Rumo a regulamentação de nosso cargo!!!

Mesmo após a LDB/1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) e o PNE/2001 (Plano Nacional de Educação), quando as creches deixaram de ter um caráter assistencialista e passaram a ser consideradas a primeira etapa da educação básica, onde quem trabalha em contato diretamente com as crianças é o professor e necessita ter a formação mínima em nível médio na modalidade normal para estar em sala de aula, muitos municípios continuaram a fazer concursos com a exigência de apenas nível fundamental ou médio, com nomenclaturas como auxiliar de recreação, berçário, auxiliar de creche, pajem, entre outras até os dias de hoje e como resultado disso exercemos atividades de docente, pois as creches de fato fazem todo o trabalho pedagógico, porém temos salários e direitos bem inferiores aos dos professores, mesmo tento a qualificação exigida por lei.

Convocamos aos ainda erroneamente chamados auxiliares, pajens, monitores, entre outras denominações a caminhar pela criação de nossa verdadeira identidade que é a de Professor de Educação Infantil, em muitos municípios profissionais como nós já conquistaram seus direitos agora é a nossa vez.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL.

Ao lado, em nossa lista de DOCUMENTOS IMPORTANTES, disponibilizamos os três volumes do Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Observem que o MEC fala a mesma língua em todos seus documentos, mas infelizmente alguns municípios resistem em aceitar o óbvio, o que gera uma grande perca da qualidade para a educação infantil. Ressaltamos alguns trechos a seguir.
Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil volume 1:

"Nas últimas décadas, os debates em nível nacional e internacional apontam para a necessidade de que as instituições de educação infantil incorporem de maneira integrada as funções de educar e cuidar, não mais diferenciando nem hierarquizando os profissionais e instituições que atuam com as crianças pequenas e/ou aqueles que trabalham com as maiores."
**********
"Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidados, brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal, de ser e estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e confiança, e o acesso, pelas crianças, aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural."
**********
"Além da dimensão afetiva e relacional do cuidado, é preciso que o professor possa ajudar a criança a identificar suas necessidades e priorizá-las, assim como atendê-las de forma adequada. Assim, cuidar da criança é sobretudo dar atenção a ela como pessoa que está num contínuo crescimento e desenvolvimento, compreendendo sua singularidade, identificando e respondendo às suas necessidades. Isto inclui interessar-se sobre o que a criança sente, pensa, o que ela sabe sobre si e sobre o mundo, visando à ampliação deste conhecimento e de suas habilidades, que aos poucos a tornarão mais independente e mais autônoma."
**********
"Embora não existam informações abrangentes sobre os profissionais que atuam diretamente com as crianças nas creches e pré-escolas do país, vários estudos têm mostrado que muitos destes profissionais ainda não têm formação adequada, recebem remuneração baixa e trabalham sob condições bastante precárias. Se na pré-escola, constata-se, ainda hoje, uma pequena parcela de profissionais considerados leigos, nas creches ainda é significativo o número de profissionais sem formação escolar mínima cuja denominação é variada: berçarista, auxiliar de desenvolvimento infantil, babá, pajem, monitor, recreacionista etc."
*********
"Nessa perspectiva, os debates têm indicado a necessidade de uma formação mais abrangente e unificadora para profissionais tanto de creches como de pré-escolas e de uma restruturação dos quadros de carreira que leve em consideração os conhecimentos já acumulados no exercício profissional, como possibilite a atualização profissional."
*********
"O trabalho direto com crianças pequenas exige que o professor tenha uma competência polivalente. Ser polivalente significa que ao professor cabe trabalhar com conteúdos de naturezas diversas que abrangem desde cuidados básicos essenciais até conhecimentos específicos provenientes das diversas áreas do conhecimento. Este caráter polivalente demanda, por sua vez, uma formação bastante ampla do profissional que deve tornar-se, ele também, um aprendiz, refletindo constantemente sobre sua prática, debatendo com seus pares, dialogando com as famílias e a comunidade e buscando informações necessárias para o trabalho que desenvolve. São instrumentos essenciais para a reflexão sobre a prática direta com as crianças a observação, o registro, o planejamento e a avaliação."
********
Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil volume 2:

"TROCA DE FRALDAS
A organização do ambiente e o planejamento dos cuidados e das atividades com o grupo de bebês deve permitir um contato individual mais prolongado com cada criança. Enquanto executa os procedimentos de troca, é aconselhável que o professor observe e corresponda aos sorrisos, conversas, gestos e movimentos da criança. Para evitar que esse cuidado individualizado implique num longo tempo de espera para as demais crianças, ou se torne uma rotina mecanizada, é importante considerar o número de bebês sob a responsabilidade de cada professor, a localização e as condições do local de troca e a organização do trabalho."

