Rumo a regulamentação de nosso cargo!!!

Mesmo após a LDB/1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) e o PNE/2001 (Plano Nacional de Educação), quando as creches deixaram de ter um caráter assistencialista e passaram a ser consideradas a primeira etapa da educação básica, onde quem trabalha em contato diretamente com as crianças é o professor e necessita ter a formação mínima em nível médio na modalidade normal para estar em sala de aula, muitos municípios continuaram a fazer concursos com a exigência de apenas nível fundamental ou médio, com nomenclaturas como auxiliar de recreação, berçário, auxiliar de creche, pajem, entre outras até os dias de hoje e como resultado disso exercemos atividades de docente, pois as creches de fato fazem todo o trabalho pedagógico, porém temos salários e direitos bem inferiores aos dos professores, mesmo tento a qualificação exigida por lei.

Convocamos aos ainda erroneamente chamados auxiliares, pajens, monitores, entre outras denominações a caminhar pela criação de nossa verdadeira identidade que é a de Professor de Educação Infantil, em muitos municípios profissionais como nós já conquistaram seus direitos agora é a nossa vez.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

CARTA AOS PAIS

Queridos colegas,

Precisamos mobilizar os pais, eles precisam estar do nosso lado, por conta disso foi feita uma carta por um grupo de auxiliares de creche e distribuída aos pais em algumas creches e nas comunidades.

A Sub-Secretária Neusa Fonseca juntamente com Denise Jordão e mais algumas pessoas fizeram uma reunião de emergência, se dividiram e foram pessoalmente nas creches para desmentir e acalmar os pais que estavam profundamente preocupados, pois dependem muito do trabalho dos auxiliares, pois sem eles as creches param.

O que nos deixou tristes foi saber que Denise Jordão se posicionou de uma forma bastante "inadequada", pelo que chegou aos nossos ouvidos, Denise disse aos pais durante a reunião que eles poderiam ficar despreocupados, pois não haveria paralisação alguma, já que iria demitir os auxiliares caso não parássem com esta história.

Denise precisa saber que temos direito a fazer greve, se estamos nos mobilizando é porque há algo errado, ameaças não irão resolver o problema, temos consciência sobre nossos direitos, já passou da hora da secretaria sentar e conversar francamente no intuito de ressolver de vez esta situação, estamos ficando doentes com a carga horária que nos é imposta, ficamos o dia inteiro dentro da creche sob barulho extremo, responsabilidade, uso excessivo da voz, em pé praticamente o dia inteiro, pois o mobiliário é para crianças até 5 anos, pressão por boa parte das direções que parecem ser treinadas no nazismo.

Se os professores trabalham quatro horas e meia por não aguentarem uma rotina além deste período, por que nós temos que suportar?

Também precisamos denunciar diretoras que pensam estar acima das leis ao MP, quantas vezes forem necessário, até que a Secretaria de Educação por bem ou por mal substituam estas pessoas que agridem funcionários com terror psicológico, inclusive há caso em que uma diretora ameaçou as funcionárias dizendo que se alguém participar das reuniões sobre essa história de aumento, de regulamentação... estará fora! Serão transferidas para os cafundós do Judas.

Fazemos o trabalho do Professor de Educação Infantil e recebemos como auxiliar, cargo e nomeclatura ultrapassada, que já deveria ter sido extinta desde 1996,.

Trabalhamos em creches sem um pingo de estrutura, são banheiros pequenos para uma multidão de crianças que se enfileram, com tempo cronometrado para cada uma, ou seja, 2 a 3 minutos.

Refeitório pequeno para atender a demanda, salas sem ventilação, parecendo o caldeirão, auxiliares que chegam a ficar sozinho com 25 crianças quando alguns funcionários faltam e não tem ninguém pra fazer esta cobertura., e muitas coisa mais...

Creches sem diretores que passam o dia batendo perna e funcionários tendo que responder pela direção.

Vejam a carta entregue aos pais:



ATENÇÃO


Aos Pais Usuários das Creches Municipais e Comunidade

Nós, Auxiliares de Recreação e Berçário, vimos através desta, informar a situação em que nos encontramos, enquanto profissionais que são responsáveis diretos pela educação de seus filhos.
Desde 1996 a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) as creches deixaram de pertencer a Secretaria de Ação Social, onde as creches tinham o objetivo de apenas “guardar” as crianças para que suas mães pudessem trabalhar e passaram a pertencer à Secretaria de Educação, sendo assim as creches passaram a ser consideradas como primeira etapa da educação básica, visando o desenvolvimento físico, psíquico e cognitivo das crianças, desta forma todo o profissional que atua dentro de sala de aula é professor, porém na educação infantil, é um professor diferente que acumula duas funções: o educar (com jogos e brincadeiras pedagógicas) e o cuidar (dar banho, trocar fraldas), sendo assim a figura esdrúxula do auxiliar deveria ter sido banida desde 1996.

No entanto a Prefeitura de Angra dos Reis, mesmo depois da LDB, realizou um concurso de forma errada contratando auxiliares (com baixa escolaridade) para realizar a função do professor, no intuito de contratar mão-de-obra barata, porém após o concurso diversos profissionais (auxiliares de recreação e berçário) obtiveram a formação em magistério (professor) e para os que não possuíam a formação o próprio município aderiu a um programa do Governo Federal para ter todos seus profissionais com a devida formação o Proinfantil (Programa Nacional para Professores Leigos em Exercício na Educação Infantil).

