvimento, ao bem-estar social, físico e emocional das crianças nas dependências das unidades de atendimento da rede municipal; requisitar e manter o suprimento necessário à realização das atividades; zelar pela higiene e limpeza do ambiente e dependências sob sua guarda; observar as condições de funcionamento dos equipamentos, instrumentos e bens patrimoniais, solicitando os reparos necessários, para evitar riscos e prejuízos; utilizar com racionalidade e economicidade e conservar os equipamentos, materiais de consumo e pedagógicos pertinentes ao trabalho; observar regras de segurança no atendimento às crianças e na utilização de materiais, equipamentos e instrumentos durante o desenvolvimento das rotinas diárias; acompanhar e participar sistematicamente dos cuidados essenciais referentes à alimentação, higiene pessoal, educação, cultura, recreação e lazer das crianças; executar atividades correlatas.

Anônimo disse...

Meu nome é Zuleide sou auxiliar na prefeitura de mauá, passei a professor no ano 2007, era outra gestão, então entrou uma prefeitura petista e nos disse que o salario que ganhavamos era muito para o que faziamos.e entrou na justiça, a mesma concedeu uma liminar.e desde então somos humilhadas e maltratadas pela secretaria que não nos atende, porque alega não fazemos parte do processo educacional.O que é mais lamentável e que esta gente está nos gerindo

Anônimo disse...

DOURADOS MS. Aqui somos PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO INFANTIL ATUANDO COMO ASSISTENTE PEGAGOGICO, OU SEJA APOIO DO PROFESSOR, MAS A REALIDADE É OUTRA ASSUMIMOS SALAS, AINDA PIOR É NO MEIO DO ANO ONDE O PROFESSOR SAI PARA DESCANSO E NOS ASSUMI AJUNTANDO SALA, DANDO AQUELE JEITINO.NOSSO CONCURSO FOI ALÉM EXIGIA GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA E MAIS HABILITAÇÃO ESPECIFICA EM EDUCAÇÃO INFANTIL, ASSIM TEMOS FAMILIARIDADE NO CONCURSO DO PROFESSOR: MESMO REQUISTO PARA INGRESSO, ATRIBUIÇÕES, MAS TRABALHAMOS 6 HORAS E AINDA SOMOS MOTIVOS DE PIADINHA PELOS PROPRIOS DOCENTES, POIS ELES ADORAM POIS ACHAM QUE SOMOS EMPREGADOS DELES. SO DEUS SABE O QUE PASSAMOS E SENTIMOS, SOMOS FORMADOS COMO ELES , MESMO REQUISTOS DE INGRESSO MAS A NOMENCLATURA É QUADRO ADMINISTRATIVO, MAS ESTOU ESPERANDO MEU ESTAGIO PROBLATORIO VENCER POIS VOU ENTRAR NA DENFENSORIA PUBLICA, POIS pois não é lícito colocar em situação igual servidores que proveram cargos de forma desigual SENDO AMBOS PROFISSIONAIS IDENTICOS E AINDA SOFRE PRECONCEITOS E MOTIVOS DE CHACOTAS,

Anônimo disse...

Aqui em Altinopolis a exploraçao e tanta que professor falta monitor tem que ficar com a sala ,pois dizem que nao tem substituto.trabalhamos 8hrs nos sugam ate o sangue.

Anônimo disse...

Meu nome é Maria mandruvá silva
Sou monitora de creche da prefeitura aqui em Carandai mg, alias somos assistentes de ônibus pois temos de buscar as crianças nos vários pontos da cidade e elevar ate a escola, depois ficar na sala de aula com a professora e realizar as tarefas de monitoras durante o dia, no final da tarde levar nos ônibus as crianças até suas casas.
Que absurdo, viramos cuidadoras de transporte escolar com salario mínimo, ficamos mais nos ônibus que nas escolas
O prefeito anterior prometeu que ia contratar assistentes de transporte escolar masculino para ajudar aos motoristas, e acabar com as linhas próximas das escolas mas não deu tempo de fazer
Quando terá uma câmara no município que ira enxergar este absurdo e fazer uma lei para acabar com este erro que o prefeito faz com as profissionais da educação de Carandaí, única cidade pequena que apanha crianças dentro da cidade ferindo a lei vigente que so pode ser após 2 km e na zona rural