15 comentários:

Anônimo disse...

É ISSO MESMO, QUANDO SE TRATA DE EDUCAÇÃO INFANTIL, QUEM TROCA FRALDAS É O PROFESSOR!!!!!!!! É ESSE PROFISSIONAL QUE AS CRIANÇAS TÊM O DIREITO DE TER!!!!!

Anônimo disse...

Nós não somos analfabetos, sabemos ler e temos acesso as informações, então q a secretaria não venha com aquela conversa mole de que nós não somos os professores leigos que o governo manda enquadrar, que somente são professores leigos aqueles do nordeste ou então q trabalhavam lá na ilha sem qualificação. Essa história não cola!!!! Os fatos estão aí pra quem quiser conferir.
Bjos.

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Angra precisa entender que as creches agora são espaços que possuem o objetivo de potencializar o desenvolvimento e o conhecimento das crianças, sendo assim não há como se admitir profissionais com baixa escolaridade para atender as crianças.
O Professor de Educação Infantil é um professor diferenciado, já que também assume a função de cuidar, ele troca fralda sim, mas nem por isso ele se torna menor do que os outros professores, todos são mediadores do conehcimento e aprendizagem.

Anônimo disse...

Pouco se vê a "atuação" desse PEDAGÓGICO que a classe tanto fala.É muito bonito reivindicar, exibir leis e divulgar atitudes de municípios que nem se conhece a realidade... o difícil é convencer, ou melhor, "mostrar serviço" de fato!

Professora disse...

Prezada anônima,
Você está confundindo a Educação Infantil, com as outras etapas da educação básica, na educação infantil o pedagógico TAMBÉM está incluído nas brincadeiras,no banho, nas atividades dirigidas,na hora da alimentação etc...na faixa etária dessas crianças é englobando esse todo que elas aprendem!!!!Estamos nos baseando em legislação justamente por que a lei é pra ser cumprida.cada município tem autonomia para se organizar de acordo com sua realidade como bem disse você,porém os municípios tem que fazer suas adaptações em consonância com a legislação federal, caso isto não aconteça, o que prevalece é a lei federal, se lá diz que o profissional da educação infantil tem que ter a formação de magistério, isto tem de ser cumprido! É isto!
Um abraço.

Anônimo disse...

Justamente para fazer melhor este trabalho PEDAGÓGICO, estamos cursando o Proinfantil, afinal as crianças têm direito a profissionais qualificados, uma grande perda é que nossa secretaria não quer que usemos o que estamos aprendendo, só pra não precisar nos pagar o que temos direito.

Anônimo disse...

PARA OLIVEIRA(2005),O PROFESSOR É O MAIOR COMPANHEIRO DA CRIANÇA EM SEU PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DURANTE SUA TRAJETÓRIA NA CRECHE E NA PRÉ-ESCOLA.O profissional da educação infantil deve ter o papel de acolhedor,integrador e orientador das crianças.Porém nem sempre o professor da Educação Infantil foi visto dessa maneira.Por muito tempo ,esse profissional desempenhou papéis sociais:de babá,pajem,monitor,e recreacionista.Essa visão sobre o professor da Educação Inantil só mudou quando se alterou ,também ,a concepção sobre a infância,consubstanciada na tríade crescimento-desenvolvimento-aprendizagem.A partir desssa concepção sobre Educação Infantil,o professor da primeira infância passou ter uma nova função.
MENINAS LUTAM POIS VOCÊS ESTÃO AMPARADOS PELA legislação e por muitos teóricos.
OBS.FIQUEM ATENTOS POIS NESSE BLOG DEVE-SE POSTAR ASSUNTOS QUE ABORDEM SOBRE A QUALIFICAÇÃO E VALORIZAÇÃO PROFISSIONAIL DE VOCÊS.ENTENDI QUE VOCÊS SIMPLESMENTE QUER SER VALORIZADOS,NÃO QUEREM TOMAR O LUGAR DO DOCENTE I. NA MINHA CONCEPÇÃO EESE BLOG NÃO DEVE COLOCAR ASSUNTOS PESSOAIS CONTRA AS PESSOAS ESSE É UM BLOG SÉRIO POIS ATRAVÉS DESSAS POSTAGENS E REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS AS AUTORIDADES DO SEU MUNICÍPIO PODEM SIM CHEGAR A UM CONSENSO QUE VOCÊS QUEREM O MELHOR PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL DE ANGRA DOS REIS.

Fa. disse...

Minha gente, quando ganharmos este reconhecimento, se ainda for nesta gestão, preparem o lombo rsrs...elas vão colocar um banquinho e uma coordenadora sentada vijiando o nosso trabalho,vão exigir da gente o máximo possível.Afe!

Anônimo disse...