Após ficarmos cientes das leis que nos regem, ou seja, após sabermos que é exigência nós termos a formação de professor, entramos em negociação com a Secretaria de Educação e Administração, afinal se é necessário termos a formação de magistério, nada mais justo que tenhamos uma remuneração compatível com a formação que nos é exigida, o que não acontece, pois hoje somos educadores, desenvolvemos todo o trabalho pedagógico com a formação exigida, porém recebendo o salário mínimo da prefeitura.

Visto que estamos neste impasse a mais de um ano e não temos uma resposta positiva deste governo, pedimos aos pais e comunidade que entrem nesta luta conosco, para que não seja necessário darmos o próximo passo, que será uma paralisação, o que será prejudicial tanto para nós quanto para a rotina dos pais e das crianças.

Bem, os auxiliares aos poucos estão entendendo a causa e estão aderindo ao movimento, estão se irritando com novas transferências e perseguições. Isto é bom!

Queremos paz, mas:


"PAZ SEM VOZ NÃO É PAZ...
É MEDO!"

O Rappa

13 comentários:

Anônimo disse...

Aos funcionários das creches...realmente os diretores sofrem uma pressão por parte da secretaria...A diretora da Itanema, pensando em ajudar os alunos no projeto de flautas pediu ajuda ao vereador Cordeiro, o vereador doou as flautas.A secretária quase exonerou a diretora, segundo os comentários, a secretária disse que melhor ficar sem as flautas do q receber algo da oposição.Q pressão...

Anônimo disse...

Essa postura autoritária da gerente de educação infantil é a mesma usada contra os funcionários e agora os pais já sabem...

Anônimo disse...

A secretaria fez reunião com os pais, agora é nossa vez de organizar uma reunião com eles, vamos contar nossa versão, tb ñ podemos esquecer de falar sobre a estrutura das creches e a intenção da secretaria em reduzir a quantidade de auxiliares por turma.

Anônimo disse...

Acho, que essa reuniao tem que ser feita com os pais o mais rapido possivel.
aux de berçario

Professora disse...

Anônimo de 14:04,

Achamos que para o bem da educação a Secretária não deveria olhar o santo e sim o milagre, se oposição,ou se situação, qualquer doação é sempre bem vinda se esta vai cooperar com a educação dos alunos.Se bem que a prefeitura de Angra não precisa mendigar flautas, já que é uma das maiores arrecadações do país.

Eliane disse...

Municípios diferentes, problemas iguais.

Vamos unir nossa luta!

Anônimo disse...

NEM TODAS AS DIRETORAS SÃO CARRASCOS, A DA CRECHE DO FRADE POR EXEMPLO, POR ENQUANTO,NEM APOIA NEM É CONTRA, SIMPLESMENTE NÃO SE ENVOLVE, POR ISSO OS FUNCIONÁRIOS DÃO O MELHOR DE SI.SERIA DESTA FORMA QUE AS OUTRAS DIRETORAS DEVERIAM SE COMPORTAR, NÃO VAI SER NOSSA CAUSA QUE VAI DIZER SE A DIRETORA FICA OU NÃO NA UNIDADE E SIM SEU TRABALHO JUNTO A COMUNIDADE, OU NÃO?

JL disse...

O que acontece é que como o cargo de diretora é de confiança, elas ficam reféns da secretaria de educação, tem uma delas que dá presente e só falta subir no lustre ou plantar bananeira para se aparecer pra Denise Jordão e pra Neusa Fonseca. Coisa feia de se vê, a chefia adora, parece sentir prazer em ver essas coitadas se humilhando para ficarem no cargo, só no cargo, porque na creche é difícil.

Anônimo disse...

ulalá...preparem o lombo, cuidado com o esquema que existe lá na MT, as reuniões acontecem a todo vapor,a portas fechadas, com um pouco mais de sorte vcs poderão colocar neguinho na cadeia...estou por perto, se der ajudo vcs.

Professora disse...

Anônimo de 21:10,

Não entendemos seu recado. O que significa "MT", favor entrar em contato com nosso e-mail:
educacaoinfantilangra@hotmail.com

Abraços.

Anônimo disse...

A educação não avança em Angra,por causa dos covardes q nela trabalham.Um exemplo, foi o congresso no colégio naval,A secretária deu ordem para quem trabalha na secretaria de educação, todos deveriam sentar juntos e votar juntos, foi claro e evidente os votos combinados.Que coisa feia, é pra ter vergonha,São uns pau mandados;

auxiliar pasma disse...

Se entendi, as diretoras podem fazer o que querem dentro das creches que a Secretaria de Educação apoia? é por isso que elas se comportam assim, pois sabem que tem quem bata palmas pras maldades delas.Não entendi por que o prefeito ainda não viu o mal que esta gestão está fazendo pra educação de angra, no mínimo, quando soubesse de algo errado nas creches eles deveriam investigar e não dizer de ante mão que a diretora está certa.

Anônimo disse...

OLÁ CARA COLEGAS DE LUTA DO RIO.SOU AQUÍ DE PRAIA GRANDE.ENVIEI UM QUESTIONAMENTO AO MEC EM RELAÇÃO A SITUAÇÃO VERVONHOSA DE NOSSO PAÍS FRENTE AOS PROFESSORES DAS CRECHES.QUE SÃO RECONHECIDOS E DISCRIMINADOS E ENTÃO QUIS SABER O QUE FAZER.A RESPOSTA FOI QUE EU ENVIASSE UM EMAIL PARA O FUNFEB FAZENDO UMA DENÚNCIA OU RECLAMAÇÃO.SEGUE AÍ PARA TODAS QUE SE INTERESSAREM O EMAIL, VAMOS TODAS ESCREVER COMO UM GRITO QUE NÃO QUE CALAR.fundeb@fnde.gov.br