Todas as profissionais de creche devem sim ser consideradas professoras, pois não trocam somente fraldas de crianças, fazem muito mais do que isso, todos já sabem disso, só não querem enxergar.Professoras que pegaram maternal, estavam completamente perdidos, quem teve que ajudá-los teve que ser as A.D.I.S, para elas(professoras) ganharem mais, e fazer exatamente tudo o que já faziam as A.D.I.S e com menas horas de trabalho que elas.Isso é justo?Só porque algumas não tem formação adequada, mas tem a prática,que as vezes vale mais que as que dissem que tem formação e sabem fazer muito menos que as A.D.I.S.Quanto a formação as A.D.I.S estão esperando, pois com o que ganham tem que ser de graça e não todos os dias da semana , trabalham horas estão cansadas,8hs com crianças, não é fácil, muitas tem filhos também .Formação e só dar, todas estão esperando este curso a distãncia,que já era para ter saído, mas até agora..........

Anônimo disse...

Todas as profissionais de creche devem sim ser consideradas professoras, pois não trocam somente fraldas de crianças, fazem muito mais do que isso, todos já sabem disso, só não querem enxergar.Professoras que pegaram maternal, estavam completamente perdidos, quem teve que ajudá-los teve que ser as A.D.I.S, para elas(professoras) ganharem mais, e fazer exatamente tudo o que já faziam as A.D.I.S e com menas horas de trabalho que elas.Isso é justo?Só porque algumas não tem formação adequada, mas tem a prática,que as vezes vale mais que as que dissem que tem formação e sabem fazer muito menos que as A.D.I.S.Quanto a formação as A.D.I.S estão esperando, pois com o que ganham tem que ser de graça e não todos os dias da semana , trabalham horas estão cansadas,8hs com crianças, não é fácil, muitas tem filhos também .Formação e só dar, todas estão esperando este curso a distãncia,que já era para ter saído, mas até agora..........

Professora disse...

Isso mesmo, a formação inicial dos ADIs é uma obrigação do município e não deve ter nenhum custo para os funcionários, afinal o município recebe a verba do FUNDEB pra garantir nossa formação também. O Sindicato deve ser acionado para cobrar de seu município a formação que vcs têm direito.

Anônimo disse...

Eu também sou monitora, e na minha cidade não querem reconhecer o nosso trabalho. Não se pode separar a função cuidar da função educar! Também somos professores!

Anônimo disse...

PELO AMOR DE DEUS!!!! TROCAR FRALDAS!!!! ESTUDAR 3 ANOS DE PEDAGOGIA PARA TROCAR FRALDAS? O MÉDICO DÁ BANHO EM PACIENTES?CLARO QUE NÃO!!! O PROFESSOR SEJA QUAL NÍVEL FOR TEM DE SE PREOCUPAR COM AS QUESTÕES PEDAGÓGICAS, TEMOS QUE NOS VALORIZAR E PARAR DE ENCHER O BOLSO DE INSTITUIÇÕES PRIVADAS QUE SE RECUSAM A CONTRATAR BERÇARISTAS PARA FAZEREM ESSE SERVIÇO, E NA REDE PÚBLICA O ESTADO OU MUNICIPIO DEVEM CONTRATAR PROFISSIONAIS PARA ESSE TIPO DE SERVIÇO! ENSINAR A IMPORTÃNCIA DA HIGIENE E OS CUIDADOS BÁSICOS COM A QUESTÃO SANITÁRIA É ATRIBUIÇÃO DO PROFESSOR, TROCAR FRALDAS NÃO! CUIDADOS COM A CRIANÇA SIM, SER BURRO DE CARGA E ACEITAR CERTAS IMPOSIÇÕES NÃO!!!!
E TENHO DITO....

Anônimo disse...

Somos pedagogas, estudamos 4 anos e não 3 colega! fora o magistério que foram mais dois anos, e agora a pós com mais dois anos!

Mesmo tanto estudo e tanta inteligência não nos fez ser ignorantes, o médico não lava o paciente pelo simples fato de que ele tem o enfermeiro, no qual sua função é unicamente esta!

A professora e a professora auxiliar, tendo um trabalha pedagógico juntas, fazem jus a este trabalho unidas, sem preconceito, o modo como se troca uma fralda é pedagógico, trata-se de um momento único para a vida de uma criança, não é uma simples troca, é uma brincadeira, uma fala, um carinho, um aprendizado.

Trocamos fralda sim! E não vemos nenhum mal nisso, não vamos ser menosprezadas, ao contrário, se fazermos de todo nosso trabalho um momento pedagógico só vamos aprendeer, evoluir, ser valorizadas, ser amadas...e assim teremos um trabalho gratificante!

Pense nisso, reflita, porém para isso é preciso um olhar pedagógico!